Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
quarta-feira, 27 de junho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Lord of the rings
Dedico este post à experiência inolvidável que me foi dada viver entre Novembro de 2006 e Fevereiro de 2007, a propósito da campanha para o último referendo.
Estou imensamente grato por ter conhecido tanta gente boa e que tanto se sacrificou em nome da Vida.
Essa vida que nem sempre é boa de viver, com fases de maior desânimo ou tristeza; que nos traz, por vezes, agruras e nos prega rasteiras valentes mas que, apesar dos pesares, vale a pena viver e deixar que outros, inocentes, também tenham a possibilidade de a viver.
Lisboa 0 S.Brás 1
Depois de quase 30 anos a viver em Lisboa, mudei-me para S.Brás de Alportel.
Quando cá cheguei, senti imenso a falta do stress da capital, do trânsito, das filas e dos atalhos que só eu conhecia, etc...
Hoje, quando chego a Lisboa, fico cheio de vontade mas é de me ir embora a fugir aos gritos.
Está bem que o Carmo, o miradouro da Senhora do Monte da Graça, o Castelo, a Alfama e a Mouraria tudo isso é mágico mas muito barulhento e poluído.
Bendita S.Brás de Alportel, a terra do Algarve com melhor qualidade de ar puro; onde todos nos tratamos pelo nome; onde todos, dentro do possível, tentamos nos ajudar mutuamente; onde se come magnificamente bem; onde podemos fazer jogging e cycling em locais próprios; onde se pode ir de um lado ao outro da vila por fora e sem passar pela maior confusão do centro; onde se podem ir comer bolos regionais e crepes de chocolate; onde sentimos o cheiro da serra; onde a janela abre-nos a porta para uma natureza linda.
Que calmaria, que paz!
Bendita São Brás
domingo, 24 de junho de 2007
Escolas Privadas
Sabemos que as pessoas e os governos de tendência mais socializante têm um certo pudor em fomentar a criação e o apoio às escolas privadas. A ideia é dizer que todos têm direito a uma educação igualitária e que é ao Estado que compete a educação dos seus filhos.
Pessoalmente não concordo nada com esta ideologia mais de esquerda, porquanto, quer queiramos, quer não, todos nós somos e seremos sempre pessoas diferentes, não só do ponto de vista económico, mas também em termos de personalidade, de aptidões e vocações. Não me choca que uma determinada pessoa nasça com um determinado ponto de partida mais modesto e outro com um ponto de partida mais abastado, desde que o Estado cumpra a sua função redistribuidora e de solidariedade social, dando condições a qualquer criança, adolescente, adulto ou idoso para ter acesso básico à saúde, educação, cultura e desporto.
Em concreto, a vantagem das escolas privadas são várias: é a possibilidade dos pais poderem colocar os filhos numa escola com a qual se identificam mais, em termos de valores ou até religião; é a possibilidade de garantirem aos filhos actividades extra-curriculares que porventura não existam nas escolas públicas; é a possibilidade de garantirem que os filhos permanecerão mais tempo na escola, com um horário alargado, o que nos tempos que correm com a menor disponibilidade dos pais acaba por ser um bem precioso; é a possibilidade de garantirem que os filhos não faltarão à escola por motivo de greve do sector público; é a possibilidade de escolherem uma escola, onde quer os alunos, quer os educadores são pessoas culturalmente mais selectas e onde uma auxiliar de educação não diz a uma criança para “ir mijar” ou os miúdos não tenham que beber água todos do mesmo copo ou estarem em salas pequenas cheias de colegas ou em que a alimentação seja de modesta qualidade.
É claro que há que dizer que há muitas escolas públicas de qualidade, por exemplo, aqui em S.Brás de Alportel e também que o ideal seria que todos os menos favorecidos que quisessem, pudessem igualmente recorrer às escolas privadas, com o apoio do Estado.
No caso de S.Brás de Alportel, porém, à excepção da Misericórdia e dos ATL’s, não existem quaisquer infantários ou creches privadas o que diminuí o poder de escolha dos pais, num espaço em que a oferta também já é reduzida. Esta pecha faz com que esse seja um senão aqui no concelho que faz com que muitos (incluindo eu próprio) tenhamos que ponderar a hipótese de mudança de residência para outros concelhos onde a oferta, neste campo, seja mais ampla e diversificada.
Termino, fazendo minhas as palavras do director do “Público”, do passado dia 22 de Maio, José Manuel Fernandes , segundo “o qual se as escolas escolhessem os professores, se os alunos escolhessem as escolas, se o Estado se limitasse a dar orientações gerais, em vez de dirigir, e desse um cheque-ensino aos alunos menos abonados que quisessem ir para uma escola mais exigente, ou melhor, privada e paga, ganharia a qualidade de ensino e o ministro das Finanças agradeceria. Só os interesses instalados se revoltariam.” Para uma consulta do artigo, veja-se aqui
Artigo publicado na Edição de Junho/2007 do "Noticias de S.Brás"
sábado, 16 de junho de 2007
Vida ou morte?
Porque é que esta menina rapou o cabelo?
O teledisco, dos melhores que já vi, é elucidativo...
Um Oásis no Iraque
E lá estamos nós outra vez....
...a cometer, de novo, o mesmo erro.
A propósito do comunicado da APF, no qual se refere, relativamente às chamadas recebidas na sua linha de atendimento que “A maioria das pessoas (68 por cento) usava contracepção, sendo a pílula o método mais utilizado (mais de 45 por cento), seguido do preservativo (mais de 35 por cento).” , parece que, decorridos 4 meses do referendo, caiu no esquecimento a importância do planeamento familiar tão falada quer pelos adeptos do “sim”, quer pelos adeptos do “não”.
Nesta área do planeamento familiar, a situação continua péssima.
Em particular, no caso do uso da pílula muitas mulheres continuam sem levar à prática, nuns casos, ou sequer saber, em outros, certas precauções propostas pela própria Direcção Geral de Saúde, nomeadamente que:
“Utentes que estejam medicadas com:
fenitoina, carbamezapina, barbituratos, primidona, topiramato (mas não com valproato de sódio), para epilepsia
griseofulvina, para fungos
espironolactona
rifampicina
deverão associar outro método. Se a terapêutica for de longa duração, será preferível mudar de método. Considerar a utilização de Depo-Provera ou do DIU.
Quando houver um episódio grave de diarreia ou vómitos, associar outro método durante 7 dias.”
É claro que sem a ajuda do médico assistente ou do próprio farmacêutico que vende a pílula para traduzir algum deste chinês, é difícil fazerem-se milagres.
Ninguém nasce ensinado.
O que é que o Governo e os partidos políticos, incluindo o PP, andam a fazer em matéria de promoção de planeamento familiar ?
Entretanto, já se devem ter apercebido que a troca de insultos entre uns e outros em nada vai contribuir para a diminuição da problemática do aborto.
Porém, já a promoção de uma educação para o planeamento familiar eficaz, no interior das próprias famílias, nos centros de saúde e, se necessário, nas próprias escolas, faria com que algumas das muitas clínicas privadas que tão entusiasmadas estão a pedir licenciamento para a prática da IVG pensassem duas vezes antes de o fazerem...
A propósito do comunicado da APF, no qual se refere, relativamente às chamadas recebidas na sua linha de atendimento que “A maioria das pessoas (68 por cento) usava contracepção, sendo a pílula o método mais utilizado (mais de 45 por cento), seguido do preservativo (mais de 35 por cento).” , parece que, decorridos 4 meses do referendo, caiu no esquecimento a importância do planeamento familiar tão falada quer pelos adeptos do “sim”, quer pelos adeptos do “não”.
Nesta área do planeamento familiar, a situação continua péssima.
Em particular, no caso do uso da pílula muitas mulheres continuam sem levar à prática, nuns casos, ou sequer saber, em outros, certas precauções propostas pela própria Direcção Geral de Saúde, nomeadamente que:
“Utentes que estejam medicadas com:
fenitoina, carbamezapina, barbituratos, primidona, topiramato (mas não com valproato de sódio), para epilepsia
griseofulvina, para fungos
espironolactona
rifampicina
deverão associar outro método. Se a terapêutica for de longa duração, será preferível mudar de método. Considerar a utilização de Depo-Provera ou do DIU.
Quando houver um episódio grave de diarreia ou vómitos, associar outro método durante 7 dias.”
É claro que sem a ajuda do médico assistente ou do próprio farmacêutico que vende a pílula para traduzir algum deste chinês, é difícil fazerem-se milagres.
Ninguém nasce ensinado.
O que é que o Governo e os partidos políticos, incluindo o PP, andam a fazer em matéria de promoção de planeamento familiar ?
Entretanto, já se devem ter apercebido que a troca de insultos entre uns e outros em nada vai contribuir para a diminuição da problemática do aborto.
Porém, já a promoção de uma educação para o planeamento familiar eficaz, no interior das próprias famílias, nos centros de saúde e, se necessário, nas próprias escolas, faria com que algumas das muitas clínicas privadas que tão entusiasmadas estão a pedir licenciamento para a prática da IVG pensassem duas vezes antes de o fazerem...
Ser (um bom) Juíz
Da experiência de 11 anos a andar pelos tribunais, tenho bem presente na minha cabeça o que é que significar ser um bom Juíz.
Ser um bom Juíz significa:
1º) Apurar a totalidade dos factos, tomando, se necessário, todas as iniciativas de produção de prova que sejam necessárias com vista à descoberta da verdade, ainda que isso implica gasto de mais tempo e realização de mais diligências.
2º) Aperceber-se quais as testemunhas que falam verdade das que lá vão apenas fazer um jeito ao amigo, contando a versão que lhe convém.
3º) Aplicar o Direito, fundamentando-o na lei, na doutrina e na jurisprudência, não esquecendo, porém, que acima de todas elas está a realização da Justiça material, do "dar a cada um aquilo que lhe é devido".
4º) O mais difícil de tudo: Julgar, colocando de lado, as suas próprias emoções que possa ter criado, durante o processo, de ressentimento, vingança ou indisposição contra qualquer uma das partes, incluíndo o advogado.
A este propósito dizia Thomas More, ilustre jurista e magistrado: "Nenhum juiz pode julgar segundo o seu próprio gosto" e ainda se "estivesse o meu pai de um lado e o diabo do outro, sendo boa a sua casa, daria razão ao diabo".
Opus decoded
Para quem quiser saber mais sobre os segredos dessa sociedade sinistra e secreta chamada Opus Dei, na próxima sexta-feira, dia 22 de Junho, pelas 21.30, no Clube Farense, serão desvendados todos os segredos que até agora estavam acessíveis apenas a alguns.
Não perca, tamanhas revelações !!!
Agora a sério:
Dia 22 de Junho, pelas 21.30, no Clube Farense, na rua de Santo António, em Faro, Monsenhor Hugo de Azevedo, um sacerdote divertidíssimo, que deixou a namorada para se dedicar à "obra", sendo o 1º membro português daquela instituição, irá estar disponível para falar e responder a todas as perguntas sobre a Prelatura do Opus Dei e o seu Fundador.
E- Learning catequético
Em termos de internet, a Diocese do Algarve, em conjunto com outras do sul, é das mais avançadas do país.
A este propósito refere ainda esse link que:
A este propósito refere ainda esse link que:
Formação e-learning Outra das potencialidades do projecto de informatização das dioceses do Sul prende-se com a possibilidade, avançada na passada edição a propósito da reabertura do CEFLA, de a Igreja poder começar a fazer formação através do método e-learning, que consiste na aquisição de conteúdos à distância por meio das novas tecnologias.
As dioceses estão a encarar essa possibilidade com muito optimismo e existem mesmo algumas experiências pontuais nalgumas dioceses portuguesas e em diversos institutos teológicos internacionais.
É importante que a Igreja se actualize na forma como pretende fazer a sua catequese.
A vida agitada das pessoas e a inevitável falta de tempo faz com que o e-learning deva ser, sem dúvida, uma via muito forte a ponderar.
As razões do meu apoio a António Marinho
Apesar de não concordar com a posição do Dr. António Marinho, candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados, em matéria de legislação sobre Interrupção Voluntária da Gravidez, tal excepção não me impede de lhe manifestar o meu total e absoluto apoio, à semelhança, aliás, do que já tinha feito nas anteriores eleições para Bastonário.
Por outro lado, identifico-me, em geral, com o seu programa de acção que tem os pés bem assentes na terra e procura responder, de forma eficaz, às carências e hiatos com que diariamente quem trabalha nos tribunais é confrontado.
Na realidade, nos tribunais são cometidas diariamente injustiças que pouco ou nada têm a ver com a realização do Direito.
Os Senhores Magistrados actuam, por vezes, ora baseados nas suas opiniões pessoais, ora procurando muitas vezes arranjar razões de natureza processual e formal para fugirem ao cumprimento da sua obrigação elementar de fazer Justiça; coloca-se, assim, o adjectivo à frente do substantivo, o que não deixa de ser uma aberração num Estado de Direito Democrático.
Isto já para não falar em abusos, como aquele que justificou a minha participação ao Conselho Superior de Magistratura, via Conselho Distrital, no qual o colectivo do Tribunal da Relação de Évora me fez esperar a mim e a mais 4 colegas cerca de 1h15 porque estavam a almoçar, comemorando o aniversário de uma colega....
Assim, sendo já manifestei o meu apoio e autorização para expressamente o meu nome ser colocado na lista de apoiantes deste candidato.
Vejo-o como o único com a coragem necessária para, em pleno respeito pela salvaguarda da dignidade própria da Magistratura, denunciar situações indecorosas e contribuir para uma significativa melhoria do sistema Judicial português.
Na realidade, nos tribunais são cometidas diariamente injustiças que pouco ou nada têm a ver com a realização do Direito.
Os Senhores Magistrados actuam, por vezes, ora baseados nas suas opiniões pessoais, ora procurando muitas vezes arranjar razões de natureza processual e formal para fugirem ao cumprimento da sua obrigação elementar de fazer Justiça; coloca-se, assim, o adjectivo à frente do substantivo, o que não deixa de ser uma aberração num Estado de Direito Democrático.
Isto já para não falar em abusos, como aquele que justificou a minha participação ao Conselho Superior de Magistratura, via Conselho Distrital, no qual o colectivo do Tribunal da Relação de Évora me fez esperar a mim e a mais 4 colegas cerca de 1h15 porque estavam a almoçar, comemorando o aniversário de uma colega....
Assim, sendo já manifestei o meu apoio e autorização para expressamente o meu nome ser colocado na lista de apoiantes deste candidato.
Vejo-o como o único com a coragem necessária para, em pleno respeito pela salvaguarda da dignidade própria da Magistratura, denunciar situações indecorosas e contribuir para uma significativa melhoria do sistema Judicial português.
The Departed
Tive oportunidade de ver, pela 1ª vez, em DVD, o oscarizado "The Departed".
Fiquei positivamente impressionado pelos pormenores técnicos de realização, a forma como a narrativa vai fluindo de forma escorreita e, por vezes, alucinantemente rápida.
Fantástica, mais uma vez, a interpretação de Jack Nicholson, um senhor do cinema.
Do ponto de vista negativo, destaco um certo nihilismo subjacente a todo o filme que assume o seu clímax na sua parte final.
Trata-se de uma característica muito típica de Martin Scorceese e que já no filme "Bringing out the dead" esteve muito presente.
Martin Scorceese é o realizador do "establishment" hollywoodesco, o mesmo que deixa de fora os filmes de Mel Gibson e Michael Moore.
Depois de ver os filmes dele, ficamos com a ideia que a raça humana é mesmo do pior que há e que a única solução passará necessariamente por dar um tiro na cabeça ou um salto do cimo da Golden Bridge (que agora está muito na moda, também).
Por tudo isto é que definitivamente Martin Scorceese não é um dos meus realizadores preferidos !
P.S.- Uma curiosidade, sabia que Jack Nicholson deixou de ser um adepto da "Pro-Choice" para passar a ser um convicto adepto do "Pro-Life", quando soube que a sua mãe esteve quase quase para fazer-lhe uma IVG? Imagine-se que, se ela tivesse ído adiante, perderíamos este Jack Nicholson ! E quantos já não se terão perdido? Mas isso são outras guerras...
quinta-feira, 7 de junho de 2007
João Adelino Faria
João Adelino Faria- Grande jornalista que se está a revelar no Rádio Clube Português.
É um autêntico super-homem com entrevistas em horas seguidas, non stop, e todas de muito boa qualidade.
Impressionante como o seu excelente timbre de voz radiofónica se confunde com o do Pedro Rolo Duarte.
Não me canso de elogiar o RCP e este pessoal que com grande profissionalismo lá trabalha.
Pela originalidade e competência, o Prof. Marcelo teria que dar mesmo 18 valores !!!
A expectativa
Nunca pensei encontrar num blog de gente supostamente mais prá frentex, do ponto de vista das relações amorosas, alguém a defender uma posição comumente mais tida por conservadora, a de manter a abstinência sexual antes para, em compensação, ir aprofundando a via do conhecimento interior recíproco, como garantia de uma melhor qualidade e durabilidade do relacionamento afectivo.
Parabéns à Pilar. Afinal de contas, o que algumas religiões, sobretudo as cristãs, defendem vem a ser confirmado pela experiência de gente que de religiosa pouco tem.
Basta afinal, ter bom senso!
Aborto para poder caber no vestido de noiva
Durante a campanha do referendo para a liberalização do aborto, os adeptos do "sim" ficaram muito ofendidos por dizerem que nós os do "não" estávamos a passar um atestado de estupidez e burrice às mulheres portuguesas que, sendo pessoas responsáveis e conscientes, nunca iriam abortar por "dá cá aquela palha".
Agora, surge a notícia no Público, de 7 de Junho passado, na qual se diz que no Hospital de Santo António logo após a aprovação da lei do aborto apareceu uma rapariga que queria interromper a gravidez porque "ia casar, estava a engordar e temia não caber no vestido".
De facto, nós os dos "não" andámos mesmo a inventar coisas...
O fim da aventura
Um dia, na sua coluna habitual no "Expresso", há muitos anos atrás, Clara Ferreira Alves escreveu que era católica, com um catolicismo à Graham Green.
Clara Ferreira Alves é capaz do melhor e do pior, como todos nós, pois já lhe li numas artigos bastante verrinosos. Mas, recordo igualmente que o artigo que li mais profundo, do ponto de vista teológico, sobre o filme "A Paixão de Cristo" foi precisamente de Clara Ferreira Alves que, aliás, guardo religiosamente numa das minhas pastas de recortes de jornais.
Mas isto a propósito do filme "O Fim da Aventura", de Neil Jordan, baseado na obra com o mesmo nome de Graham Green, com Ralph Fiennes e Julianne Moore que fazem um papel extraordinário juntamente com o marido enganado, Stephan Rea.
Esta história de um triangulo amoroso, dramática, simultaneamente carnal e espiritual que nos abre para os enigmas da Divindade é verdadeiramente uma obra prima.
Graham Green viveu, na sua vida, este paradoxo de, por um lado, sentir que não podia negar a sua fé católica e a sua abertura à espiritualidade, por outro, sentir o sabor do pecado, através da paixão proibida que viveu na sua vida. Nesse particular, faz lembrar o Santo Agostinho que, logo após a sua conversão, pedia a Deus a castidade "mas por enquanto ainda não".
Quem puder, veja e reveja o filme e se lhe abrir o apetite, leia o livro. Vale a pena e presta-se a muitas e diferentes leituras.
Esta cena que aqui coloco é uma das minhas preferidas, mas a cena do amante agnóstico a vociferar contra Deus, a cumplicidade entre a mulher, o marido e a amante que assume o seu climax no final do filme, o milagre final, a fraqueza da vontade condicionada pela paixão, enfim há muito material por explorar.
Clara Ferreira Alves é capaz do melhor e do pior, como todos nós, pois já lhe li numas artigos bastante verrinosos. Mas, recordo igualmente que o artigo que li mais profundo, do ponto de vista teológico, sobre o filme "A Paixão de Cristo" foi precisamente de Clara Ferreira Alves que, aliás, guardo religiosamente numa das minhas pastas de recortes de jornais.
Mas isto a propósito do filme "O Fim da Aventura", de Neil Jordan, baseado na obra com o mesmo nome de Graham Green, com Ralph Fiennes e Julianne Moore que fazem um papel extraordinário juntamente com o marido enganado, Stephan Rea.
Esta história de um triangulo amoroso, dramática, simultaneamente carnal e espiritual que nos abre para os enigmas da Divindade é verdadeiramente uma obra prima.
Graham Green viveu, na sua vida, este paradoxo de, por um lado, sentir que não podia negar a sua fé católica e a sua abertura à espiritualidade, por outro, sentir o sabor do pecado, através da paixão proibida que viveu na sua vida. Nesse particular, faz lembrar o Santo Agostinho que, logo após a sua conversão, pedia a Deus a castidade "mas por enquanto ainda não".
Quem puder, veja e reveja o filme e se lhe abrir o apetite, leia o livro. Vale a pena e presta-se a muitas e diferentes leituras.
Esta cena que aqui coloco é uma das minhas preferidas, mas a cena do amante agnóstico a vociferar contra Deus, a cumplicidade entre a mulher, o marido e a amante que assume o seu climax no final do filme, o milagre final, a fraqueza da vontade condicionada pela paixão, enfim há muito material por explorar.
República Popular Socialista de Portugal
Esta notícia merece-me o seguinte comentário:
É a "República Popular Socialista de Portugal" no seu melhor:
O cidadão escravo que se tem de sacrificar pessoalmente pelos superiores interesses do Estado Laico e Republicano.
Mao Tse Tung não teria feito melhor!
Underground
Na minha profissão de advogado tenho acesso a muitas informações sobre a vida íntima das pessoas.
Tenho que cumprir escrupulosamente a minha obrigação deontológica de salvaguarda do segredo profissional, tal como um padre no confessionário ou um psicólogo com o seu paciente.
E, só quem não se conhece a si próprio é que poderá ficar chocado com as "podridões" e os defeitos dos outros. Não é por aí, porém, que quero ir.
Quero antes destacar que vivemos num mundo do "faz de conta" em que quase nada do que parece, é.
E, todos nós, uns mais, outros menos, vivemos 2 vidas: uma de aparência e outra "underground" feitas de taras, vícios e loucuras.
Lembrei-me daquele respeitável ministro do governo de Blair que depois se vestia de mulher e pedia a uma prostituta para o sovar, entre tantas outras coisas.
Lembrei-me em particular da série "Twin Peaks" por espelhar isto mesmo que acabo de descrever: Uma terra linda por fora, com uma natureza deslumbrante e habitantes aparantemente todos muito "bem comportados" que escondia, na sua sombra, muita podridão, actos chocantes de pedofília, sexo, violação, droga e satanismo.
Qualquer terrinha, qualquer freguesia, qualquer prédio, esconde muita, muita coisa.
E é pena que, muitas vezes, só vendo, ouvindo ou sabendo o que os outros fazem é que nos apercebamos daquilo que realmente somos.
Esta dupla, tripla ou quadrúpula personalidade é algo de misterioso e altamente contraditório.
Somos nós, afinal!
Voltou o tempo da PIDE, só que vestida de cor de rosa
Excerto de entrevista de Fernando Portal, ex-presidente do Conselho de Administração do Hospital S.João da Madeira ao Jornal "O Regional":
Jornal “O Regional” – O seu mandato terminou em Março último. Esperava a sua não recondução?
Fernando Portal – Sempre me mostrei disponível e, em certo ponto, esperava, até porque não via ninguém que conhecesse muito o Hospital, a sua História, os seus meandros e os seus desenvolvimentos. Mesmo existindo mudanças no conselho de administração, não contava ser afastado desta maneira
Jornal “O Regional” – Como encarou a notícia?
Fernando Portal – Calmamente… Os anos de experiência que tenho deram-me essa maturidade. Não escondo a minha admiração e espanto por, num país livre e democrático, uma pessoa ser afastado por manifestar opiniões discordantes da tutela.
Jornal “O Regional” – Mas que razões lhe apresentaram?
Fernando Portal – Quero deixar claro que até ao momento ainda não recebi qualquer comunicação escrita e oficial do meu afastamento. Fui informado na véspera do 25 de Abril, pessoalmente, pelo então presidente da ARS do Centro, Fernando Regateiro, de que não iria ser reconduzido, por ter manifestado publicamente o meu descontentamento contra o projecto da reestruturação da Urgência deste Hospital. E, perante isto, fui saneado por não concordar com as opiniões do “patrão”
Jornal “O Regional” – Não será também um saneamento político?
Fernando Portal – Acho que não será por motivos partidários, embora, acredito, poderá ter ajudado… Mas o que se verificou foi um saneamento de pontos de vista que, na minha opinião, ainda é mais grave politicamenteNão gostou de ouvir as várias afirmações que eu tive, uma manifestação pessoal que se opunha à decisão de encerrar o Serviço de Urgência. Ao meu jeito de dizer, abertamente, o que penso e, talvez, politicamente, seja menos correcto, chamei a atenção para diversos contornos desta situação, que estariam a enganar, e a não esclarecer correctamente, a população…E não gostaram da minha intervenção …
Jornal “O Regional” – Sai magoado…
Fernando Portal – Muito. Sempre me mostrei disponível e não esperava este fim. E, quanto aos motivos apresentados...
in jornal " O Regional"
Ver também Correio da Manhã de 25 de Maio de 2007
in jornal " O Regional"
Ver também Correio da Manhã de 25 de Maio de 2007
terça-feira, 5 de junho de 2007
Barrigas de amor
Como dizia a minha avó "Deve estar algum burro para morrer cedo".
A RTP, em cooperação com a Câmara Municipal de Oeiras, Rádio Renascença, a Ajuda de Berço, a Guia da Família, entre outras entidades e empresas privadas está a organizar a maior concentração de grávidas já alguma vez vista em Portugal.
O evento terá lugar, no Parque dos Poetas, em Oeiras, no próximo dia 17 de Junho.
Para as grávidas que puderem participar, seria óptimo.
É importante para a difusão de uma cultura e de uma nova mentalidade mais favorável à vida que estas (raras) iniciativas sejam muito acarinhadas.
O site está disponível em http://www.barrigasdeamor.com/
Entretanto, aqui fica uma noticia que a TSF fez sobre o assunto.
Afinal, segundo a RTP, ter, sustentar e educar um filho dá trabalho, mas é sempre (ou devia ser) fruto de amor.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Questões de família...
Por motivos profissionais, tenho tido contacto com alguns casais que se divorciaram principalmente pelos conflitos e pelo afastamento que foi provocado pelo aparecimento dos filhos.
O homem, pai, mais egoista ressente-se da falta e do desvio de atenção da mulher. Por outro lado, muitas vezes, demite-se de acompanhar os filhos com o mesmo (ou pelo menos, próximo) grau de empenho da mãe.
A mulher, mãe, mais generosa, dá tudo o que tem aos filhos, em quem concentra todas as atenções, deixando, quantas vezes de lado, ou mesmo de fora, o pai.
No outro dia, contava-me um amigo, com 5 filhos, que num destes fins de semana tinha ido passar fora com a mulher para o interior alentejano. E, que tinham aproveitado para namorar e conhecer novos sítios. Os míudos ficaram com a ama.
O mesmo amigo, contou-me que, ao ter-se apercebido que a esposa andava mais stressada por causa dos míudos, propôs-lhe, e ela aceitou, uma ida a Inglaterra à casa de um amiga.
E ela foi.
E ele ficou com os míudos.
E ela voltou mais contente e cheia de garra e genica para os aturar e ajudar a crescer.
De facto, o meio termo disto tudo seria o ideal. Mas tudo depende de cada um...
O homem, pai, mais egoista ressente-se da falta e do desvio de atenção da mulher. Por outro lado, muitas vezes, demite-se de acompanhar os filhos com o mesmo (ou pelo menos, próximo) grau de empenho da mãe.
A mulher, mãe, mais generosa, dá tudo o que tem aos filhos, em quem concentra todas as atenções, deixando, quantas vezes de lado, ou mesmo de fora, o pai.
No outro dia, contava-me um amigo, com 5 filhos, que num destes fins de semana tinha ido passar fora com a mulher para o interior alentejano. E, que tinham aproveitado para namorar e conhecer novos sítios. Os míudos ficaram com a ama.
O mesmo amigo, contou-me que, ao ter-se apercebido que a esposa andava mais stressada por causa dos míudos, propôs-lhe, e ela aceitou, uma ida a Inglaterra à casa de um amiga.
E ela foi.
E ele ficou com os míudos.
E ela voltou mais contente e cheia de garra e genica para os aturar e ajudar a crescer.
De facto, o meio termo disto tudo seria o ideal. Mas tudo depende de cada um...
Vai uma dancinha, para desanuviar o ambiente?
Vai uma dancinha, para desanuviar o ambiente e esquecer as agruras desta existência imbecil ?
É uma pena que estes hábitos, tão comuns entre os anos 20 e 60 do século passado se tenham perdido.
É menos uma que temos para "desanuviar"...
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Boa Mário !
Parabéns ao Mário Crespo e ao "Jornal das 9" da SIC Notícias que é, de longe, para mim, o melhor telejornal da tv portuguesa.
Hoje, Domigo à tarde, excelente também a entrevista do Mário Crespo concedida ao Rádio Clube Português.
Um jornalista que esteve quase 2 anos despedido, na prateleira; depois andou meio desaproveitado na SIC Noticias, no "60 segundos" e, agora, volta ao seu habitat natural com o "Jornal das 9".
É muito importante que um telejornal não se limite a debitar noticias; é mais importante digeri-lhas, e se possível, dissecá-las com a ajuda de um especialista que, por sua vez, seja conduzido por alguém que o entreviste de forma pertinente e directa.
"O Jornal das 9" tem isso tudo.
Nota negativa, entretanto, para Alberta Marques Fernandes, no "Jornal 2", que está um verdadeiro tédio e que, nos últimos anos, tem vindo progressivamente a perder interesse.
É um prazer "ouver" o "Jornal das 9" e o Mário Crespo, no seu melhor !
A grande depressão da modernidade
De resto, quanto à urgência do erotismo nos heróis e mitos contemporâneos, parece-me que muita gente tem ainda de acordar estremunhada para uma dura realidade: a vida das pessoas comuns, se bem que regida pela sua sexualidade, nunca será euforicamente plena de sexo e embriagante romance. Essa é uma redenção que a sociedade de consumo nos quer vender há 40 anos. E essa será a grande depressão da modernidade
Excelente post do João Távora, num blog que aborda, como poucos, com frontalidade as nossas hipocrisias (pessoais e colectivas), numa sociedade onde nós e as instituições (ainda que não o reconheçamos) nos vamos arrastando, no meio da mais absoluta desorientação e desnorte.
Excelente post do João Távora, num blog que aborda, como poucos, com frontalidade as nossas hipocrisias (pessoais e colectivas), numa sociedade onde nós e as instituições (ainda que não o reconheçamos) nos vamos arrastando, no meio da mais absoluta desorientação e desnorte.
As lavagens ao cérebro
A propósito deste post, parece-me importante chamar à atenção para o seguinte:
Há uma questão muito importante que nos passa muitas vezes despercebida, nos nossos dias.
A verdadeira ética, a verdadeira "lavagem ao cérebro", os valores que interiorizamos de forma involuntária, por osmose, resultam, em grande parte também dos spots publicitários.
E, num número muito significativo de spots, a lógica que está subjacente é sempre a do material prevalecer sobre o humano. Ou melhor, a ideia de sermos melhores pessoas, mais felizes se tivermos o produto X ou Y.
Daí o menino ou a menina que desiste de casar por causa do carro Xpto e por aí adiante.
Penso que, para além da questão da educação sexual que agora anda muito na berra (Vide triste iniciativa da RTP2, no dia da criança), seria muito importante implantar de forma definitiva a questão da EDUCAÇÃO PARA OS MEDIA, de forma a que todos nós, com especial destaque para as crianças e adolescentes, saibamos "desconstruir" tudo o que os Media nos fazem, incluindo anular, ou pelo menos, atenuar os efeitos cerebrais e comportamentais da publicidade sobre nós.
A manipulação velada e subliminar, para mim, é mais grave, porque mais eficaz, do que a manipulação das polícias políticas ou dos Estados Totalitários.
Na realidade, quando se coloca a hipótese de um bem material ser dono de uma pessoa, é porque essa situação de totalitarismo já é um facto e não uma mera cogitação ou hipótese académica.
A verdadeira ética, a verdadeira "lavagem ao cérebro", os valores que interiorizamos de forma involuntária, por osmose, resultam, em grande parte também dos spots publicitários.
E, num número muito significativo de spots, a lógica que está subjacente é sempre a do material prevalecer sobre o humano. Ou melhor, a ideia de sermos melhores pessoas, mais felizes se tivermos o produto X ou Y.
Daí o menino ou a menina que desiste de casar por causa do carro Xpto e por aí adiante.
Penso que, para além da questão da educação sexual que agora anda muito na berra (Vide triste iniciativa da RTP2, no dia da criança), seria muito importante implantar de forma definitiva a questão da EDUCAÇÃO PARA OS MEDIA, de forma a que todos nós, com especial destaque para as crianças e adolescentes, saibamos "desconstruir" tudo o que os Media nos fazem, incluindo anular, ou pelo menos, atenuar os efeitos cerebrais e comportamentais da publicidade sobre nós.
A manipulação velada e subliminar, para mim, é mais grave, porque mais eficaz, do que a manipulação das polícias políticas ou dos Estados Totalitários.
Na realidade, quando se coloca a hipótese de um bem material ser dono de uma pessoa, é porque essa situação de totalitarismo já é um facto e não uma mera cogitação ou hipótese académica.
Computadores para todos
A propósito da noticia das ofertas de computadores, com especial destaque para os estudantes, lembrei-me que, há uns anos atrás, na escola da minha mulher, fizeram um levantamento do tipo de sites que eram acedidos pelos alunos no computador da biblioteca e cerca de mais de 80% eram sites de pornografia.
Com esta medida, Sócrates fará com que muitos dos alunos que não têm computador possam agora poder aceder a pornografia on line mais facilmente.
Será esta medida também uma forma de implementar de forma mais efectiva a educação sexual nas escolas?
Também ainda a propósito desta medida, hoje no Público, José Manuel Fernandes, critica esta medida, dizendo, entre outras coisas, que se trata de uma acção populista que fará com que as feiras passem a ser inundadas por computadores portáteis à venda.
Estou, tecnologicamente chocado com esta medida...
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