domingo, 25 de setembro de 2011

Efeitos nos nossos empréstimos da crise do Euro


Recebi de um amigo e aqui reproduzo por poder ter algum interesse para a nossa vida económica:

Dada a situação económica na Grécia, que se entrar em bancarrota, pode provocar o mesmo noutros países como Portugal, e ter como consequência a saída de alguns países da zona Euro (podem ser tanto os mais ricos como os mais pobres), tive necessidade de saber que cenários podem ou não vir a colocar-se-nos.

Para isso necessitei do apoio de um consultor devidamente avalizado. Assim, só após uma conversa com um grande amigo e conselheiro económico, consegui perceber o que poderá suceder aos empréstimos (seja habitação ou outros) que estão indexados à taxa EURIBOR (independentemente de ser a 3, 6 ou 12 meses).

1. Quem tem a casa paga (ou não tem empréstimos indexados à EURIBOR), deve ficar quieto, não contrair nenhum empréstimo, e deixar-se estar na casa onde vive atualmente.
2. Quem tem empréstimos muito pequenos – Indexados à Euribor - (por exemplo 5000€) e tem a capacidade (liquidez) para os pagar, pode deixar-se estar descansado, e se as taxas de juro subirem, então deve pagar o resto do capital em dívida e saldar assim a totalidade do empréstimo, ficando desta forma englobado na situação do ponto 1 acima.
3. Para quem tem empréstimos relativamente elevados (e não tem de momento a capacidade de os liquidar) colocam-se duas situações consoante venham a sair da Zona Euro ou os países mais ricos ou os países mais pobres:
3.1. Se saírem os países mais ricos, então as Taxas Euribor passarão a ser definidas por um conjunto de Bancos dos países mais pobres, logo a EURIBOR subirá porque como sabem, nestes últimos países as taxas de juro estão bastante elevadas (a inflação também é superior), logo teremos prestações mais elevadas.
3.2. Há ainda uma outra nuance, que é o facto de a taxa de inflação poder subir bastante e como habitualmente o aumento da renda da casa é calculado com base na taxa de inflação, quem alugou casa, poderá ver as rendas subir bastante em resultado da subida da taxa de inflação.
4. Se saírem os países mais pobres, temos:
4.1. As taxas Euribor serão comandadas pelos países mais ricos, e até pode dar-se o caso de não subirem muito, ou mesmo de descerem. No entanto, neste caso os países mais pobres voltarão às moedas antigas. Pensem no nosso caso, em que voltaremos ao escudo. Imediatamente, dar-se-á uma desvalorização do escudo, pelo que (imaginemos que é de 30%), um Euro passará a valer 260$00. Como os empréstimos estão agora denominados em Euros e as prestações idem, quem tem uma prestação de 1000€, não ficará a pagar 200 contos, mas sim 260 contos.
4.2. Da mesma forma, se a renda de uma casa alugada for atualmente de 600€ (120 contos), para a mesma taxa de inflação de 30%, teremos uma nova renda de 120.000$00 * 1.3 = 156 contos.

É assim, a coisa parece estar preta, por isso, aconselho cautela em todas as decisões de despesa, empréstimo ou aluguer de casa.

Disclaimer: como sou leigo na matéria e não consigo prever o futuro, declino qualquer responsabilidade relativamente às decisões tomadas com base nas considerações acima.


AG

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O vento do amor

As Jornadas Mundiais da Juventude são uma experiência única e marcante para toda a vida a todos os que nelas já participaram.

Eu tive a graça de poder participar na II Jornada Mundial da Juventude, em 1989, em Santiago de Compostela.
Nestas jornadas ocorrem sempre situações engraçadas e que mostram também aquilo que nós os crentes acreditamos ser a presença de um Deus vivo.
Em particular, em Santiago de Compostela, na noite de sábado (19) para Domingo (20 de Agosto de 1989) a esmagadora maioria dormiu ao relento em cima de terra molhada, devido à geada que se fazia sentir e foi engraçado ver grupos de jovens que passaram a noite toda a cantar à roda de fogueiras e como os diferentes grupos interagiam entre si.
Lembro-me, em particular, do discurso improvisado que o Papa João Paulo II fez antes de se paramentar, quando o sol levantava a geada e nos disse que, depois de um temporal, vem sempre o Sol e que o Sol era, neste caso, Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida que era, aliás, o lema dessa jornada.

Agora, em Madrid, diz quem lá esteve que existiram vários episódios curiosos e um deles ficou registado neste pequeno vídeo:
Quando alguém lia, de forma muito apelativa, à noite, a parábola da videira e da vide- uma das mais enigmáticas e impressionantes, repetindo as próprias palavras do Senhor Jesus, curioso para o que aconteceu, em particular quando o leitor repetiu, duas vezes, "Permanecei no meu Amor"
Ora vejam o que acontece no mínuto 2.09.


Inércia dos Procuradores do Ministério Público

Neste meu post há poucos meses atrás, critiquei a inércia de alguns procuradores do Ministério Público.

Agora, a propósito do caso da Madeira, é o Juíz Desembargador Eurico que o faz de forma contundente.
Eu sei que muitas vezes as condições de trabalho humanas e materiais não são as melhores, mas nem tudo tem justificação
Veja-se a notícia da RR:

Na opinião do juiz desembargador Eurico Reis, é natural que se estranhe eventuais omissões do Ministério Público. “Espera-se que investigue e investigue seriamente. As matérias atribuídas ao Tribunal de Contas têm a ver com o erário público e o erário público é o erário dos contribuintes e isso é muito grave. É natural que as pessoas estranhem, mesmo as mais informadas”, disse.

O juiz Eurico Reis diz que é necessário discutir as incapacidades reveladas pelo Ministério Público, e em particular o arquivamento de crimes públicos que ninguém controla. “O funcionamento do Ministério Público é merecedor de críticas e é um problema muito grave. Devem ser discutidas as dificuldades, as insuficiências e incapacidades de funcionamento do Ministério Público”, acrescenta Eurico Reis.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Centro Interpretativo de Aljubarrota

Nestas férias, estive no Centro Interpretativo de Aljubarrota que tinha, desde há muito, curiosidade em visitar.

O Centro exibe um filme de cerca de 20 minutos sobre o contexto, os preparativos da batalha e a própria batalha em si.
O filme feito e produzido em Portugal está muito bem feito, com particular destaque para a reconstituição de Lisboa, em computador, na época de 1383 com as muralhas Fernandinas a cobrir toda a zona onde fica hoje os restauradores.
Na cena da batalha, fica-se a compreender a razão pela qual alguns dos portugueses encarregues da logística e que se encontravam na retaguarda optaram por desertar:
- a configuração das tropas castelhanas em, pelo menos, 3 linhas, era verdadeiramente impressionante.
Repare-se que (segundo o filme), até ao final da batalha, quando os portugueses já a tinham ganho ainda estavam a chegar tropas castelhanas que procuravam contornar a retaguarda portuguesa.

Da exposição que se segue ao filme, fica-nos a constatação do horror das batalhas medievais, pela violência dos golpes.
Fiquei um pouco chocado com a conclusão a que os exames aos ossos encontrados chegaram no que diz respeito às marcas de mordidas de animais apresentadas, o que significa que os corpos ficaram ao ar livre abandonados por semanas, meses ou até anos

domingo, 4 de setembro de 2011

Castelo de S.Jorge


A cultura e arqueologia da Câmara Municipal de Lisboa estão de parabéns.

As escavações e consequente requalificação do castelo de S.Jorge, em Lisboa foram um sucesso.

Finalmente ir ao Castelo de S.Jorge não é só ir ver a bonita paisagem sobre Lisboa, mas também visitar o interior do Castelo antigo (Castelejo), do novo núcleo arqueológico com descobertas de um espaço urbano árabe e da Idade do Ferro e ainda um núcleo museológico muito interessante com fotografias do Castelo durante a demolição das habitações oitocentistas que existiam no seu interior, pedaços de cerâmica, moedas, etc.. das várias épocas que atravessaram o castelo.

Ao lado da parte velha do Castelo, existia o chamado Palácio da Alcáçova onde, desde D. Afonso Henriques até D.João V, os reis passavam parte do seu tempo.
Esse Palácio que, agora, se situa na zona do café, restaurante e museu do Castelo de S.Jorge, assistiu ao nascimento e morte de vários reis.
Embora, ao longo da história, tenha partilhado a preferência dos monarcas portugueses com outros palácios de Lisboa (tais como o Palácio de A-S.Martinho, da Ribeira- onde fica hoje uma das torres do Terreiro do Paço e do Palácio de Santos-o-Velho- hoje Embaixada de França, entre outros), mantém-se como referência e tradição do que foi palácio real de Lisboa.

Vale a pena visitar.

Entretanto, depois ou antes da visita, os visitantes pode comer em algum dos restaurantes e tasquinhas que circundam o Castelo e onde, em geral, se come bastante bem. Destaco, entre outros, o Café Galeria "Verdeperto", na rua do Chapitó, da Costa do Castelo, nº26, com a vantagem de lá ter aberto recentemente um parque de estacionamento mesmo nas traseiras do Largo do Caldas (onde fica a sede do CDS/PP), o que facilita a vida a quem queira lá ir.
P.S.- Tenho dúvidas que seja mesmo necessário manter uma empresa municipalizada só para a área da Cultura, na Câmara de Lisboa, a EGEAC. Em face da contenção de despesas, acredito que uma boa divisão de cultura faria exactamente o mesmo papel, com menores gastos e maior aproveitamento e optimização dos recursos humanos.

sábado, 3 de setembro de 2011

Justiça e Misericórdia

Já dizia alguém que a Justiça deve ser sempre temperada com o doce e suave sabor da Misericórdia.

Veja-se aqui um pequeno e interessante trabalho sobre "Justiça e Misericórdia(s)" no tempo de D. Manuel I