quarta-feira, 30 de junho de 2010

Selecção e Ronaldo.


O treinador Carlos Queirós não quis seguir a minha proposta de equipa que deixei no meu post anterior e foi no que deu :O)


Entretanto, Ronaldo é apelidado de impostor e fraude.

Afinal, sabe marcar uns livres, tem um bom pique de corrida e marca golos mas só pelo Manchester e pelo Real Madrid.


Há quem diga que, na selecção como o salário, o marketing e o glamour são menos apelativos, é o que se vê....


Como dizia alguém, até parecia que já estava com a cabeça na Paris Hilton e nas férias em LA.

sábado, 26 de junho de 2010

Portugal - Espanha

Para mim, o onze certo de Portugal para alinhar contra a Espanha deveria ser o seguinte:

Defesa:

Eduardo, Bruno Alves, Ricardo Carvalho, Bruno Alves
e Miguel (por estar mais habituado a lidar com o David Villa e o futebol espanhol)

Meio-Campo:

Pedro Mendes (tem funcionado como 3º central e está melhor que Pepe)
Tiago e Raúl Meireles (a lutarem no centro com Xavi e Xavi Alonso e/ou Iniesta)
Duda (a fazer a meia esquerda)
Simão Sabrosa (a fazer a meia direita)

Avançado:

Cristiano Ronaldo

Com o decorrer do jogo, tiraria Duda ou o Simão Sabrosa e:

- Se fosse necessário atacar, colocaria Deco ou Liedson ou,
- Se fosse necessário defender o resultado, colocaria Pepe ou Miguel Veloso.

sábado, 12 de junho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A batalha dos Atoleiros

Batalha dos Atoleiros from ccnunoalvares on Vimeo.




A Crise de 1383-85 e a Batalha dos Atoleiros

Os efeitos da demagogia



Aristóteles escreveu já há dezenas de séculos atrás, na sua obra “A República”, que a demagogia é a degenerescência da Democracia e que esta, por sua vez, é o melhor dos piores regimes de governo.
A actual crise tem origem na especulação financeira e no despesismo estatal e provoca desemprego que, por sua vez, provoca mais despesismo estatal através das subvenções sociais (subsídios de desemprego, rendimento mínimo etc..). Também a crise da natalidade reduz o número dos consumidores, gera menos consumo e, por isso, aumenta o emprego porque obriga à redução da oferta.
O Império Romano entrou em decadência devido à corrupção interna do seu sistema para a qual, segundo vários autores, a queda da natalidade deu também um significativo contributo.
Por sua vez, os governos e as autarquias entram em despesas vertiginosas por motivos eleitoralistas, têm de apresentar obra se querem ser reeleitos, nem que para isso gastem o que não têm. Difícil será que um governo ou uma autarquia que apostem no aforro e na consolidação das contas públicas venham, depois, a ser novamente reeleitos. Só um povo com grande maturidade política é que compreende que a manutenção do que está é melhor e mais sensato do que a construção de coisas novas, ainda que sem dinheiro. É necessário chegar a uma situação de quase bancarrota para que se possa apelar ao bom senso dos eleitores e obrigá-los depois a apertar o cinto.
Há uns meses atrás tive a honra de participar no blogue colectivo “Jamais” de apoio à Dra. Manuela Ferreira Leite na companhia de Pacheco Pereira, Vasco Graça Moura, Paulo Rangel, Pedro Duarte entre outros. Nesse blogue não nos cansámos de advertir acerca da necessidade de uma política de verdade que mostrasse ao país a realidade e avançasse para medidas realistas de contenção. Ao invés, o povo preferiu votar no partido que dizia que estava tudo bem, que até teve o despudor de lançar medidas que provocavam ainda mais despesa. Tudo a bem da manutenção do poder. O povo gosta de ser enganado. O povo português, em concreto, ainda não tem a maturidade política suficiente para votar antes numa líder esteticamente menos atractiva mas que diz a verdade e preferiu votar num líder bonito que disse e proclamou inverdades.
Estas realidades demonstram os vícios da Democracia, tal como ela está concebida em Portugal e nas sociedades ditas ocidentais e modernas. Este modelo não serve porque aposta na ignorância e nos instintos do eleitorado que actua como o burro que tenta comer a cenoura pendurada pelo seu dono.
Por tudo isto, há que mudar a constituição. Há que fomentar a estabilidade eleitoral modificando o sistema eleitoral, há que reduzir o nº de deputados, há que aumentar a duração dos mandatos de forma a que os governos possam ter mais tempo para actuar sem necessidade de contentar os eleitores à custa de despesismo, há que, ao mesmo tempo, reforçar os poderes e a independência das várias entidades reguladoras de forma a evitar e sancionar os abusos de poder.
Alberto João Jardim já o vinha dizendo há muito tempo e Pedro Passos Coelho ousou lançar a proposta para cima da mesa. Mas os situacionistas, os que beneficiam das disfunções do sistema negam-se a fazê-lo: Há que mexer na constituição porque o sistema actual está caduco e ultrapassado. Por este andar o país irá cair no fundo, no descalabro total. Neste momento, já há cada vez mais pessoas a recorrer à justiça por mãos próprias em vez de recorrer à ineficácia dos tribunais. Estamos em plena degenerescência da democracia, vivemos em demagogia e em breve, poderemos cair no caos.

Artigo publicado na edição de Junho do mensário "Notícias de S.Brás"
Membro da comissão política do PSD de S.Brás de Alportel.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Conselhos milenares

Uma frase com 2065 anos ...

“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”

Marcus Tullius Cícero
Roma, 55 a.C.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A ética da irresponsabilidade


O Presidente da República (PR) entendeu promulgar a lei que institucionaliza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Fê-lo invocando a «ética da responsabilidade» e contra o seu próprio parecer sobre a questão.A expressão «ética da responsabilidade» é redundante, porque a irresponsabilidade nunca é ética, como é óbvio. «Responsabilidade» significa, etimologicamente, o «peso» (pondus, em latim), da «coisa» (em latim, res), ou seja, ser responsável é acarretar com as consequências das próprias convicções em todos os actos e opções. A «ética da responsabilidade» opõe-se, portanto, à lógica da conveniência, cujo critério decisivo não é pautado por imperativos morais, mas por razões de oportunidade.

Ora o PR, que podia não ser cristão e, não o sendo, até podia ser partidário do casamento entre pessoas do mesmo sexo, fez questão em deixar claro que não concorda com o teor do diploma que promulgou. Ou seja, foi o PR que chamou a atenção para a incoerência da sua atitude: enquanto cidadão supostamente católico, pensa de uma forma; mas enquanto PR, age ao contrário. Mas como a fé se manifesta pelas obras e os princípios também, pois se assim não fosse não seriam princípio de coisa nenhuma, forçoso é concluir que quem procede deste modo não tem fé, nem princípios.

Também por razões de oportunismo, não faltaram políticos, militares, cientistas, juízes, etc., que cederam às exigências do poder, nomeadamente nazi e estalinista, por exemplo. Não restam dúvidas de que o seu acatamento dessas ordens superiores beneficiaram a coesão social dos respectivos regimes, sobretudo em situação de guerra ou de grave crise nacional, mas uma tal vantagem prática os não iliba da correspondente responsabilidade moral: não é uma desculpa, mas uma culpa decorrente da sua irresponsabilidade ética, do seu relativismo moral. Não foram vítimas dessas injustiças, mas cúmplices. O medo pelas consequências necessárias de um acto eticamente exigido não é prudência, é cobardia.

Mas – poderiam objectar alguns politólogos mais manhosos – não seria ineficaz, em termos práticos, a recusa da promulgação do controverso diploma, na medida em que constitucionalmente não poderia deixar de o ser se, de novo, fosse remetido à presidência pelo parlamento, como decerto ocorreria?! De modo algum, porque o PR podia e devia fazer saber a quem de direito que, não podendo agir contra os seus princípios e a sua consciência, ver-se-ia obrigado a demitir-se se essa lei lhe fosse reenviada, ou a dissolver a Assembleia da República. Em qualquer dos casos, a responsabilidade pela crise política decorrente seria única e exclusivamente de quem insistisse nessa questão fracturante. Pelo contrário, promulgando o diploma, o PR não só o faz seu como faz saber à nação e aos outros órgãos de soberania que está disponível para sancionar qualquer lei, mesmo que contrária aos princípios morais que era suposto seguir na sua actividade política.Outra é a lógica da honra e da fé.
Thomas More, ex-chanceler de Henrique VIII, estava disposto a servir o seu país e o seu rei, mas não à custa dos seus princípios morais ou da sua religião. Em termos de estabilidade política ou de conveniência pessoal, poderia ter transigido com o divórcio real mas, como era um homem de fé e de princípios, não o fez. A coerência custou-lhe a vida. João Baptista não teve medo de denunciar a imoralidade de Herodes e a sua não cedência ante o adultério do monarca, que teria sido muito oportuna social e politicamente, dada a grave crise resultante da ocupação romana, teve para o precursor uma consequência trágica: o martírio.
São Thomas More e São João Baptista perderam literalmente a cabeça, mas não a fé, nem a honra, ao contrário dos que vendem a alma e a sua dignidade por mesquinhos interesses conjunturais. Aqueles não foram vencidos da vida, mas vencedores do mundo, ao invés dos que renegam os seus princípios por calculismo eleitoral e oportunismo político. Vae victis…
Gonçalo Portocarrero de Almada