Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
sábado, 18 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
9 perguntas sobre o Ano da Fé
No próximo dia 11 de outubro começará o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? A dois meses do início, respostas às perguntas que surgem.
1. O que é o Ano da Fé?O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).
2. Quando se inicia e quando termina?
Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.
3. Porquê nessas datas?
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.
4. Porque é que o Papa convocou este ano?"Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo
5. Que meios assinalou o Santo Padre?Como expos no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.
6. Onde terá lugar?Como disse Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".
7. Onde encontrar indicações mais precisas?Numa nota publicada pela Congregação para a doutrina da fé.
Aí se propõe, por exemplo:
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler o reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofónicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo património artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.
8. Que documentos posso ler por agora?- O motu proprio de Bento XVI "Porta Fidei"
- A nota com indicações pastorais para o Ano da Fé
- O Catecismo da Igreja Católica
- 40 resumos sobre a fé cristã
9. Onde posso obter mais informação?Visite o site www.annusfidei.va
Fonte: Daqui
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
William Wallace versus Nuno Álvares Pereira
Alguns biografos de Nuno Álvares Pereira chamam à atenção para as parecenças com o herói escocês William Wallace.
De facto, William Wallace (cuja personagem ficou gravada no cinema através do filme Braveheart) apresenta algumas semelhanças com Nuno Álvares Pereira e inclusive é provável que este soubesse, através dos seus amigos ingleses, das artimanhas e estratégias usadas por Wallace nas batalhas com o Rei inglês Eduardo I e que até se tivesse nelas inspirado sobretudo na forma como as suas vanguardas enfrentaram as investidas da cavalaria espanhola, em batalhas como Aljubarrota ou Atoleiros.
1º) Ambos lutavam conta Reinos mais poderosos em favor da independência, no caso de W.Wallace, pela aquisição da independência e no caso de D. Nuno pela manutenção da independência.
2º) Ambos tinham nas suas fileiras um grupo pouco organizado e composto por milícias populares, nem sempre bem armadas e apetrechadas.
3º) Ambos viveram no século XIV e tiveram de lidar com a nobreza cínica e calculista dos seus próprios reinos (no caso de William Wallace com a nobreza escocesa).
4º) Ambos tiveram uma educação baseada na formação religiosa e militar, associada a conventos ou ordens militares religiosas.
5º) Ambos venceram batalhas, utilizando estratégias inteligentes onde a desvantagem do menor número das suas tropas acabou por ser anulada pela maior perspicácia e sagacidade destes heróis medievais.
No entanto, este site veio recentemente exaltar as qualidades religiosas de William Wallace . Porém, não me parece que essas qualidades se possam equiparar às de D. Nuno Álvares Pereira.
Se verificarmos, as qualidades religiosas que são associadas a D. Nuno Álvares Pereira traduzem-se numa prática religiosa diária e que se manteve ao longo de toda a sua vida praticamente sem qualquer interrupção.
Pelo contrário, no caso de William Wallace, o site em causa destaca a sua formação religiosa, durante a sua infância e adolescência, também as peregrinações que fez então e ainda a forma como, no fim da vida, encarou a morte.
No entanto, se formos a ver, em geral, ao longo de toda a idade média, é raro o militar ou o nobre que não se converta ou passe a viver de forma mais fervorosamente religiosa quando confrontado com a sua morte. Vejam-se, por exemplo, o caso dos Reis D. Afonso V, D. Fernando I ou dos Reis D. Sancho I e II que, inclusive, revogaram decretos contrários aos interesses da Igreja, como forma de anularem excomunhões contra si.
Também o hábito das peregrinações era comum e estava generalizado como algo que qualquer cristão habitualmente realizava, mais cedo ou mais tarde, na sua vida.Assim, o comportamento religioso de William Wallace enquadra-se naquilo que é expectável para um cristão médio que viveu na Idade Média.
Por fim, refira-se que o próprio texto em causa refere que William Wallace, após o assassinato da sua mulher, Marian, afastou-se da Igreja, da prática religiosa e inclusive sabe-se que, em algumas das suas batalhas, actuou de forma particularmente violenta e cruel para com os seus adversários- facto que nunca aconteceu em D. Nuno Álvares Pereira.
Por isso, semelhanças existem, com diferenças à parte.
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