quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Halloween

A exorcização dos nosso receios e demónios na noite de Halloween em véspera de dia de todos os Santos, mas, por vezes, temos mesmo que os enfrentar ora por mera superação ora tão simplesmente porque não temos outra alternativa.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Onde a esperança morre, antes de nascer

No próximo dia 3, sábado, à tarde, se Deus quiser, estarei a participar num dos turnos das Veladas pela Vida, em frente à Clínica dos Arcos.
Já visitei o campo de concentração de Auschwitz onde pessoas eram mortas por motivos de racismo.
Nesta Clínica pessoas são mortas não por serem judeus ou negros mas simplesmente porque foram concebidos no lugar errado, à hora errada por pessoas que não os querem.
São mortas apenas e tão somente por motivos económicos.
Motivos económicos que, nesta altura do campeonato, poderiam ser determinantes.
Mas o que pode ser determinante para acabar com uma vida?
O que é certo é que esta aberração não pode ser só imputada aos próprios que colaboram e praticam o aborto, mas a toda uma sociedade. Porque uma sociedade que permite que seres vivos concebidos não vejam a luz do dia por falta de apoio, por falta de carinho, por falta de condições familiares, económicas e sociais, por falta de alternativas é uma sociedade derrotada e que se deixa derrotar antes mesmo de lutar.
Nesta Clínica a esperança morre antes de nascer.
As almas saem amarguradas ou com uma enganadora sensação de alívio.
As marcas ficam sempre.
Não estamos à frente da Clinica dos Arcos para censurar ninguém ou muito menos para perseguir, estamos para falar com quem quiser falar, mostrar que há quem trabalhe por alternativas e que essas alternativas são reais e não apenas meras intenções.
Estamos à frente da Clínica para rezar pelos que são empurrados para o drama do aborto, os pais e os filhos.
Estamos para que saibam que estão no nosso pensamento, nas nossas orações e, por isso, merecem a nossa presença

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Enquanto uns apertam o cinto outros continuam a viver à grande e à francesa

Neste site, encontram-se coisas interessantes.
Tais como:

A entidade reguladora dos Serviços Energéticos gastou 54.108,00€ com a Reuters para ter acesso permanente a informação de índole economica

Com tanta gente no desemprego e tantos funcionários públicos na lista para serem "corridos" a Autoridade da Concorrência precisava mesmo de gastar 184.500,00€ na aquisição de serviços de segurança privada ?
O país de tanga mas as entidades públicas continuam a viver "à rica" e é para isto que vamos apertar o cinto.
Ou o governo tem a coragem de acabar com estas mordomias ou "suspenda-se a democracia por uns meses para pôr o país em ordem" (alguém já disse isto antes, não foi ?)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Esquecer o mundo



"Bem sabeis que não tenho por hábito dormir muito, mas apenas um pouco para esquecer o mundo" Thomas More

O sono e o dormir, entre outras vantagens de natureza biológica, oferece-nos também a possibilidade de todos os dias, por umas quantas horas, podermos esquecer o mundo...

domingo, 21 de outubro de 2012

Dia Mundial das Missões

No dia mundial das Missões, eis um vídeo que fala sobre homens e mulheres que deixam os seus familiares e amigos para, a muitos kilómetros de distância das suas casas, promoverem a inclusão social, a educação, a saúde e a propagação da fé em locais marcados pela guerra e a pobreza.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Osvaldo Silva

Estou profundamente chocado com a noticia do falecimento súbito do meu colega e conhecido Osvaldo Silva, ilustre advogado de Faro, com a mesma idade que eu, 40 anos, fruto de um acidente de viação em Espanha. À semelhança do Dr Pedro Nicolau de Sousa que faleceu há uns atrás num acidente de mota, ambos os colegas tinham a paixão pelos veículos motorizados de alta cilindrada, ambos tinham adquirido recentemente veículos novos e de grande potência e ambos eram viciados em trabalho.
O Dr Osvaldo Silva era um advogado muito profissional e dedicado às suas causas e aos seus clientes.
Tive oportunidade de me enfrentar com ele em audiência e posso confirmar a sua diligência e preparação.
Sempre que nos cruzávamos, ele parava sempre para trocarmos um dedo de conversa que, muitas vezes, prolongava-se por muitos minutos.
Apesar de adversários em tribunal, tínhamos um relacionamento muito cordial.
Da última vez, em Agosto, confidenciou-me algumas coisas da sua vida, o que, sem dúvida, implicou um reforço da nossa relação.
Nessa altura, estive a falar com ele sobre a nossa vida de advogado, cheia de stress e trabalho e ele dizia-me que, em pleno mês de Agosto, não iria tirar férias.
O trabalho, às vezes, é como uns grilhões que não liberta e nos impede de viver.
Quando a morte chega, sem avisar, deixa-nos lições de vida a tirar.
Os meus pensamentos e orações vão para a mulher e o filho de 3 anos.
Tanto frenesim, tanto trabalho para tudo se gastar e desaparecer num ápice.
Paz à sua alma.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Demagogia



            Na sua obra “A República”, Aristóteles dizia que a forma de degenerescência da Democracia é a demagogia.
           Sabemos também que, no dizer de Churchill “A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas". Por outras palavras, a Democracia será a melhor das piores formas de governo.

            Na génese da crise económica europeia está também subjacente uma crise da própria classe política e do sistema democrático. Em particular, na Grécia, em Espanha e em Portugal isso é muito evidente, em grande parte motivada pela insensatez, desgoverno e incompetência dos partidos socialistas locais que estiveram no governo desses país.

            Mas a culpa não é só dos partidos e dos governos, é também dos eleitores.

            Senão vejamos.

            Nas eleições legislativas de 2009, Manuela Ferreira Leite, na campanha eleitoral, defendeu a necessidade de recorrer a medidas de austeridade e contenção como forma de estabilizar as finanças públicas e o déficit do Estado.

            Enquanto isso, Sócrates dizia que o discurso de Manuela Ferreira Leite era pessimista e que, com ele, os salários e as pensões não seriam afetados (inclusive até foram aumentados precisamente na véspera das eleições) e que, com ele, o país lançar-se-ía numa onda de grandes investimentos públicos que iriam relançar a economia.

            À exceção dos economistas pró-Socrates, todos os outros especialistas consideravam que a estratégia de Sócrates era um suicídio para o país. Porém, como Sócrates utilizou um discurso enganador, falso e aparentemente mais positivo, acabou por ganhar as eleições, lançando depois o país na ruina, com despesas galopantes em cima de mais despesas e endividamento atrás de endividamento.

            Quando Portugal acabou por pedir um resgate à Troika, os salários e pensões de reforma corriam o risco de não serem pagos. Mas, já era tarde de mais . Os eleitores escolheram votar em quem os tinha enganado e recusaram votar em quem lhes dizia a verdade e usava como lema e bandeira eleitoral“Uma política de verdade”. Os eleitores, pelo contrário, preferiram a mentira, preferiram quem lhes vendia uma “banha da cobra” mais atrativa.

            Em 2011, quando Passos Coelho se apresentou às legislativas, afirmou que iria tentar não aumentar os impostos e nada disse quanto ao corte de subsídios de Natal e de férias. As pessoas foram, de novo enganadas.

            Mas se Passos Coelho seguisse o exemplo de Manuela Ferreira Leite e anunciasse, em plena campanha eleitoral quais as medidas duras e de austeridade que iria levar a cabo, será que os eleitores teriam votado à mesma no PSD ?

Ou será que o seu fim, seria o mesmo de Manuela Ferreira Leite que foi penalizada por dizer a verdade e não a esconder ?

            Esta comparação leva-nos a uma conclusão:

Para ganhar umas eleições, o povo precisa de ser enganado porque o povo procura sempre o mais fácil, segue sempre quem lhe promete mais, melhor e de forma mais rápida. Depois, quando se vê enganado, aí é que o povo se lembra que as promessas não foram cumpridas e vai para as ruas, reclamar e manifestar-se contra a classe política. Mas, cada um tem o que merece e se só é possível ganhar umas eleições através da mentira e das falsas promessas, quem é que pode censurar os políticos de a isso recorrerem, se essa é a única forma que têm de aceder ao poder ?

            É necessário apostar numa maior maturidade e formação política dos eleitores de forma a que este não reajam de forma meramente intuitiva e pavloviana. Há que dizer a verdade, não escondê-la e demonstrar que não há alternativas, além do caos e da rutura.

            Fazer o contrário, é pura demagogia.

O meu artigo de Outubro no mensário "Notícias de S.Brás"