Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
sábado, 30 de abril de 2011
Um recado do Papa João Paulo II à Igreja Católica Portuguesa
"Antes as pessoas íam às paróquias.
Agora é o pároco que tem que ir visitar as pessoas".
Joaquin Navarro-Vals
Daqui
quinta-feira, 28 de abril de 2011
A constituição revista
terça-feira, 26 de abril de 2011
A reforma da Justiça
Enquanto não houver coragem para arranjar um código com 200 artigos, vai demorar estes anos todos (...).
(Quanto aos juízes), as pessoas são ensinadas a olhar para os processos como mais um caso e não vêem a situação concreta, embora haja juízes que o façam.
Juiz Desembargador Eurico Reis
in Correio da Manhã de 14 de Fevereiro de 2011
Qual é então a base do problema (da Justiça)?
Está a dois níveis.
Como é que se muda um comportamento tão enraizado?
Não é só a cultura jurídica dos portugueses. É a cultura continental muito formalista, tecnicista e burocrática. Normalmente isto é misturado com uma retórica muito grande sobre a garantia dos direitos dos cidadãos, que não estão a garantir coisa nenhuma. Porque obviamente uma justiça atrasada é uma justiça negada. Temos problemas semelhantes, talvez não tão graves, em França e na Itália. Mas há outra cultura jurídica, a anglo-saxónica, que tem outra concepção: o cidadão quando mete uma acção em tribunal sabe exactamente o seu início e também quando termina. Nos tribunais norte-americanos os prazos são cumpridos.
Boaventura Sousa Santos
In Público
Conselhos práticos e concretos sobre como dormir bem
Tenha horários regulares:
Coma algo leve:
Seja persistente mas não exagere: Ficar na cama mais do que 40 minutos sem conseguir dormir pode acabar sendo contraproducente. Levante-se e escolha alguma atividade relaxante ou tediosa. Para mim, tomar um banho quente funciona bem, mas para outras pessoas o banho está associado ao ato de acordar, e deve ser evitado. Leia um livro, dobre roupas, ouça música calma, faça um chá (o ato de esperar a água ferver, sem ter mais nada para fazer, pode ajudar também). Resista à tentação de ligar a TV ou o computador.
Não tenha picos de concentração antes de dormir:
Associe a cama ao sono:
Capriche nos equipamentos:
Ruído branco:
Não durma durante o dia:
Remédios para dormir: evite soníferos e calmantes, mesmo sob orientação médica – primeiro discuta bem outras alternativas. De modo geral, medicamentos para dormir deveriam ser usados apenas a curto prazo – o uso freqüentemente geralmente acaba se tornando ineficaz após algum tempo. Nunca se automedique, e se você sentir que sua medicação está perdendo o efeito, procure o seu médico – não aumente a dose sozinho.
sábado, 23 de abril de 2011
Frida e o sentido da dor e da vida
O filme “Frida” que nos conta a biografia da pintora mexicana Frida Kahlo, é mais uma das obras premiadas por Hollywood onde se mostra e exalta o lado mais negro da vida.
Frida, além do seu talento e da sua devassidão, é, desde jovem, ferida pela dor e o sofrimento. Por isso, a maioria dos seus quadros acabam por espelhar essa sua cruz física.
O que mais me choca, além de algumas das suas pinturas, que me fazem lembrar, num certo sentido, as de Hieronymus Bosch, é a visão completamente horizontal do mundo, um mundo sem esperança, onde a dor é vivida de forma agnóstica e sem qualquer sentido, onde só o alcóol e o sexo (e claro, os seus quadros) parecem atenuar, ainda que por breves erráticos instantes, o cenário de pesadelo em que a sua vida se tornou.
Aqueles que defendem o aborto e a eutanásia são os mesmos que defendem uma visão perfeita da vida: o céu tem que existir já nesta vida e tudo o que o possa estragar deve ser fisicamente eliminado.
Por seu turno e de forma um pouco paradoxal, quem defende o valor intrinseco da vida, desde a concepção até à sua morte natural, sabe que a vida é feita de imperfeições físicas e morais ou, como dizia Santa Teresa de Ávila, “é uma má noite, passada numa má pousada” e que a vida só por si, para fazer sentido, exige o bálsamo da solidariedade.
E é precisamente um raio ténue de solidariedade que se vê, na parte final da vida, pela dedicação da irmã e pela “lealdade” do marido, recordando um pouco a intensa experiência da dor vivida também na fase final da vida por C.S. Lewis e a sua esposa norte-americana, vítima de um fulminante cancro dos ossos e também imortalizado quer no seu livro “A grief observed” (Anatomia de uma dor) quer no filme “Shadowlands” , com Antonhy Hopkins e Debra Winger.
É curioso ver “Frida” no culminar da semana santa, uma semana onde o Cristianismo exalta também a dor e o sofrimento mas não da forma como Frida o fez. Na via-sacra ou nas procissões das irmandades espanholas fala-se, vive-se e até procura-se a dor como meio de redenção. “Salvé, Crux, Spes Única”- Salvé ó cruz, única esperança da vida “
É difícil, porém, condenar moralmente a perspectiva de vida de Frida já que todos nós comungamos da mesma natureza de miséria humana de que somos feitos e estamos predestinados, ainda que não necessariamente condenados. Mas, não se pode deixar de lamentar a horizontalidade da sua visão tétrica e sem sentido da realidade, agravada pela perspectiva materialista da vida, alimentada pelo activismo comunista, onde nada mais há, além do que se vê e se sente. Nada mais, para além disso,
Outros artistas há, como Graham Green que comungaram da mesma escravidão redutora mas, ainda assim, tentaram partir e atingir algo mais. Mas, a mensagem da Semana Santa mostra que, apesar dos pesos da vida, é possível ir muito mais além da dor e da escravidão das paixões.
domingo, 17 de abril de 2011
Beatificação de Papa João Paulo II- dia 1 de Maio
Apesar do muito que haveria para escrever sobre a actual crise política e as habituais burlas e logros do partido socialista, optei por escrever, antes, sobre algo mais positivo e edificante: A beatificação do Papa João Paulo II que terá lugar, no próximo dia 1 de Maio, na Praça de S.Pedro, em Roma.
Das ínumeras (e todas elas ricas) facetas que poderia aqui destacar, saliento apenas duas: a sua profunda humanidade, por um lado, e o seu forte carácter reflexivo e introspectivo, por outro.
Quando falo da sua profunda humanidade não me refiro à sua capacidade de se compadecer dos outros que também a tinha. Refiro-me sim à forma como gostava de se misturar e se integrar nas mais profundas entranhas do mundo, convivendo com todos como mais um entre iguais. No tempo em que era professor de ética na Universidade, na Polónia, registam-se as excursões que organizava com os jovens, o canoagem, o montanhismo e o futebol, entre outras práticas desportivas. Nessas excursões, no meio da natureza, ao mesmo tempo que ria e convivia com os jovens, Karol falava-lhes também da sua felicidade e não hesitava em abordar temas sensíveis e polémicos como o amor e a sexualidade.
Conta-se que, no dia em que o Cardeal da Polónia o teria mandado chamar para informar que tinha sido escolhido e iria ser ordenado Bispo, Karol foi apanhado de surpresa, no meio de uma excursão com jovens e, por isso, teve de se deslocar ao Paço Episcopal de sotaina preta e…ténis brancos.
Mais tarde, enquanto Papa manteve essa relação de proximidade com todos, mineiros, desportistas, jovens, idosos e doentes. Assim fez juz a um dos lemas do seu pontificado, o de que o homem deve ser o caminho da Igreja, isto é que a Igreja e a sua mensagem devem estar a par das necessidades e das carências diárias dos homens, ao seu lado e não numa posição de privilégio ou de distância.
Outro episódio que espelha bem esta sua caracteristica é a história de uma jovem norte-americano que, um dia, numa das audiências privadas com o Papa, comentou que também era amante de desporto e, em particular, de ténis, ao que o Papa convidou-o para uma partida de ténis. Uns dias depois, lá foi o jovem ao Vaticano, passou a guarda Suiça e dirigiu-se a um court de ténis onde encontrou o Papa vestido a rigor. No meio de várias partidas de ténis, o Papa falou-lhe de outros horizontes e desafiou-o a equacionar a possibilidade de seguir o sacerdócio e, uns anos mais tarde, este jovem fez-se padre, a partir de umas breves conversas no meio de umas quantas partidas de ténis.
Mas, além desta característica, Karol chamava à atenção pelo seu forte pendor introspectivo. Quando não estava a rir ou a conversar ou a discursar, estava em reflexão ou, se quisermos, em oração. Um pouco como as árvores que para crescerem e darem frutos precisam de raízes fortes e férteis, assim também o Papa alicerçava a sua acção numa forte componente de introspecção e reflexão. O que dizia e o que fazia eram o fruto do que meditava e reflectia.
Também a este propósito, conta-se uma história passada na capela privada do Vaticano. O Papa encontrava-se em oração, ao que foi interrompido pelo seu secretário que o informou ter acontecido algo de muito grave, a nível internacional, e que, por isso, o Papa teria que ir de imediato para o seu gabinete a fim de se inteirar e reagir ao ocorrido. O Papa reagiu, censurando o seu secretário, e respondeu que se era algo de internacional e de muito grave, então mais uma razão para o Papa continuar a rezar, pedindo pela resolução desse problema.
Assim era o Papa João Paulo II, um homem com a cabeça bem metida no céu, mas os pés bem assentes no meio da terra.
Dia 1 de Maio, numa tv perto de si.
Artigo públicado no mensário "Notícias de S.Brás"
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Novo Bispo de Coimbra
terça-feira, 12 de abril de 2011
Mudar o regime
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Judoca dançante
E agora, como praticante de dança de salão (aqui a dançar com a senhora loira)
domingo, 10 de abril de 2011
Ministro Sueco das Finanças responsabiliza governo PS pela crise actual
P.S.- Para quem não sabe, o "Outono boreal" tem início, no hemisfério norte, a 22 ou 23 de Setembro e termina a 21 ou 22 de Dezembro. Por outras palavras, alguém de fora, diz que, no final de Setembro, isto é, há 6 meses atrás se poderiam ter adoptado outras medidas (leia-se, no Orçamento de Estado para 2011)
sábado, 9 de abril de 2011
Motivação, rentabilidade e felicidade
Quer na macroeconomia, quer na economia das empresas habitualmente esquece-se a importância da motivação e do empreendedorismo quer dos gestores, quer dos funcionários.
Eis uma das suas palestras, neste caso no âmbito de uma workshop do Banco Santander, com grande interesse e tocando em muitos calcanhares de Aquiles de todos nós.