Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Sobre a prova racional da existência de Deus
Aqui, do meu amigo Bernardo Motta, brilhante, como sempre !
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
A crise do Direito e dos tribunais
Intervenção do Prof. José Eduardo Faria na conferência "Tribunais, Cidadania e Direitos, realizada pela ASJP na Assembleia da República no dia 06.12.2012
Prof. José Eduardo Faria (2012-12-06) por dm_50c3526409d78
Alguns pontos referidos por este professor universitário que me parecem mais de destacar:
Prof. José Eduardo Faria (2012-12-06) por dm_50c3526409d78
Alguns pontos referidos por este professor universitário que me parecem mais de destacar:
a) “A existência de uma incompatibilidade entre a razão juridica e a razão económica”
b) "A existência da dolarização do conhecimento jurídico"
c) "A existência de um conflito entre o poder existente e a ordem desejada"
d) "sem sindicatos fortes o capital (...) consegue (..) principalmente suprimir certas responsabilidades do judiciário na aplicação dos direitos sociais"
e) "As reformas legislativas de segunda geração fortemente pressionadas por uma lógica economicista estão a revogar direitos sociais adquiridos"
f) "na lógica dos mercados transnacionais, o direito social é visto unicamente como um custo económico"
No entanto, acho que a sua visão é um pouco estática.
Apesar da lógica capitalista estar a destruir muitos dos direitos sociais também é importante pensar e questionar o passado para reconstruir o presente e modificar o futuro.
f) "na lógica dos mercados transnacionais, o direito social é visto unicamente como um custo económico"
No entanto, acho que a sua visão é um pouco estática.
Apesar da lógica capitalista estar a destruir muitos dos direitos sociais também é importante pensar e questionar o passado para reconstruir o presente e modificar o futuro.
sábado, 15 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
A vida de Pi
Quando a viabilidade do zoo é ameaçada e a família decide
partir para o Canadá, o barco em que seguem sofre uma violenta tempestade. Em
pleno Oceano Pacífico, Pi vive a mais temível e extraordinária experiência
humana, entregue a Deus e ao seu discernimento, num bote onde couberam ainda
uma zebra, uma hiena, um orangotango... e Richard Parker, portentoso tigre de
Bengala...
Desde o
anúncio de adaptação de “A Vida de Pí”, do escritor canadiano Yann Martel, ao
cinema, sob direção do oscarizado Ang Lee (“O Segredo de Brokeback Mountain”,
“O Tigre e o Dragão”), paira no ar a interrogação sobre a sua capacidade de
transpor ou reinterpretar a maior riqueza da obra literária: as interrogações e
reflexões de um rapaz na passagem à idade adulta sobre o sentido da vida e da
existência. Reflexões que surgem de forma mais evidente ou subliminar na
relação fabulosa de Pi com os animais e inevitavelmente nos momentos de maior
tragédia e espanto, ante a experiência do desespero ou da solidão. Na ausência
e na magnânima presença de Deus.
A opção de
Ang Lee é claramente pela magnificência de efeitos visuais, permanentemente
acompanhados por uma banda sonora digna de entusiasmante aventura. Adaptação
bem protagonizada por um jovem e empenhado ator, Suraj Sharma, num contexto em
que tudo parece bater certo, mas que evita a todo o custo a introspeção...
Margarida Ataíde
Margarida Ataíde
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Educação para os media nas escolas
Nuno Crato, o novo ministro da Educação, afirmava há uns meses atrás que um dos objectivos do sistema de ensino passava pela sua adaptação aos desafios da idade adulta e do mundo profissional que espera os jovens estudantes.
Neste âmbito, haveria que excluir ou reduzir as matérias que têm pouca aplicação prática e apostar nas que têm.
Uma das áreas mais importantes no sentido de atribuir competências aos jovens com vista a uma maior concentração e autonomia passa pela chamada "Educação para os Media".
A "Educação para os Media" tem uma dupla vertente.
Por um lado, munir os jovens dos instrumentos necessários a uma utilização inteligente dos media ao nível académico e profissional.
Por outro, investi-los das competências necessárias a uma interpretação dos media que permite a sua desmontagem e a obtenção de um consequente distanciamento que evite situações de manipulação e atracção maníaco-compulsiva.
Infelizmente, este área continua a ser descurada pelos programas de ensino.
Excepção a isto é a chamada "leitura de imagens e movimento" que é uma rubrica prevista em alguns programas de Português para certos anos de escolaridade.
Entre outros efeitos, o consumo massivo de multimedia aumenta quer a dificuldade de concentração, quer a hiperactividade com consequências negativas para o desenvolvimento psicossocial dos estudantes.
Há que rever os programas de ensino e torná-los mais atractivos, mais modernos, mais adaptados à preparação dos estudantes com vista à sua inclusão num mundo cada vez mais competitivo e, por vezes, cruel.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Halloween
A exorcização dos nosso receios e demónios na noite de Halloween em véspera de dia de todos os Santos, mas, por vezes, temos mesmo que os enfrentar ora por mera superação ora tão simplesmente porque não temos outra alternativa.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Onde a esperança morre, antes de nascer
No próximo dia 3, sábado, à tarde, se Deus quiser, estarei a participar num dos turnos das Veladas pela Vida, em frente à Clínica dos Arcos.
Já visitei o campo de concentração de Auschwitz onde pessoas eram mortas por motivos de racismo.
Nesta Clínica pessoas são mortas não por serem judeus ou negros mas simplesmente porque foram concebidos no lugar errado, à hora errada por pessoas que não os querem.
Já visitei o campo de concentração de Auschwitz onde pessoas eram mortas por motivos de racismo.
Nesta Clínica pessoas são mortas não por serem judeus ou negros mas simplesmente porque foram concebidos no lugar errado, à hora errada por pessoas que não os querem.
São mortas apenas e tão somente por motivos económicos.
Motivos económicos que, nesta altura do campeonato, poderiam ser determinantes.
Motivos económicos que, nesta altura do campeonato, poderiam ser determinantes.
Mas o que pode ser determinante para acabar com uma vida?
O que é certo é que esta aberração não pode ser só imputada aos próprios que colaboram e praticam o aborto, mas a toda uma sociedade. Porque uma sociedade que permite que seres vivos concebidos não vejam a luz do dia por falta de apoio, por falta de carinho, por falta de condições familiares, económicas e sociais, por falta de alternativas é uma sociedade derrotada e que se deixa derrotar antes mesmo de lutar.
Nesta Clínica a esperança morre antes de nascer.
O que é certo é que esta aberração não pode ser só imputada aos próprios que colaboram e praticam o aborto, mas a toda uma sociedade. Porque uma sociedade que permite que seres vivos concebidos não vejam a luz do dia por falta de apoio, por falta de carinho, por falta de condições familiares, económicas e sociais, por falta de alternativas é uma sociedade derrotada e que se deixa derrotar antes mesmo de lutar.
Nesta Clínica a esperança morre antes de nascer.
As almas saem amarguradas ou com uma enganadora sensação de alívio.
As marcas ficam sempre.
Não estamos à frente da Clinica dos Arcos para censurar ninguém ou muito menos para perseguir, estamos para falar com quem quiser falar, mostrar que há quem trabalhe por alternativas e que essas alternativas são reais e não apenas meras intenções.
Estamos à frente da Clínica para rezar pelos que são empurrados para o drama do aborto, os pais e os filhos.
Estamos para que saibam que estão no nosso pensamento, nas nossas orações e, por isso, merecem a nossa presença
Não estamos à frente da Clinica dos Arcos para censurar ninguém ou muito menos para perseguir, estamos para falar com quem quiser falar, mostrar que há quem trabalhe por alternativas e que essas alternativas são reais e não apenas meras intenções.
Estamos à frente da Clínica para rezar pelos que são empurrados para o drama do aborto, os pais e os filhos.
Estamos para que saibam que estão no nosso pensamento, nas nossas orações e, por isso, merecem a nossa presença
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Enquanto uns apertam o cinto outros continuam a viver à grande e à francesa
Neste site, encontram-se coisas interessantes.
Tais como:
A entidade reguladora dos Serviços Energéticos gastou 54.108,00€ com a Reuters para ter acesso permanente a informação de índole economica
Com tanta gente no desemprego e tantos funcionários públicos na lista para serem "corridos" a Autoridade da Concorrência precisava mesmo de gastar 184.500,00€ na aquisição de serviços de segurança privada ?
O país de tanga mas as entidades públicas continuam a viver "à rica" e é para isto que vamos apertar o cinto.
Ou o governo tem a coragem de acabar com estas mordomias ou "suspenda-se a democracia por uns meses para pôr o país em ordem" (alguém já disse isto antes, não foi ?)
Tais como:
A entidade reguladora dos Serviços Energéticos gastou 54.108,00€ com a Reuters para ter acesso permanente a informação de índole economica
Com tanta gente no desemprego e tantos funcionários públicos na lista para serem "corridos" a Autoridade da Concorrência precisava mesmo de gastar 184.500,00€ na aquisição de serviços de segurança privada ?
O país de tanga mas as entidades públicas continuam a viver "à rica" e é para isto que vamos apertar o cinto.
Ou o governo tem a coragem de acabar com estas mordomias ou "suspenda-se a democracia por uns meses para pôr o país em ordem" (alguém já disse isto antes, não foi ?)
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Esquecer o mundo
"Bem sabeis que não tenho por hábito dormir muito, mas apenas um pouco para esquecer o mundo" Thomas More
O sono e o dormir, entre outras vantagens de natureza biológica, oferece-nos também a possibilidade de todos os dias, por umas quantas horas, podermos esquecer o mundo...
domingo, 21 de outubro de 2012
Dia Mundial das Missões
No dia mundial das Missões, eis um vídeo que fala sobre homens e mulheres que deixam os seus familiares e amigos para, a muitos kilómetros de distância das suas casas, promoverem a inclusão social, a educação, a saúde e a propagação da fé em locais marcados pela guerra e a pobreza.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Osvaldo Silva
Estou profundamente chocado com a noticia do falecimento súbito do meu colega e conhecido Osvaldo Silva, ilustre advogado de Faro, com a mesma idade que eu, 40 anos, fruto de um acidente de viação em Espanha. À semelhança do Dr Pedro Nicolau de Sousa que faleceu há uns atrás num acidente de mota, ambos os colegas tinham a paixão pelos veículos motorizados de alta cilindrada, ambos tinham adquirido recentemente veículos novos e de grande potência e ambos eram viciados em trabalho.
O Dr Osvaldo Silva era um advogado muito profissional e dedicado às suas causas e aos seus clientes.
O Dr Osvaldo Silva era um advogado muito profissional e dedicado às suas causas e aos seus clientes.
Tive oportunidade de me enfrentar com ele em audiência e posso confirmar a sua diligência e preparação.
Sempre que nos cruzávamos, ele parava sempre para trocarmos um dedo de conversa que, muitas vezes, prolongava-se por muitos minutos.
Apesar de adversários em tribunal, tínhamos um relacionamento muito cordial.
Da última vez, em Agosto, confidenciou-me algumas coisas da sua vida, o que, sem dúvida, implicou um reforço da nossa relação.
Nessa altura, estive a falar com ele sobre a nossa vida de advogado, cheia de stress e trabalho e ele dizia-me que, em pleno mês de Agosto, não iria tirar férias.
Nessa altura, estive a falar com ele sobre a nossa vida de advogado, cheia de stress e trabalho e ele dizia-me que, em pleno mês de Agosto, não iria tirar férias.
O trabalho, às vezes, é como uns grilhões que não liberta e nos impede de viver.
Quando a morte chega, sem avisar, deixa-nos lições de vida a tirar.
Quando a morte chega, sem avisar, deixa-nos lições de vida a tirar.
Os meus pensamentos e orações vão para a mulher e o filho de 3 anos.
Tanto frenesim, tanto trabalho para tudo se gastar e desaparecer num ápice.
Paz à sua alma.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Demagogia
Na sua
obra “A República”, Aristóteles dizia
que a forma de degenerescência da Democracia é a demagogia.
Sabemos também que, no dizer de Churchill “A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas". Por outras palavras, a Democracia será a melhor das piores formas de governo.
Sabemos também que, no dizer de Churchill “A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas". Por outras palavras, a Democracia será a melhor das piores formas de governo.
Na génese da crise económica
europeia está também subjacente uma crise da própria classe política e do
sistema democrático. Em particular, na Grécia, em Espanha e em Portugal isso é
muito evidente, em grande parte motivada pela insensatez, desgoverno e incompetência
dos partidos socialistas locais que estiveram no governo desses país.
Mas a culpa não é só dos partidos e
dos governos, é também dos eleitores.
Senão vejamos.
Nas eleições legislativas de 2009,
Manuela Ferreira Leite, na campanha eleitoral, defendeu a necessidade de
recorrer a medidas de austeridade e contenção como forma de estabilizar as
finanças públicas e o déficit do Estado.
Enquanto isso, Sócrates dizia que o
discurso de Manuela Ferreira Leite era pessimista e que, com ele, os salários e
as pensões não seriam afetados (inclusive até foram aumentados precisamente na
véspera das eleições) e que, com ele, o país lançar-se-ía numa onda de grandes
investimentos públicos que iriam relançar a economia.
À exceção dos economistas
pró-Socrates, todos os outros especialistas consideravam que a estratégia de
Sócrates era um suicídio para o país. Porém, como Sócrates utilizou um discurso
enganador, falso e aparentemente mais positivo, acabou por ganhar as eleições,
lançando depois o país na ruina, com despesas galopantes em cima de mais
despesas e endividamento atrás de endividamento.
Quando Portugal acabou por pedir um
resgate à Troika, os salários e pensões de reforma corriam o risco de não serem
pagos. Mas, já era tarde de mais . Os eleitores escolheram votar em quem os
tinha enganado e recusaram votar em quem lhes dizia a verdade e usava como lema
e bandeira eleitoral“Uma política de verdade”. Os eleitores, pelo contrário,
preferiram a mentira, preferiram quem lhes vendia uma “banha da cobra” mais
atrativa.
Em 2011, quando Passos Coelho se
apresentou às legislativas, afirmou que iria tentar não aumentar os impostos e
nada disse quanto ao corte de subsídios de Natal e de férias. As pessoas foram,
de novo enganadas.
Mas se Passos Coelho seguisse o
exemplo de Manuela Ferreira Leite e anunciasse, em plena campanha eleitoral
quais as medidas duras e de austeridade que iria levar a cabo, será que os
eleitores teriam votado à mesma no PSD ?
Ou será que o seu fim, seria o mesmo de Manuela
Ferreira Leite que foi penalizada por dizer a verdade e não a esconder ?
Esta comparação leva-nos a uma
conclusão:
Para ganhar umas eleições, o povo precisa de ser
enganado porque o povo procura sempre o mais fácil, segue sempre quem lhe
promete mais, melhor e de forma mais rápida. Depois, quando se vê enganado, aí
é que o povo se lembra que as promessas não foram cumpridas e vai para as ruas,
reclamar e manifestar-se contra a classe política. Mas, cada um tem o que
merece e se só é possível ganhar umas eleições através da mentira e das falsas
promessas, quem é que pode censurar os políticos de a isso recorrerem, se essa
é a única forma que têm de aceder ao poder ?
É necessário apostar numa maior
maturidade e formação política dos eleitores de forma a que este não reajam de
forma meramente intuitiva e pavloviana. Há que dizer a verdade, não escondê-la
e demonstrar que não há alternativas, além do caos e da rutura.
Fazer o contrário, é pura demagogia.
O meu artigo de Outubro no mensário "Notícias de S.Brás"
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Sócrates aumentou a dívida em 93%
De acordo com o que aqui se diz, Sócrates aumentou a dívida de cada português em 93%...
Em 2009, foi o zé povinho que votou nele porque não gostavam do aspeto da Manuela, não foi ?
Em 2009, foi o zé povinho que votou nele porque não gostavam do aspeto da Manuela, não foi ?
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
A Igreja Católica está ultrapassada e caduca ?
O Arcebispo de Nova Iorque e Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Cardeal Timothy Dolan, respondeu com simplicidade e precisão, baseado na vida cotidiana, àqueles que afirmam que que a Igreja é "anacrônica" ou está "fora de moda".
Na mais recente publicação de seu blog pessoal no site da Arquidiocese de Nova Iorque, o Cardeal respondeu às críticas que dizem que a Igreja deve "colocar-se ao dia com as novas épocas ou vai perder fiéis!"
Com um claro tom de ironia, o Cardeal comenta que também uns dizem que o Papa Juan XXIII ia iniciar algumas mudanças com o Concílio Vaticano II para "colocar a Igreja em dia", mas que o "indeciso" Paulo VI e "o polonês de mente fechada" João Paulo II, e o "autoritativo Panzerkardinal" Joseph Ratzinger, agora Bento XVI, "arruinaram tudo com seu conservadorismo!"
A seguir o Cardeal explica que o Papa João XXIII reuniu o Concílio para debater a melhor forma de transmitir a fé "sem comprometer ou diluir sua integridade. E, de acordo aos ensinamentos do mesmo Concílio, é o Papa, unido aos Bispos da Igreja, que proporcionam a genuína interpretação do significado do Concílio".
O Cardeal explica logo que o que deve adequar-se aos tempos é a forma que a fé é apresentada e que a missão da Igreja e seus ensinamentos não devem ser alterados, mas devem estar conformes à Revelação de Deus na Bíblia, ao direito natural, aos ensinamentos de Jesus e ao Magistério da Igreja (os ensinamentos do Papa e dos bispos).
Para deixar ainda mais claro que os ensinamentos da Igreja não estão "fora de moda", o Cardeal põe três exemplos concretos.
O primeiro se refere à convivência antes do matrimônio e a vida sexual ativa, que segundo a Igreja pertence apenas ao âmbito do matrimônio. "Tal afirmação, como sabem, é qualificada de tola, imprática e repressiva".
Entretanto, prossegue o prelado, "não foi um jornal católico –a não ser justamente o contrário– o New York Timas (que no dia 15 de Abril de 2012) informou as sombrias estatísticas de como a convivência antes do matrimônio gera altos graus de infelicidade marital e divórcio!"
O segundo caso é o de uma mulher que procura o seu pároco para pedir consolo porque agora não pode ficar grávida porque, segundo o seu médico, durante 15 anos tomou a pílula anticoncepcional, um tema com o qual alguns se burlavam da Igreja. "A mulher mesmo conclui que o respeito da Igreja pela integridade natural do corpo não está para nada ‘ultrapassado’".
O terceiro caso é um homem que se aproxima do próprio Cardeal para contar-lhe o seu drama: está velho, sozinho e vai morrer. Deixou a sua esposa e filhos uma década atrás, procurou dinheiro, prestígio, propriedades e uma esposa mais bonita e mais jovem. Anos atrás ele se burlou do sacerdote que lhe advertiu sobre os perigos de "adorar o dinheiro e o prazer".
"E agora –diz o Cardeal Dolan– o homem está morrendo sozinho, recordando as palavras de Jesus: ‘De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro se ao fazê-lo perde seu alma?’ O homem admite que, no final das contas, a Igreja tinha razão".
O Arcebispo assinala que "a Igreja ‘não está fora de foco’, mas ao contrário se encontra no meio de tudo e bastante mais adiante de nós porque tem os olhos na eternidade. É uma mãe amorosa e sábia, fundada sobre Aquele que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’".
"Ela, a Igreja, não tem que mudar de perspectiva, mas nós temos que mudar de vida. Esqueçam-se de ‘adaptar-se aos novos tempos’ no que diz respeito à fé e à moral. Em vez disso ‘coloquem-se em dia com o eterno!’, conlcuiu"
Daqui
Na mais recente publicação de seu blog pessoal no site da Arquidiocese de Nova Iorque, o Cardeal respondeu às críticas que dizem que a Igreja deve "colocar-se ao dia com as novas épocas ou vai perder fiéis!"
Com um claro tom de ironia, o Cardeal comenta que também uns dizem que o Papa Juan XXIII ia iniciar algumas mudanças com o Concílio Vaticano II para "colocar a Igreja em dia", mas que o "indeciso" Paulo VI e "o polonês de mente fechada" João Paulo II, e o "autoritativo Panzerkardinal" Joseph Ratzinger, agora Bento XVI, "arruinaram tudo com seu conservadorismo!"
A seguir o Cardeal explica que o Papa João XXIII reuniu o Concílio para debater a melhor forma de transmitir a fé "sem comprometer ou diluir sua integridade. E, de acordo aos ensinamentos do mesmo Concílio, é o Papa, unido aos Bispos da Igreja, que proporcionam a genuína interpretação do significado do Concílio".
O Cardeal explica logo que o que deve adequar-se aos tempos é a forma que a fé é apresentada e que a missão da Igreja e seus ensinamentos não devem ser alterados, mas devem estar conformes à Revelação de Deus na Bíblia, ao direito natural, aos ensinamentos de Jesus e ao Magistério da Igreja (os ensinamentos do Papa e dos bispos).
Para deixar ainda mais claro que os ensinamentos da Igreja não estão "fora de moda", o Cardeal põe três exemplos concretos.
O primeiro se refere à convivência antes do matrimônio e a vida sexual ativa, que segundo a Igreja pertence apenas ao âmbito do matrimônio. "Tal afirmação, como sabem, é qualificada de tola, imprática e repressiva".
Entretanto, prossegue o prelado, "não foi um jornal católico –a não ser justamente o contrário– o New York Timas (que no dia 15 de Abril de 2012) informou as sombrias estatísticas de como a convivência antes do matrimônio gera altos graus de infelicidade marital e divórcio!"
O segundo caso é o de uma mulher que procura o seu pároco para pedir consolo porque agora não pode ficar grávida porque, segundo o seu médico, durante 15 anos tomou a pílula anticoncepcional, um tema com o qual alguns se burlavam da Igreja. "A mulher mesmo conclui que o respeito da Igreja pela integridade natural do corpo não está para nada ‘ultrapassado’".
O terceiro caso é um homem que se aproxima do próprio Cardeal para contar-lhe o seu drama: está velho, sozinho e vai morrer. Deixou a sua esposa e filhos uma década atrás, procurou dinheiro, prestígio, propriedades e uma esposa mais bonita e mais jovem. Anos atrás ele se burlou do sacerdote que lhe advertiu sobre os perigos de "adorar o dinheiro e o prazer".
"E agora –diz o Cardeal Dolan– o homem está morrendo sozinho, recordando as palavras de Jesus: ‘De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro se ao fazê-lo perde seu alma?’ O homem admite que, no final das contas, a Igreja tinha razão".
O Arcebispo assinala que "a Igreja ‘não está fora de foco’, mas ao contrário se encontra no meio de tudo e bastante mais adiante de nós porque tem os olhos na eternidade. É uma mãe amorosa e sábia, fundada sobre Aquele que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’".
"Ela, a Igreja, não tem que mudar de perspectiva, mas nós temos que mudar de vida. Esqueçam-se de ‘adaptar-se aos novos tempos’ no que diz respeito à fé e à moral. Em vez disso ‘coloquem-se em dia com o eterno!’, conlcuiu"
Daqui
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Não temos capacidade mental para estar no Euro
"Estar no Euro implica não gastar mais do que se tem e apostar na produtividade.
No primeiro caso para evitar que o Estado se endivide para além do sustentável.
No segundo porque só o aumento da produtividade garante aumentos contínuos de salários.
O problema é que o país não está preparado para isso. Nem quer aprender.
Veja-se quanta gente, nos três partidos do Poder, continua a pedir mais tempo para cumprir o défice. Esquecendo que mais tempo significa mais dívida.
E veja-se quanta gente defende aumentos salariais sem crescimentos de produtividade, que só geram défices comerciais brutais e desemprego elevado.
Portugal não tem nem políticos nem cidadãos preparados para estar no Euro"
Camilo Lourenço
Jornal de Negócios
domingo, 16 de setembro de 2012
Sistema caduco
Voltámos à política dos pequeninos.
Afinal, por detrás de um Passos Coelho e de um Paulo Portas, lá no fundo, lá no fundo há sempre um...Sócrates.
Passos Coelho não hesitou em anunciar medidas como se fosse o Rei Sol, eu quero, posso e mando. Esqueceu-se que o povo está em carne viva, esqueceu-se que o povo está mal habituado e ainda vive dormente e em ressaca pela febre consumista do último decénio, esqueceu-se que o povo é sensível, esqueceu-se que há gente, neste momento, a passar muito mal.
As medidas até poderiam ser as mesmas mas teriam que estar amparadas num diálogo social que foi cortado logo à cabeça, ainda que, no final, a decisão fosse a inicialmente adoptada.
Paulos Portas faz o seu joguinho e o joguinho do seu partido, com um pé dentro e outra fora. Um pé dentro porque lhe sabe bem ter os seus "boys" alimentados e nos vários cargos de assessores e demais tachos. Com um pé fora porque se a coisa correr mal, sempre pode saltar e dizer que até nem concordava nada com as politicas do governo de que fazia parte.
A política no seu mais baixo nível. A "porca" de que falava Ramalho Ortigão. A "garotada" como lhe chama Medina Carreira. A podridão das moscas que mudam para que o resto fique todo na mesma.
Na Europa passa-se o mesmo, cada um a fazer pela sua vidinha.
Este sistema está caduco. Esta Constituição deixou de servir. Estes protagonistas não servem.
sábado, 15 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
O fim da esperança ?
"Poucos políticos têm posto os interesses do país à frente dos seus. Desde 2008 que tem sido uma demência. Teixeira dos Santos aumentou então os funcionários públicos para ganhar as eleições em 2009. Cavaco Silva devia ter obrigado a um Governo de coligação depois dessas eleições. José Sócrates jamais deveria ter negociado o PEC IV sem incluir o PSD. O PSD não devia ter tombado o Governo. E assim se sucedem os erros em que sacrificam o país para não perderem a face, as eleições ou a briga de ocasião. O que vai agora o PS fazer? E Paulo Portas? E o Presidente da República, vai continuar a furtar-se ao papel para que foi eleito?
(....)
Esta guerra não é para perder. Assim ela será perdida. Não há mais sangue para derramar. E onde havia soldados já só estão as espadas".
Pedro Santos Guerreiro
Jornal de Negócios
(....)
Esta guerra não é para perder. Assim ela será perdida. Não há mais sangue para derramar. E onde havia soldados já só estão as espadas".
Pedro Santos Guerreiro
Jornal de Negócios
domingo, 9 de setembro de 2012
Os perigos da Ryan Air
Ainda bem que há umas semanas atrás, quando voei com a Ryan Air, não sabia ainda desta notícia
Embora já desconfiasse, diga-se...
Embora já desconfiasse, diga-se...
Um novo paradigma
Nos
últimos 25 anos assistimos à queda de dois muros, o de Berlim, simbolo do
comunismo e o da Lehman Brothers, simbolo do delírio bancário e financeiro que
caracterizou a época áurea do capitalismo exacerbado.
De facto, os bancos e as financeiras
apelaram a um consumismo desenfreado das pessoas, na ânsia do ter mais coisas,
uma casa mais confortável e com mais comodidades, um carro de maior cilindrada
e de marca mais vistosa, etc. Já sabemos no que deu este delírio. Agora com os
bancos a necessitarem de ajuda, que os países e os consumidores endividados
acordaram da ilusão em que viveram, cabe-nos a todos pagar a factura da crise,
apertando o cinto cada vez mais. O que é certo é que toda esta nova conjuntura
está a criar um novo paradigma social, económico, e financeiro.
Ao nível social, verificamos que uma
das consequências da crise actual reside no agravamento da (já anteriormente
existente) crise demográfica, com a redução do número de nascimentos, com
consequências graves ao nível quer da sustentabilidade do sistema de
contribuições para a Segurança Social, quer da colocação de professores em
virtude da diminuição drástica da população escolar. Outra das consequências,
ao nível social, reside no recurso a novas formas de solidariedade, com
particular destaque para as trocas directas, entre pessoas e famílias de bens,
serviços ou alojamentos. Livros, roupas, brinquedos, material informático,
móveis, electrodomésticos, etc. incluem-se nesta nova forma de transferência de
bens, utilidades e serviços que, ainda assim, tem de ser mais aperfeiçoada,
apesar do muito que já se avançou nesta área na internet e através das IPSS’s.
O reforço dos laços familiares é curiosamente outra das consequências a que
estamos a assistir como consequência da crise verificando-se, por um lado, a
diminuição do nº de divórcios e, por outro, a manutenção (ou regresso) dos
idosos às suas casas de família. O recurso ao crédito agilizava o divórcio,
permitindo a aquisição de novas casas, acompanhada pela troca de parceiro.
Agora, mesmo os casais que vivem com problemas conjugais entre si, tentam
ultrapassá-los, havendo uma maior tolerância e compreensão de forma a manterem
a solidez económica da família. O “El Dorado do céu na terra” oferecido por
financeiras e bancos ajudava a incutir nas pessoas a ideia de que também no seu
relacionamento afectivo seria possível encontrar um parceiro melhor, com menos
defeitos e mais qualidades, tal como acontece com os carros, telemóveis e pc’s,
e se fosse necessário refazer a vida, lá estaria o banco para oferecer mais um
crédito.
Ao nível económico, verificamos quer
o encerramento de muitas empresas, quer a sua reconversão apostando em outros
nichos de mercado e reduzindo pessoal. A ideia de produzir bens, casas,
eletrodomésticos, carros, entre outros em catadupa promovendo o desperdício e o
endividamento, era claramente um exagero, aliás, chocante se pensarmos que em
outras partes do mundo mais desfavorecidas, em particular no hemisfério sul,
muitos morriam com a falta do que outros,em países do hemisfério norte,
esbanjavam.
Esta nova conjuntura, para uns,
convida ao desemprego ou ao trabalho em part-time ou com horário reduzido, uma
vez que as exigências de produção não serão tão grandes enquanto que, para
outros, implicará trabalhar mais horas e mais intensamente. Com menos trabalho
ou mais trabalho por menos preço, também o Estado sofre porque recolhe menos
impostos e caímos num circulo vicioso.
O mais chocante é que
quer os bancos, quer uma minoria de milionários continuam a abusar da sua
sorte, tentando obter mais rentabilidade, ainda que à custa da miséria dos outros.
Por isso, sobre estes há que ter a coragem de também adoptar medidas.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
A entrega da casa ao banco para saldar dívidas
"A entrega da casa ao banco e a sua aceitação deve saldar o créditos (...)
Estas decisões dão um relevo importante à justiça, que não pode ser cega e que tem a obrigação ética de corrigir os factores de distorção provocados pela crise de que os bancos são os principais responsáveis.
Esta orientação jurisprudencial está certa e vai ter um forte impacto ao nível económico e social, expondo, como é de justiça, também as instituições bancárias às desvalorizações do mercado imobiliário."
In Correio da Manhã, 26 de Abril de 2012
Juiz Desembargador Rui Rangel
Em Espanha, a jurisprudência superior acabou por anular as decisões dos tribunais de 1ª instância que decidiram neste sentido.
Em Portugal, já há alguns tribunais de 1ª instância a defender esta posição, resta saber como é que o Supremo Tribunal de Justiça irá decidir quando lhe chegar às mãos os recursos dos bancos a este novo entendimento.
sábado, 18 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
9 perguntas sobre o Ano da Fé
No próximo dia 11 de outubro começará o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? A dois meses do início, respostas às perguntas que surgem.
1. O que é o Ano da Fé?O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).
2. Quando se inicia e quando termina?
Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.
3. Porquê nessas datas?
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.
4. Porque é que o Papa convocou este ano?"Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo
5. Que meios assinalou o Santo Padre?Como expos no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.
6. Onde terá lugar?Como disse Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".
7. Onde encontrar indicações mais precisas?Numa nota publicada pela Congregação para a doutrina da fé.
Aí se propõe, por exemplo:
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler o reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofónicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo património artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.
8. Que documentos posso ler por agora?- O motu proprio de Bento XVI "Porta Fidei"
- A nota com indicações pastorais para o Ano da Fé
- O Catecismo da Igreja Católica
- 40 resumos sobre a fé cristã
9. Onde posso obter mais informação?Visite o site www.annusfidei.va
Fonte: Daqui
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
William Wallace versus Nuno Álvares Pereira
Alguns biografos de Nuno Álvares Pereira chamam à atenção para as parecenças com o herói escocês William Wallace.
De facto, William Wallace (cuja personagem ficou gravada no cinema através do filme Braveheart) apresenta algumas semelhanças com Nuno Álvares Pereira e inclusive é provável que este soubesse, através dos seus amigos ingleses, das artimanhas e estratégias usadas por Wallace nas batalhas com o Rei inglês Eduardo I e que até se tivesse nelas inspirado sobretudo na forma como as suas vanguardas enfrentaram as investidas da cavalaria espanhola, em batalhas como Aljubarrota ou Atoleiros.
1º) Ambos lutavam conta Reinos mais poderosos em favor da independência, no caso de W.Wallace, pela aquisição da independência e no caso de D. Nuno pela manutenção da independência.
2º) Ambos tinham nas suas fileiras um grupo pouco organizado e composto por milícias populares, nem sempre bem armadas e apetrechadas.
3º) Ambos viveram no século XIV e tiveram de lidar com a nobreza cínica e calculista dos seus próprios reinos (no caso de William Wallace com a nobreza escocesa).
4º) Ambos tiveram uma educação baseada na formação religiosa e militar, associada a conventos ou ordens militares religiosas.
5º) Ambos venceram batalhas, utilizando estratégias inteligentes onde a desvantagem do menor número das suas tropas acabou por ser anulada pela maior perspicácia e sagacidade destes heróis medievais.
No entanto, este site veio recentemente exaltar as qualidades religiosas de William Wallace . Porém, não me parece que essas qualidades se possam equiparar às de D. Nuno Álvares Pereira.
Se verificarmos, as qualidades religiosas que são associadas a D. Nuno Álvares Pereira traduzem-se numa prática religiosa diária e que se manteve ao longo de toda a sua vida praticamente sem qualquer interrupção.
Pelo contrário, no caso de William Wallace, o site em causa destaca a sua formação religiosa, durante a sua infância e adolescência, também as peregrinações que fez então e ainda a forma como, no fim da vida, encarou a morte.
No entanto, se formos a ver, em geral, ao longo de toda a idade média, é raro o militar ou o nobre que não se converta ou passe a viver de forma mais fervorosamente religiosa quando confrontado com a sua morte. Vejam-se, por exemplo, o caso dos Reis D. Afonso V, D. Fernando I ou dos Reis D. Sancho I e II que, inclusive, revogaram decretos contrários aos interesses da Igreja, como forma de anularem excomunhões contra si.
Também o hábito das peregrinações era comum e estava generalizado como algo que qualquer cristão habitualmente realizava, mais cedo ou mais tarde, na sua vida.Assim, o comportamento religioso de William Wallace enquadra-se naquilo que é expectável para um cristão médio que viveu na Idade Média.
Por fim, refira-se que o próprio texto em causa refere que William Wallace, após o assassinato da sua mulher, Marian, afastou-se da Igreja, da prática religiosa e inclusive sabe-se que, em algumas das suas batalhas, actuou de forma particularmente violenta e cruel para com os seus adversários- facto que nunca aconteceu em D. Nuno Álvares Pereira.
Por isso, semelhanças existem, com diferenças à parte.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Educar para a gestão
Num
dos seus artigos no semanário “Expresso”, um dos gestores mais brilhantes de Portugal,
António Carrapatoso, defendia a introdução obrigatória de aulas de gestão no
ensino. Dizia ele que, através do recurso ao método do “caso” e pela transmissão
de alguns princípios elementares de gestão, os estudantes estariam a adquirir
competências na área da gestão que lhes seriam muito úteis para o futuro.
O
problema desta sugestão é que ela
lançaria à escola e aos professores mais um desafio e mais um encargo a
somar a todos os outros. Educar para os media, educar para o desporto, educação
sexual, educar para a arte, educar para a defesa do ambiente, etc, etc. No
entanto, a meu ver, uma boa integração e organização curricular permitiram
perfeitamente ultrapassar este problema.
Gerir
a economia pessoal e doméstica, gerir a sua carreira, gerir o seu tempo, gerir
a sua empresa, gerir as suas relações humanas, etc.etc. tudo isto implica saber
gerir e saber gerir bem está inevitavelmente associado às virtudes da prudência
e do elementar bom senso.
Saber
gerir o risco, não arriscando demasiado sem uma garantia de reserva, no caso da
aposta sair gorada; saber gerir as poupanças; saber gerir os investimentos,
apostando nos estudos e avaliação dos mercados potenciais; saber gerir os
recursos humanos e materiais, aligeirando os custos para poder oferecer um
produto mais atractivo e competitivo; não estar demasiado depentende de um
determinado cliente ou de um determinado nicho de mercado; ter planos alternativos
de redução de custos ou de apostas em outras áreas de investimento alternativas
potencialmente mais promissoras; saber adaptar-se às constantes e permanentes
alterações e necessidades do mercado, mas também saber escolher o local das
férias, tendo em conta os encargos mensais de todo o ano, saber escolher a
escola dos filhos e a forma destes ocuparem os tempos livres; saber gerir a
relação com o parceiro, exigindo de umas vezes e cedendo em outras etc.etc.etc.
Não
deixa de ser interessante que o próprio Jesus Cristo em muitas das suas
parábolas evangélicas se refira a actos e princípios de gestão
micro-economicos: a forma como as virgens prudentes e imprudentes geriam o óleo
das lamparinas do casamento, a forma como os trabalhadores geriam as moedas que
o seu patrão lhes deu antes de partir de viagem: a forma como o pastor gere a
perda de uma ovelha, a forma como o latifundiário gere a indisciplina dos seus
trabalhadores agrícolas, etc.etc.
Se
olharmos para a génese de muitas falências verificamos que muitas são causadas
por erros de gestão, por apostas mal medidas, por iniciativas pouco prudentes,
precipitadas e adoptadas com excesso de confiança. Vemos também a menor
sensibilidade que muitos gestores têm em relação ao cumprimento das suas
obrigações fiscais e perante a segurança social, o que, mais tarde, lhes traz
inúmeros dissabores em mais um sinal de imprudência.
Há
que começar a explicar às crianças e jovens o que é gerir e como gerir e gerir
bem. Como se deve, com um capital inicial, apostar, desde logo, na contenção de
despesas, pagando 1º o que é de lei pagar (IVAs e Segurança Social), depois
agir de forma a salvaguardar os postos de trabalho e, em simultâneo, motivar a
força laboral da empresa; pensar como melhorar cada vez mais a oferta, tornando-a
mais atractiva, ensiná-los a poupar e a não desperdiçar recursos de forma
inútil; ensiná-los a tentar acertar nas apostas que fazem e a saber levantar-se
quando alguma coisa corre mal.
Talvez a reconstrução do
país, comece mesmo por aí.
domingo, 22 de julho de 2012
Recordar Colombine e Rachel Scott
O massacre desta 6ª feira, em Aurora, Colorado faz-me relembrar o 1º massacre deste género ocorrido em Colombine também no Estado do Colorado.
Em 2006 enviei um e-mail à mãe de Rachel Joy Scott, a 1ª vitima de Colombina e ao mesmo tempo uma das melhores e mais brilhantes alunas de Colombine.
Os seus pais têm vindo a divulgar páginas do diário da filha que era também uma devota cristã evangélica.
O site pode ser consultado aqui
Em resposta, a sua mãe Beth Nimmo, em Setembro de 2006, enviou-me uma resposta muito simpática que aqui reproduzo
Dear Miguel,
Thank you for writing and letting us know that Rachel’s story has blessed you.
God Bless You,
Beth Nimmo (mother)
sexta-feira, 20 de julho de 2012
The dark Knight rises
O último filme da saga Batman "THE DARK KNIGHT RISES" é claramente original em relação às versões que lhe antecederam.
P.S.-
Pouco tempo depois de ter escrito este post, fiquei a saber desta triste notícia
Neste filme, Batman é aprisionado e a única forma que tem de escapar e salvar a sua cidade passa pela inspiração de outras personagens em favor do bem.
O filme, além de ser um agradável entretenimento, tem também uma clara mensagem redemptora.
Não se trata só de combater o mal, mas de sensibilizar o mal para que se transforme em bem.
Pouco tempo depois de ter escrito este post, fiquei a saber desta triste notícia
O que caracteriza a série dos Batman, seja no cinema, seja na BD, é o facto das suas personagens serem pessoas traumatizadas e afectadas por experiências extremamente negativas e esse contexto acaba por condicionar os seus comportamentos ao ponto de se comportarem não como humanos, mas como sucedâneos de animais (morcegos, pinguins, gatos, etc.).
Este apelo ao lado negro e à degenerescência do ser... humano tem marcado esta série de filmes agravada ultimamente por dramáticos acontecimentos da vida real (suicídio de Heath Ledger e assassinato em massa num cinema de Denver).
Por curiosidade, este último filme que abre perspectivas novas de superação do mal ficará inevitavelmente marcado, para sempre, pela manifestação mais abjecta desse mesmo mal.
Este apelo ao lado negro e à degenerescência do ser... humano tem marcado esta série de filmes agravada ultimamente por dramáticos acontecimentos da vida real (suicídio de Heath Ledger e assassinato em massa num cinema de Denver).
Por curiosidade, este último filme que abre perspectivas novas de superação do mal ficará inevitavelmente marcado, para sempre, pela manifestação mais abjecta desse mesmo mal.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Já repararam que...
...a esmagadora maioria das músicas são sobre a chamada "dor de corno".
Aqui fica mais uma (unplugged)
Aqui fica mais uma (unplugged)
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Um património universal
Durante muitos anos, as pessoas que frequentavam os meios de formação espiritual do Opus Dei eram vistas, por uma larga maioria dentro da Igreja Católica, como algo raro e até mesmo estranho. Parecia que nos viam de lado, achando estranho o que fazíamos e, parece que, temendo o que pudessemos fazer e sempre de pé atrás, meio desconfiados.
Isto, em alguns sítios, infelizmente ainda acontece.
Porém, com a aprovação do enquadramento jurídico do Opus Dei, em 1982, como uma Prelatura Pessoal e com a Beatificação, em 1992, e posterior Canonização do seu fundador, em 2002, cada vez mais o resto da Igreja foi vendo José Maria Escrivá de Balaguer e o Opus Dei como algo que pertence à Igreja e que não pertence apenas a um grupo ou "gueto" no interior dessa mesma Igreja.
É por isso que vejo com grande alegria este vídeo, gravado no passado dia 26 de Junho, de uma Missa, celebrada por Franciscanos norte-americanos dedicada a S. José Maria Escrivá de Balaguer.
Na homilia (ver a partir do minuto 15.30), o franciscano que celebrou esta Eucarístia cita e invoca S.José Maria como um activo e um património de toda a Igreja e que, portanto, toda a Igreja pode invocar e usar como argumento para o que achar por conveniente.
Neste caso, concreto o Franciscano invoca S.José Maria como defensor da liberdade religiosa e aproveita para fazer a ligação ao que está, neste momento, a acontecer nos EUA através da chamada HHS Obama Care.
domingo, 24 de junho de 2012
Finalmente !
Em Março e Abril de 2009 eu já aqui tinha chamado à atenção para a trapalhada que era o departamento de comunicação do Vaticano com o padre Lombardi à cabeça.
Não é só a imagem do Padre Lombardi que não ajuda muito, com um ar envelhecido e pouco atractivo, por melhor pessoa que possa ser que acredito verdadeiramente que seja.
É que não me parece ter o mínimo jeito para lidar com a imprensa, onde há que ser esperto como as raposas.
Acredito que os Jesuítas teriam certamente alguém muito melhor para indicar, além do Padre Lombardi SJ.
Agora, depois de quase 5 anos de calinadas, disparates, erros e incompetências o Vaticano optou por render-se a um profissional com créditos firmados, Greg Burk, correspondente da Fox News em Roma e ex-correspondente da revista TIME.
É altura de entregar certas tarefas a quem, de facto, sabe delas.
Acabam por não "despedir" o Padre Lombardi porque isso daria mau aspecto, mas contrataram um consultor que irá servir de elo de ligação entre os vários departamentos do Vaticano directa ou indirectamente ligados à comunicação.
Infelizmente esta abertura ao mundo de quem sabe trabalhar ainda encontra muitos obstáculos quer da parte de muitas dioceses, quer da parte de alguns sectores do Vaticano.
O pároco de Almancil faleceu
Acabei de saber do falecimento do Cónego Gilberto, pároco de Almancil onde faço a minha vida profissional e, confesso, que fiquei chocado com a notícia. pelo facto de ainda ser tão novo e com tanto para dar.
Há 4 anos atrás, por esta mesma altura, foi ele que presidiu ao funeral e enterro do meu colega Pedro Nicolau de Sousa no cemitério de Almancil. Agora, é ele que parte.
Para morrer, basta estar vivo e é bem verdade que estamos todos "a prazo".
Sobre o Cónego Gilberto, várias vezes nos cruzámos, por diferentes motivos, e recordo a sua disponibilidade para me atender e a cortesia com que o fazia.
Sempre me atendia o telemóvel.
Há poucas semanas atrás falei com ele por telemóvel, queixando-me de uma situação e tivemos um pequena divergência de perspectivas em relação a um determinado assunto. Mas, no final, despedimo-nos com um abraço e, da parte dele, terminou com um paciente sorriso.
Registo também mais um falecimento de um sacerdote (desta vez tão novo ainda) em tão pouco tempo a somar ao dos vários outros ocorridos, nos últimos meses, na diocese do Algarve.
Quem substituirá estes sacerdotes falecidos ?
Há 4 anos atrás, por esta mesma altura, foi ele que presidiu ao funeral e enterro do meu colega Pedro Nicolau de Sousa no cemitério de Almancil. Agora, é ele que parte.
Para morrer, basta estar vivo e é bem verdade que estamos todos "a prazo".
Sobre o Cónego Gilberto, várias vezes nos cruzámos, por diferentes motivos, e recordo a sua disponibilidade para me atender e a cortesia com que o fazia.
Sempre me atendia o telemóvel.
Há poucas semanas atrás falei com ele por telemóvel, queixando-me de uma situação e tivemos um pequena divergência de perspectivas em relação a um determinado assunto. Mas, no final, despedimo-nos com um abraço e, da parte dele, terminou com um paciente sorriso.
Registo também mais um falecimento de um sacerdote (desta vez tão novo ainda) em tão pouco tempo a somar ao dos vários outros ocorridos, nos últimos meses, na diocese do Algarve.
Quem substituirá estes sacerdotes falecidos ?
Quem surgirá, disponível, com corpo e vida para dar, neste encargo de ser outro Cristo na vida concreta de uma determinada comunidade ?
Vivemos no distrito do país, Algarve, que menos católicos tem, e que menos católicos praticantes tem.Isto obviamente não facilita o nascimento de novas vocações sacerdotais.
Penso que quem acredita e reza, deverá pedir ao dono da messe mais sacerdotes que sejam santos, operativos e obedientes ao seu Bispo.
Penso que quem acredita e reza, deverá pedir ao dono da messe mais sacerdotes que sejam santos, operativos e obedientes ao seu Bispo.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Aborto em Portugal
Esta crua e cruel reportagem da RTP sobre a prática do aborto em Portugal merece-me os seguintes comentários:
1) Praticamente todas as mulheres sentem-se mal pelo que fizeram e quase todas auto-culpabilizam-se. Por isso, a ideia veículada por muitos pro-choice de que uma mulher deve sentir orgulho pelo aborto que faz porque está apenas a dispôr do seu corpo é um verdadeiro engano. Como refere médicas e enfermeiras, a maior parte das mulheres que tomam o comprimido que irá iniciar o fim da vida do filho que trazem no ventre CHORAM e afirmam que sabem que estão a agir mal.
2) Muito chocante o depoimento do pai da criança que acompanha a mãe à clínica abortista de Lisboa que diz não estar disposto a renunciar a certos hábitos que tem só por causa do nascimento do filho- Sem palavras !
3) O Dr Luis Graça, responsável pelo departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um dos grandes arautos do sim e da liberalização do aborto confessa o seu engano e a sua "perda de inocência" em relação à suposta auto-responsabilização das mulheres que iriam alegadamente recorrer de forma parcimoniosa e prudente ao aborto legal. E, mais, classifica a Clínica dos Arcos não como clínicas médicas mas sim como clínicas de comércio puras.
Não deixa de ser elucidativo que ele próprio
4) Impressionante a frieza como uma médica da Maternidade Alfredor da Costa, uma das líderes do "sim" de 2007 faz abortos, sugando com uma máquina o corpo indefeso do feto, actuando com a maior das naturalidades e risse quando a jornalista a confronta com os casos de grávidas que repetem abortos atrás de abortos, sem manifestar o mínimo de apreensão ou sequer hesitação perante tal monstruosidade em contraste com o depoimento do Dr Carlos Sousa, o único médico do hospital de Faro, responsável pelo extermínio de cerca de 600 vidas humanas que, por várias vezes, engole em seco e mostra algum mal estar pelo que faz, defendendo, ainda embora com alguma timidez, a penalização da mulher que repete abortos, através do recurso às taxas moderadoras.
5) Na reportagem fala-se de, pelo menos, 8 casos de mulheres que já repetiram mais de 10 abortos.
Um pavor não só pela situação em si, mas pelo sofrimento manifestado pela maior parte das mulheres que sofrem e sabem que estão a fazer algo errado, algo do qual se irão arrepender para o resto da vida mas para o qual estão a ser empurradas e coagidas pelo parceiro, pela sociedade, pela família.
1) Praticamente todas as mulheres sentem-se mal pelo que fizeram e quase todas auto-culpabilizam-se. Por isso, a ideia veículada por muitos pro-choice de que uma mulher deve sentir orgulho pelo aborto que faz porque está apenas a dispôr do seu corpo é um verdadeiro engano. Como refere médicas e enfermeiras, a maior parte das mulheres que tomam o comprimido que irá iniciar o fim da vida do filho que trazem no ventre CHORAM e afirmam que sabem que estão a agir mal.
2) Muito chocante o depoimento do pai da criança que acompanha a mãe à clínica abortista de Lisboa que diz não estar disposto a renunciar a certos hábitos que tem só por causa do nascimento do filho- Sem palavras !
3) O Dr Luis Graça, responsável pelo departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um dos grandes arautos do sim e da liberalização do aborto confessa o seu engano e a sua "perda de inocência" em relação à suposta auto-responsabilização das mulheres que iriam alegadamente recorrer de forma parcimoniosa e prudente ao aborto legal. E, mais, classifica a Clínica dos Arcos não como clínicas médicas mas sim como clínicas de comércio puras.
Não deixa de ser elucidativo que ele próprio
4) Impressionante a frieza como uma médica da Maternidade Alfredor da Costa, uma das líderes do "sim" de 2007 faz abortos, sugando com uma máquina o corpo indefeso do feto, actuando com a maior das naturalidades e risse quando a jornalista a confronta com os casos de grávidas que repetem abortos atrás de abortos, sem manifestar o mínimo de apreensão ou sequer hesitação perante tal monstruosidade em contraste com o depoimento do Dr Carlos Sousa, o único médico do hospital de Faro, responsável pelo extermínio de cerca de 600 vidas humanas que, por várias vezes, engole em seco e mostra algum mal estar pelo que faz, defendendo, ainda embora com alguma timidez, a penalização da mulher que repete abortos, através do recurso às taxas moderadoras.
5) Na reportagem fala-se de, pelo menos, 8 casos de mulheres que já repetiram mais de 10 abortos.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Family coaching
Agora que o coaching está na moda sobretudo para os gestores de top, eis que surge agora o "Family coaching" pela mão de 2 psicólogas especializadas no assunto.
O seu site (aqui) é muito rico e uma das próximas conferências sobre as birras dos pais, muito interessante.
O seu site (aqui) é muito rico e uma das próximas conferências sobre as birras dos pais, muito interessante.
domingo, 3 de junho de 2012
Comissão de Proteção de menores
Agora que a presença da
Comissão de protecção de crianças e jovens em perigo é já um fato consumado no
concelho de S.Brás de Alportel, gostaria de deixar aqui algumas notas e considerações, tendo
por base experiências que tive, nesta área, não só como advogado, mas também no
âmbito do meu ativismo social.
Desde já, há que dizer que a
existência e finalidades destas comissões é algo altamente meritório e
positivo, que a sociedade se organize, para localmente, numa perspetiva de
proximidade e subsidariedade, monitorizar a situação de crianças e jovens em
risco.Por outro lado, a recente possibilidade de participação às comissões de
protecção de menores por parte das Escolas dos casos de demissão das funções de
acompanhamento por parte dos pais, definidas no novo Estatuto do Aluno, ainda
vem reforçar mais a importância destas comissões.
Há, no entanto, dois perigos
a que a actuação destas comissões estam sujeitas, o da sua atuação por excesso
e o da sua atuação por defeito.
O perigo de atuação por
defeito sucede nos casos de ocorrência de negligência ou ofensa graves à
integridade física e psíquica das crianças, sem que a respetiva comissão tenha
atuado pronta e eficazmente na sua prevenção de forma a evitar que tais ofensas
ocorressem. Sabemos que no passado existiram casos que tiveram um final triste,
onde se questionou se a atuação da CPM local não poderia ter sido outra,
porventura mais diligente e proativa. São sempre situações desagradáveis, mas
nem sempre as CPM conseguem ou podem antever tudo o que de mal poderá acontecer
a uma criança ou jovem, sobretudo quando os sinais e indícios de perigo são
ténues..
Mas foram precisamente estas
situações de atuação por defeito que levaram
algumas CPM’s a cair no extremo oposto de retirar as crianças do seu
meio familiar natural num manifesto excesso de zelo e como forma de prevenção
extrema.
Há que não esquecer que, por
pior que possa ser o enquadramento social e educativo de uns pais, o ambiente
familiar natural, é e será sempre o melhor sítio onde uma criança pode estar e
tal só assim não sucederá em casos extremos que têm de ser totalmente
excecionais em que a integridade física ou psíquica do menor corre um sério
risco de ser fortemente afetada. É verdade que muitos pais têm defeitos, podem
ser alcóolicos, pobres ou até drogados, podem não ter as competências sociais,
formativas e educativas ideais para cumprir as suas funções parentais mas são
sempre os pais dessa criança ou jovem. Por isso, por vezes, há que escolher não
a solução mais fácil que passaria simplesmente pelo seu internamento numa
instituição de acolhimento, mas antes pela solução que, sendo mais difícil de
aplicar, será claramente a melhor. Estou-me a referir à importância do apoio,
se possível, ao domícilio dos próprios pais, munindo-os e formando-os com vista
à atribuição das competências específicas que permitam o melhor cumprimento
(ou, pelo menos, menos mau) das suas funções e responsabiliadades parentais.
Minha participação na 3ª Caminhada pela Vida
A minha intervenção, em representação da Plataforma Algarve pela Vida, um pouco atabalhoada e envergonhada na 3ª edição da Caminhada pela Vida que teve lugar em Lisboa no passado dia 19 de Maio.
Não estou muito habituado a falar para cerca de 1000 pessoas em plena Praça dos Restauradores mas, acho, que no essencial a mensagem passou.
Não estou muito habituado a falar para cerca de 1000 pessoas em plena Praça dos Restauradores mas, acho, que no essencial a mensagem passou.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Portugal Romano
Através do Pedro Picoito, encontrei esta revista on line sobre Portugal Romano.
Muito interessante e bem feita !
Muito interessante e bem feita !
domingo, 27 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Palestra do prof. Peter Colosi sobre SEXO, na UCP
Finalmente alguém católico a falar publicamente sobre sexo:
domingo, 20 de maio de 2012
Livros sobre Lisboa
Para quem é um apaixonado sobre a cidade de Lisboa, como é o meu caso, aqui fica uma lista de livros à venda só sobre Olisipografia.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Sobre a tradição da "cunha" em Portugal
Uma breve resenha por Pacheco Pereira aqui.
Sem esquecer que o próprio Marquês de Pombal acedeu ao seu 1º cargo público através de uma "cunha"
Sem esquecer que o próprio Marquês de Pombal acedeu ao seu 1º cargo público através de uma "cunha"
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Gestão desastrosa
Vivemos anos de uma gestão desastrosa que nos conduziu à situação de hoje.
Aliás, estamos neste momento a pagar a factura dos erros do passado.
Fátima Barros
Directora da Católica Lisbon School of Business
Fonte: RR
Lembro-me de uma altura dizer que o Governo tinha um discurso complemente irrealista: já toda a gente via o país a afundar e este continuava a dizer que não, que a situação estava controlada.
Tivemos uma gestão danosa e isso provocou danos irremediáveis. Aliás, estamos neste momento a pagar a factura dos erros do passado.
Fátima Barros
Directora da Católica Lisbon School of Business
Fonte: RR
segunda-feira, 14 de maio de 2012
O Padre Arsénio faleceu
O padre Arsénio faleceu.
Cerca de 4 meses depois da ida
para o Céu do Padre Júlio Tropa, o Algarve perde mais um grande sacerdote que
deixa obra feita.
Lembro-me do padre Arsénio quando
há cerca de 30 anos chegou a Portimão com a incumbência de fundar uma segunda
paróquia para a cidade de Portimão.
E ele como bom Jesuíta que era, fê-lo
com autêntico espírito de missão.
Lembro-me a este propósito do início
do filme “A Missão” em que um Jesuíta, com uma enorme paciência, sobe uma enorme escarpa rochosa para ir
ao encontro da evangelização das tribos da Amazónia.
O padre Arsénio chegou a Portimão
com uma mão à frente e outra atrás.
Começou por chocar algumas
pessoas ao aceitar misturar-se com os pescadores no caís a carregar caixas de
peixe para poder suprir ao seu sustento.
Alguns chamavam-no “o cigano”
pela tez mais escura da sua pele. Mas ele não se importava e lançou-se à vida e
à evangelização com uma força e uma dinâmica que ninguém o fazia parar.
Lembro-me das primeiras Missas,
num armazém junto ao bairro dos pescadores. Lembro-me do fervor das suas
homilias e da rapidez com que fugia no final da Missa para a porta da rua para
poder cumprimentar, um a um, todas os presentes.
Lembro-me da forma como atraía os
jovens e se misturava com eles, criando grupos activos e muito unidos. Tinha
uma predilecção pelos jovens e movimentava-se no meio deles como se fosse mais
um, rapidamente ganhando a sua confiança, estima e amizade.
Ninguém o parava e, assim, foi
criando obra atrás de obra. Cada vez mais e cada vez maiores.
A Igreja de N. Sra do Amparo, o
Centro Paroquial, a rádio Costa D’Oiro.
Foi ele que enterrou a minha avó
materna com palavras muito gentis, apesar da pouca simpatia do meu avô pelo “cigano”.
Depois reencontrei-o novamente a
propósito do referendo sobre a legalização do aborto. Fiquei espantado por o
ver como mero jornalista no dia do lançamento do “Grupo Cívico Algarve pela
Vida” e eu e outras pessoas criticaram-no porque, em plena campanha, dava voz a
pessoas do sim ao aborto e a pessoas do não, em vez de tomar partido contra o
aborto. De facto, ele tomou partido contra o aborto mas entendia que a rádio,
apesar de pertencer à Diocese, deveria respeitar a liberdade de opinião e de
expressão e que tinha de ouvir sempre a parte contrária ainda que tomasse
partido por um dos lados.
Depois do referendo e da campanha
quando muitos que fizeram campanha com o “Algarve pela Vida” pelo “não” parece
que se esqueceram do tema da defesa da vida, ele, ao invés, convidou-me 1º para
uma entrevista e depois para um programa de rádio que, desde há quase 3 anos, está
no ar, todos os dias da semana.
Quando lhe perguntei se tinha
alguma coisa a dizer sobre o conteúdo da nossa rubrica dizia “deixo-vos um
cheque em branco”.
Em Fevereiro de 2011, convidámos
o Padre Arsénio para agradecer a rúbrica diária que nos ofereceu na rádio “Costa
D’Oiro” e ele lá apareceu, com o seu colarinho, sinal da sua doença. Mostrou-nos
as instalações do Centro Social , cheio de entusiasmo e ideias para o futuro, parecia
uma criança “aqui faz-se isto, mas ainda se vai fazer aquilo”. A sua cabeça
estava cheia de projectos e iniciativas.
Nesse dia contou-nos que há uns
tempos atrás num encontro de jovens, perguntou o que é que eles achavam ser
mais importante e que um deles respondeu “defender a vida” e que ele tinha
ficado impressionado com essa resposta e nós também.
Entre o padre Arsénio, falecido
hoje e o padre Tropa, falecido em Janeiro passado há um denominador comum:
Estavam na vida e no meio da vida
mas com os olhos no Céu para onde, com muita alegria certamente, terão ido e
sido recebidos em grande festa.
"Milagre do Sol" em 2011 e 2012
Uma auréola em volta do sol emocionou os peregrinos que este domingo estiveram no santuário de Fátima.
O fenómeno repetiu-se, ainda que com menor intensidade. No ano passado milhares de fiéis contemplaram uma auréola à volta do sol, num fenómeno que encontra explicação na ciência.
Este domingo a auréola voltou a brilhar em volta do sol, emocionando muitos dos presentes, que entendem o acontecimento como um sinal divino.
Segundo a ciência o facto é provocado pela luz refletida nos cristais de gelo da atmosfera, a grande altitude.
In A Bola
terça-feira, 8 de maio de 2012
Um pouco de Céu
"Não devemos procurar o Céu por cima das nuvens.
Quandos nos dedicamos a Deus na sua glória e ao próximo em necessidade, quando fazemos a experiência da alegria do amor, quando nos convertemos e nos reconciliamos com Deus... surge então o Céu"
«Não é Deus que está no Céu; o Céu é que está em Deus.»
Youcat 518
Da estupidez laboral
O Governo PSD/PP tem vindo a
dizer-nos que, mais importante do que injetar capital na economia e nas
empresas (capital que o Estado não tem tem, diga-se), é apostar em reformas
estruturais.
Para o governo estas reformas estruturais devem
observar dois requisitos: reduzir os custos e aumentar ou, pelo menos,
facilitar a produtividade ou operacionalizar melhor a atividade económica.
Eu diria, porém, que uma reforma ainda mais audaz e
corajosa, além das estruturais, passaria pela reforma das mentalidades, em
particular, na área laboral.
Há uns meses atrás uma equipa de um canal de tv
nipónico veio a Portugal para fazer uma reportagem sobre o resgate da Troika. O
jornalista foi, por sua vez, entrevistado por um canal português e dizia que
uma das coisas que mais o surpreendeu foram as manifestações dos trabalhadores
à porta dos locais de trabalho ou na via pública. Esta, dizia, é uma realidade
impensável no Japão e explicou. No Japão, o patrão sente uma enorme
responsabilidade não só pelo sucesso da sua empresa, mas também pelos
trabalhadores e as suas famílias. Quando a sua empresa tem sucesso, não é só o
patrão que tem sucesso, são todos os seus trabalhadores que actuam como um
todo, quase como uma família. Por outro lado, os trabalhadores sentem também a
responsabilidade do seu contributo para o êxito da empresa e daí que se
esforçam por manter altos indíces de produtividade e assiduidade. O fracasso
laboral quer por parte do patrão, quer por parte do empregado podem inclusive,
em casos extremos, levar a situações de
suicidio, o famoso Hara-Kiri.
Ao contrário do que se vê em Portugal e em outros
países, no Japão não há uma lógica do patrão explorador que tenta “chupar o
sangue e devorar a carne” dos seus trabalhadores para, deste modo, poder
aumentar ainda mais a sua riqueza e o seu lucro ganancioso, nem há a lógica dos
trabalhadores que se sentem a escória deste mundo, oprimidos e amargurados,
reclamando mais salário, menos tempo de trabalho, menos pressão para atingirem
objectivos e serem mais produtivos à custa da sua vida pessoal. Esta lógica é
completamente absurda e estúpida. Só um patrão imbecil ou uns trabalhadores
ideologicamente fanáticos é que poderão achar que essa lógica de conflito e
guerrilha trará, a longo prazo, alguma vez eficácia ou riqueza.
Na linha do que se passa no Japão, há uma corrente na
área da gestão de empresas que felizmente tem vindo a ganhar adeptos sobretudo
em escolas de MBA e pós-graduação, tais como a IESE em Espanha, a AESE em
Portugal, Georgetown, nos EUA, entre outras, segundo a qual a lógica
inteligente de lidar com a relação laboral passa pela mentalização de que o seu
maior activo é o factor humano, isto é, a sua força de trabalho e que esta tem
de estar motivada e em sintonia com o bater do coração da empresa, os seus
sucessos, os seus fracassos, as suas perspectivas, etc..E, nesta linha, a informação
períodica, a promoção de atividades extra-laborais de carácter lúdico ou
sócio-caritativo, ou a participação nos lucros da empresa são elementos que
contribuem para que o trabalhador sinta que não é uma mera peça de uma
engrenagem e que se reconheça a importância recíproca uns dos outros.
Emilio Duró, um dos mais
brilhantes e talentosos especialistas em matéria de formação (vale a pena ver
no Youtube algumas das suas conferências) para a motivação de recursos humanos
vai mais longe e diz mesmo que um trabalhador deve ter tempo para a sua
família, deve apostar na estabilidade familiar, emocional e pessoal porque isso
favorece a empresa e, desta forma, patrão e empregados funcionam como uma
simbiose. Alguém que está bem consigo, torna a empresa melhor.
Quando é que perdemos, pois, a
mentalidade parola das guerrinhas laborais e apostamos numa visão mais integral
onde o factor humano esteja no centro e seja finalidade da atividade das
empresas ?
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