segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Dia 11 de Fevereiro


Há 1 ano atrás democraticamente um grupo maioritário de eleitores votantes decidiram que o Estado, com o dinheiro dos contribuintes, tem a obrigação de liquidar a vida de seres humanos vivos e inocentes ainda que não nascidos só por que sim


Desde então, instalou-se a barbárie.


É importante que quem votou "sim", tenha consciência que, com o seu voto, se tornou cúmplice dos milhares de abortos que entretanto já se praticaram e ainda se vão praticar mais em Portugal.


Esta imagem que eu escolhi é apenas fruto de um silogismo básico e elementar:


Voto no sim = voto no Aborto + Aborto = derramamento de sangue =

Voto no sim = derramamento de sangue
P.S.- Acho absolutamente nojento que se diga que o aborto é um mal necessário para aliviar as carteiras dos mais pobres ou a futura vida infeliz de uma criança.
Quem é que disse que a vida é só felicidade e a carteira sempre cheia ???
Quem é alguém para dizer que alguém vai ser antecipadamente infeliz ???
Quem é que, neste mundo, se pode dizer sempre e permanentemente feliz ???

3 comentários:

Belinha disse...

De todos os posts cínicos que li sobre a despenalização do aborto, este foi, sem dúvida, o mais chocante, uma verdadeira "barbárie".

Como o amigo escreveu a respeito do financiamento das escolas privadas por parte do Estado, "quer queiramos, quer não, todos nós somos e seremos sempre pessoas diferentes, não só do ponto de vista económico, mas também em termos de personalidade, de aptidões e vocações".

Nem todos têm vocação para pais.
Nem todos têm a sorte de ter uma situação financeira estável.
Ninguém nem nenhum método contraceptivo é infalível.

Como pode julgar os outros desta forma cruel?

E não, eu nunca interrompi voluntariamente uma gravidez; bem pelo contrário, já perdi um bebé e sei bem a dor (física e emocional) que isso significa.

Sugiro um pouco de moderação.
Porque ninguém sabe que azar pode bater-lhe à porta.

MRC disse...

Querida Belynha

1) Sobre o julgar os outros, eu não posso nem o devo fazer pois estou muito longe de qualquer modelo de perfeição ou sequer de exemplo seja para quem for.
Mas há uma coisa que eu tenho muito presente na minha cabeça e que pretendo ensinar aos meus filhos e que aplico a mim mesmo e aos meus erros: é que à liberdade deve estar associada a responsabilidade pelos actos praticados.
Quem votou sim, votou a favor da eliminação física de um ser humano com recurso a meios públicos. Isto é um facto, não é uma acusação. Essas pessoas não podem agora seguir com a sua vidinha, esquecendo que são co-responsáveis pela chacina de inocentes que diariamente se praticam nos nossos hospitais.

2) Durante a campanha para o referendo, defendi para as mulheres abortistas, em termos legais, o recurso à suspensão provisória do processo que está prevista no Código de Processo Penal e que afasta a aplicação de penas em caso de pessoas que agiram em circunstâncias mais difíceis, substituindo-as por injunções de natureza social ou até apoio médico.
Há certos casos, inclusive, em que a mulher que aborto é claramente também ela uma vítima e de todas a menos responsável e, por isso, poderá ser desculpada, nos termos da lei pela prática de uma IVG. Esta era, para mim, a solução legal a que se deveria ter chegado
Por isso, como vê, não sou assim tão extremista como lhe pareceu.

3) Este mundo não é ideal para ninguém e é raro quando as coisas nos correm sempre bem de acordo com as nossas circunstâncias pessoais, familiares, profissionais ou económicos.
A diferença é que, para mim, os problemas tentam-se resolver com a ajuda da família ou, na falta dela, com a ajuda das dezenas de associações de apoio à mulher grávida que pululam pelo país fora. Para os abortistas, porém, os problemas não se resolvem, “exterminam-se” que é diferente.
Se não têm vocação para ser pais, nem têm as condições económicas para isso, dêem os filhos para adopção a quem tem vocação e condições para ser pai e mãe, mas infelizmente passa anos à espera de poder concretizar a tão desejada adopção.

4) Corrigir o erro da falha do método contraceptivo por um erro maior que é a prática do aborto que, como disse, e muito bem, “sei bem a dor (física e emocional) que isso significa” não me parece ser uma atitude de bom senso adequado e quem passou ou passa por ela sabe bem o que eu quero dizer.

5) O evitar um aborto e prosseguir uma gravidez indesejada, sobretudo quando as condições são adversas, é um acto de coragem e generosidade que depende de muita coisa e eu não sou ninguém para exigir que todos sejamos perfeitos e santos pois eu também não o sou.
Porém, o que foco no meu post é a corresponsabilidade dos votantes do sim no recurso a uma opção extremista que permite o recurso ao aborto de forma livre e incondicionada, substituindo uma lei anterior que me parecia já, por si, suficientemente equilibrada.

Obrigado pelo comentário e felicidades,
MRC

Zeca Portuga disse...

Para mim, um aborto é sempre um homicidio premeditado.
Só aceito uma justificação para o aborto - quando ha que salvar (ou está em perigo) a vida da mãe. Nesse caso, ninguém pode obrigar ninguem a sacrificar-se por outrém. Todos os restantes casos são mero egoismo e maldade.
O instinto animalesco do Homem, o regresso ao pensamento primitivo do Homem bicho/animal, em que a civilização não conta tanto como o instinto animal - isso é um dos actoas mais primitivos do assassinio premeditado.

Em vez de exigir do estado a obrigação de velar pela vida de quem não se pode defender, opta-se pelo contrário: silenciar quem poderia chorar ou sorrir, pedir ou dar.

A mulher (poruqe o homem não tem voz neste acto, nem como pai, nem como cidadão) tormou-se o bicho mais cruel que conheço - premeditamente mata o seu filho. Sendo um ser "inteligente", é barbaro...

Olhando para mim, não há dinheiro que pague a minha vida. Por uma hora de vida, posso dar tudo o que tenho, poruqe depois mais nada me faz falta...
E, há quem mate impunemente, gastando o dinheiro dos meus impostos!