domingo, 30 de novembro de 2008

Sevilha positivo: Provida e Sevici


De uma recente visita a Sevilha registei 2 pontos muito positivos:

- O excelente trabalho da associação próvida andaluza que, entre outras, fez divulgar junto de várias farmácias da cidade pequenos cartazes a solicitar a comprar de biberons para bébés filhos de mães com dificuldades económicas.


- A excelente iniciativa do ayuntamiento de Sevilha, denominada SEVICI. Com este serviço junto das estações de comboios e autocarros a edilidade colocou à disposição de quem quiser bicicletas que permitem fugir ao uso dos automóveis. Poupa-se dinheiro e o ambiente agradece.
A iniciativa municipal tem sido um sucesso e é ver pela cidade dezenas de bicicletas em uso, inclusive com crianças de colo na traseira.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Chesterton, os valores e o materialismo


Há uns anos atrás, presenciei uma discussão entre o saudoso Prof. Manuel José Lopes da Silva e o Dr. Sebastião Lima Rego.


O 1º um convicto católico e humanista e o 2º um esquerdista entusiasmado, laico e muito republicano.


A dada altura quando o Prof. Lopes da Silva falou em valores, o Dr. Lima Rego reagiu de forma algo violenta, respondendo "sr. prof. os valores não se comem".


Fiquei a pensar nessa frase e percebi verdadeiramente a diferença entre os materialistas de índole marxista e os humanistas de índole cristã.


Existe e existirá sempre uma tensão entre o materialismo do dia a dia, as preocupações com os afazeres diários; o pagamento das despesas fixas mensais, da prestação da casa, do carro, das mensalidades dos filhos; as tentações do dinheiro fácil, da especulação imobiliária ou financeira, das fraudes, etc.etc. e a ética dos valores.


Também ontem alguém me comentava que uma determinada pessoa que se dizia muito ética e honesta e sempre pronta para criticar os outros, agora que ocupava um lugar de liderança, teria colocado uma filha num "tacho".

Lembrei-me da "Queda de um Anjo", do Camilo Castelo Branco e perguntei-me a mim próprio se fosse comigo, como é que eu actuaria e reagiria.


Tudo isto para rematar com o seguinte:


Chesterton, no seu livro Ortodoxia, recentemente reeditado pela Aletheia , dizia que era muito importante fomentar nas crianças o gosto pelo imaginário; a importância de lhes falar de "Alice no país das maravilhas", dos "duendes", etc.


A ética é algo que não se vê, os valores não se podem comer, nem nos pagam as despesas da crise ou do viver do dia a dia.


Por isso, há que acreditar em algo que não se vê e isso só é possível se a nossa capacidade de imaginação, de sonho, de delírio (porque não ?) for maior do que a nossa submissão ao realismo materialista do dia a dia.
P.S.- Entre os vários filmes que abordam a questão da imaginação como forma de ética, aqui deixo o trailer de um deles, "Uma ponte para Terabithia"

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Seriedade

O prof. Cavaco Silva sempre pautou o seu comportamento pela seriedade, rigor e honestidade.
Este seu último comunicado é bem um exemplo desse seu comportamento em flagrante contraste com outros comportamentos menos dignos de políticos e gestores por esse mundo fora.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Carlos Queirós out !

A recente e vergonhosa goleada sofrida por Portugal frente ao Brasil só veio confirmar o que já há muito se sabia:

- Carlos Queirós é o homem errado no lugar errado.

Delirar por ter goleado Malta ou as Ilhas Faroé é muito pouco.

O senhor merece voltar para o lado de Alex Ferguson, isto é, só é bom quando não é ele a treinar.

É bom que os José Pedros Vasconcelos e Jorges Gabrieis deste país engulem, agora, tudo o que de mau disseram sobre Luis Filipe Scolari.

É claro que a selecção tem limitações, mas um bom treinador poderia atenua-las.

Só que esse treinador não é Queirós...

P.S.- Parece que o Ronaldo só consegue marcar golos mesmo é no campeonato inglês. Ele que vá para o campeonato espanhol que logo vê quantas "botas de ouro" ganhará....

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Exposição polémica em Paris sobre ocupação Nazi

O estado da saúde e da Justiça em Portugal

Dois episódios que mostram o estado da saúde e da Justiça em Portugal:

- Em Faro, as urgências pediátricas foram reformuladas, uma criança há poucos dias teve que esperar 6 horas para ser visto por um pediatra; estava com febre e uma infecção no ouvido; quando chegou a sua vez, disseram-lhe que o ouvido estava com muita cera e que após limpeza deveria voltar (para esperar mais 6 horas, presumo eu...)

- Recebi ontem uma decisão do Palácio da Justiça, Juízos Cíveis, relativa a uma acção que deu entrada em 1998 e que demorou 10 anos a ser decidida (por sinal, favoravelmente à minha parte) e ainda só vamos na 1ª instância.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

No Japão, casais sem sexo

No Japão, um estudo recente concluíu que cerca de 1/3 dos casais não têm relações conjugais.

As razões invocadas são cansaço pelo trabalho, perda de interesse na actividade em si e/ou monotonia.

É curioso que num mundo dominado pelo sexismo, se verifiquem estes resultados aparentemente estranhos.

No caso do Japão, a questão ainda é mais grave dada a baixa natalidade.

Também é interessante ver que para muitas mulheres as relações conjugais são o desenlace de uma sedução afectiva, enquanto que, para o homem, muitas vezes, a consolidação afectiva surge na sequência da atracção física.

Para além da diminuição da natalidade, diminuição das próprias relações conjugais.

Os casais passam a ser zombies que partilham o mesmo tecto, dividem despesas e dizem bom dia de manhã e boa noite à noite...

Obama pró-infanticida e pró-aborto tardio

Fiquei estupefacto com o que se diz neste clip:

- Obama defendeu há uns anos atrás que os fetos que tenham sobrevivido a um aborto, não deveriam ser salvos, mas deveriam ser deixados, ao frio, abandonados até morrerem.

- O próprio Obama diz, por palavras próprias, que aceita a prática do aborto tardio em caso de risco para a saúde da mãe (e nós sabemos bem o quão abrangente significa o conceito de "saúde da mãe")


Moura Encantada

O meu amigo Bruno Lage lançou o seu novo blog Moura Encantada que se dedicará, entre outros, ao concelho de Faro e à defesa do meio ambiente ou não fosse ele Engenheiro do ambiente.

Um abraço e um convite a todos para o irem lá visitar

terça-feira, 11 de novembro de 2008

As virtudes de uma noite de sono bem dormida


Espero poder ler atentamente e em breve este livro para ver como poderei sanar as minhas noites quase diárias de insónias

domingo, 9 de novembro de 2008

A oração do ateu ou o fim da aventura

O Fim da Aventura é, para mim, um dos melhores filmes de sempre, pelo argumento e pelas excelentes interpretações do trio Ralph Fiennes, Stephen Rea e Julianne Moore (esta uma das minhas actrizes preferidas pelo tom profundamente humano e frágil que transmite às suas personagens).


Gosto muito de Graham Green pela contradição dos seus sentimentos, interpelado, indeciso e dividido entre a atracção do que se vê e do que não se vê.

Aqui fica a minha parte preferida do filme, saltando directamente para o minuto 6 segundo 50 até final, uma sequência enigmática e plena de significado:

- A oração do ateu que, em forma de diário, se lamenta e ataca o Deus que lhe tirou a amada.
- O abraço do marido e do amante, cumplíces no amor, em frente do corpo sem vida da amada.
- A revolta sincera e frontal, amarga e revoltada do amante perante o Divino. O ódio.
- O acto de amor, contraditório com as palavras de ódio, do amante ao marido da amada.




Interessante e merecedor de uma reflexão mais profunda numa outra oportunidade.

P.S.- Aqui também um excerto do filme, na versão de 1955, com Deborah Kerr

sábado, 8 de novembro de 2008

Dr. Artur Marques


Parabéns ao Dr. Artur Marques pela forma inteligente e extremamente competente como dirigiu a defesa da sua constituinte, Fátima Felgueiras.


É um exemplo de profissionalismo que deveria ser seguido por todos os advogados, em geral, e é para mim, um repto, em particular.

Fátima em S.Brás



Entre os próximos dias de 22 a 29 de Novembro estará, entre nós, aqui em S.Brás de Alportel, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima.
Para além da imagem que permanentemente se encontra na capelinha das aparições em Fátima, esta imagem percorre várias localidades, fazendo com que “Fátima” e o seu ideário venham até nós.
A devoção católica à Mãe de Jesus é contestada por várias religiões cristãs, com particular incidência, nas de raiz evangélica. Entendem esses credos que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens e que só Deus deve ser adorado. Por outro lado, acrescentam que a adoração de imagens é uma idolatria violadora de vários preceitos consagrados no antigo e novo testamento.
Sucede que a Igreja Católica não promove propriamente uma adoração à Mãe de Jesus, nem a considera a fonte da salvação, mas antes um instrumento utilizado para a salvação.
Por outro lado, a devoção a Maria não é idêntica à adoração que é feita ao próprio Deus. Entende a Igreja Católica que, assim como a desgraça entrou no mundo através de uma mulher, Eva, a salvação foi possível igualmente através de uma outra mulher que é a nova Eva, Maria, Mãe de Jesus, que a tradição católica interpreta como sendo aquela cujo calcanhar mata a cabeça da serpente maldosa.
Maria é um exemplo de humildade, determinação e fortaleza. Sem o seu “sim”, o Verbo não se teria feito carne e habitado entre nós. A nossa devoção é, pois, uma forma de manifestarmos a nossa admiração, respeito e louvor por esta mãe que quis acompanhar o seu filho sempre e de forma fiel “usque ad mortem, mortem autem crucis” (Cfr. Carta aos Filipenses 2,8 ).
Quanto à questão da alegada adoração de imagens ela, salvo o devido respeito, também não é certa porquanto as imagens são apenas usadas como forma de recordatório e para tornar a nossa devoção mais presente do ponto de vista sensitivo. À semelhança, aliás, do que se passa com as fotos de familiares que levamos na carteira nas quais não adoramos o papel de que são feitas mas apenas recordamos, através das respectivas imagens, as pessoas que aí estão representadas.
A este propósito, há um ponto no catecismo da Igreja Católica que, a meu ver, resume de forma muito eficaz e bela as considerações que fiz acerca do exacto papel de Maria na economia da salvação e qual a razão da sua devoção, em particular, através do recurso a imagens.
Diz o ponto 2674 que “Jesus, o único Mediador, é o Caminho de nossa oração; Maria, sua Mãe e nossa Mãe, é pura transparência dele. Maria "mostra o Caminho" ("Hodoghitria"), é seu "sinal” conforme a iconografia tradicional no Oriente e no Ocidente”.
A proposta de vida feita pelas religiões em geral, e pela Igreja Católica, em particular, por regra, não são muito fáceis de levar à prática. Os nossos maus hábitos, aliados a uma atmosfera circundante adversa e aos defeitos endógenos da nossa própria personalidade tornam a tarefa difícil e ardúa.
Nesse sentido, para alguns cristãos, Maria apresenta-se como uma ajuda que torna mais acessível Deus em nós. Assim, como Ela gerou fisicamente Cristo, recorrer à sua intercessão seria uma forma de “gerar” Cristo no meio das nossas próprias contingências e limitações.
Do programa da visita destaco as procissões dos dias 22 e 29 e as celebrações nocturnas diárias na Igreja Matriz.


(Artigo publicado no jornal regional "Notícias de S.Brás" -Edição de Novembro)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Barack Obama, o aborto e o aborto negro

Na Marcha pela Vida, que ocorre todos os anos em Washington D.C, uma mulher negra denuncia o racismo encoberto pelo “direito” ao aborto.
Obama é o presidente negro que vai tornar o aborto ilegal nos EUA e acabar com o genocídio silencioso de negros americanos?

Uma recente investigação sobre a Planned Parenthood, a organização que promove o acesso ao “aborto seguro” nos Estados Unidos, demonstra que ela aceita doações especificamente para abortos de bebês negros, além de ter uma clara tendência a construir clínicas em vizinhanças das “minorias raciais”.

A mudança prometida por Obama, que nem sequer é favorável a salvação da vida de um bebê que sobreviveu a um aborto (nascido com vida, portanto), bem poderia levar em consideração a realidade desse genocídio silencioso. Provavelmente os bebês de negros e os bebês de hispânicos continuarão fora do alcance do salário do presidente eleito, Barack Obama.
E comemoram a eleição de Obama porque ele é mulato e deu um tapa no racismo. Oi?

Daqui

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Louco, esta noite vais morrer

Confesso que das muitas passagens do Evangelho, há uma que me impressiona particularmente:

E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.
Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produzira com abundância;
e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos.
Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens;
e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te.
Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
(Lucas 12, 15-20).
Esta parábola é muito actual e poderia ilustrar muita coisa.
A crise económica: Quando se pensava que o capitalismo era o fim da história, que tínhamos chegado ao modelo ideal de organização económica e societária eis que caí tudo como um baralho de cartas.
Morte do filho do Dr. Paulo Teixeira Pinto: Há umas semanas atrás ouvi uma entrevista sua ao Rádio Clube onde dizia que, por ter alcançado um situação financeira muito favorável, estaria, agora, em condições de fazer o que lhe apetecia, gerir uma editora, pintar, escrever, etc.. De repente, um divórcio e a morte dolorosa e inexplicável de um filho.
Também já a mim me aconteceu em alturas da vida em que parece que tudo corre bem e somos os reis do mundo, cheios de soberba, e de repente, acontece alguma coisa que nos mostra o quão transitório e precário é qualquer lampejo de auto-suficiência.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Blogger Profético

Embora toda a gente soubesse que o BPN estava por um fio, encontrei aqui um post profético e com muita piada.

domingo, 2 de novembro de 2008

O que fazer ?

Nestes tempos de depressão, desorientação, crise, desmotivação, maus hábitos, perdas, pessimismo, desconfiança, o que fazer ?

Para já, ouvir a minha música preferida de Rita Redshoes.

Talvez nos dê uma pista da resposta...


Ad futuram rei memoriam

«Ninguém tem de fazer contas especiais porque, a partir de agora, tem os seus depósitos completamente seguros pelo Estado, pela Caixa e pelas autoridades. Consequentemente, quaisquer preocupações que pudessem ter existido acabaram hoje»,

Diz o Governador do Banco de Portugal, relativamente às pessoas com depósitos no BPN, aqui.

sábado, 1 de novembro de 2008

Contra o casamento homossexual

Este documentário mostra os perigos da consagração legal do casamento homossexual e, em particular, as consequências legais ao nível da liberdade individual e da liberdade religiosa.

Próxima causa fracturante da JS, do Bloco de Esquerda e da Associação Animal ?

Inspirado no Reaccionário

Convivência: a arte do diário

Ainda Enrique Rojas:
Um texto obrigatório para quem anda na blogosfera (em particular os esquerdistas, jacobinos, pró-homossexuais, mata-frades e pró-aborto de serviço) a promover o insulto e a intolerância para com pessoas que têm posições e interpretações da vida diferentes da sua.

Como curar uma depressão ?


El tratamiento de la depresión tiene, fundamentalmente, tres grandes áreas: la bioterapia, la psicoterapia y la socioterapia.


Debemos tener en cuenta que la medicina es ciencia y es arte; es decir, no sólo está el vademécum, el libro donde vienen todos los fármacos, sino también la personalidad del médico, una de las cosas que más cura. Éste se pone al lado del enfermo para ayudarle, siguiendo una forma de terapia esencial que es amar, el amor al otro.


Decía Marañón que una de las formas más sugerentes de amistad es la relación médico-enfermo, que está poco descrita y es enormemente rica ¿Por qué?, pues mire usted, porque el psiquiatra -el médico, en general, también, pero el psiquiatra más- es el médico más humano. Su secreto profesional es tan grande que, muchas veces, no tiene capacidad para recibir tanta información como tiene del otro, ya que, en el mundo moderno, nadie tiene tiempo para nadie, y es el psiquiatra quien tiene que darse al paciente para entrar en su intimidad, de tal manera que vayan aflorando los principales aspectos de la vida de éste.


En relación con esto, precisamente, es curioso comprobar cómo salen los grandes asuntos de nuestra vida personal cuando hacemos balance existencial de nuestra vida ólo que suele ocurrir durante una enfermedad, en una desgracia, o en un momento especial de nuestra vida...ó. Es el haber y el debe. Muchas veces no salen las cuentas, y, otras veces, las ganancias compensan las pérdidas.


Cuando uno ve vidas con una trayectoria coherente óno una coherencia perfecta, ya que eso se da en el otro barrio, sino una cierta coherenciaó, es porque se trata de vidas con una solidez antidepresiva. Son personas recias, compactas, sólidas, consistentes, con criterios de verdad en la vida, a las que no les importa ir contracorriente en una sociedad como la nuestra; eso es una fórmula antidepresiva.

Pero pasemos a enumerar las tres grandes áreas arriba mencionadas.


En primer lugar, tenemos la bioterapia, la farmacoterapia. Los psicofármacos, antes llamados timoanalépticos, hoy antidepresivos, son aquéllos que actúan liberando una serie de sustancias que son los neurotransmisores cerebrales y que dan lugar a que se recapten esas sustancias y dinamicen el cerebro. Fíjense ustedes en si esto es tan importante que hoy se suele dedicar una mesa redonda para hablar, únicamente, de serotonina y depresión, para ver cómo alguno de esos neurotrasmisores cerebrales modifican el estado de ánimo. Además, dos antidepresivos pueden actuar de forma complementaria. Hay fármacos que actúan sobre la serotonina, sobre la dopamina, sobre la adrenalina o sobre otras sustancias. Por ejemplo, hoy sabemos que existen las endorfinas, que son las morfinas endógenas; es decir, que nuestro organismo fabrica sustancias que corrigen, quitan, suprimen o disuelven el dolor. Hoy, los antidepresivos tienen una riqueza extraordinaria. Cuando estamos hablando con un paciente óyo creo que, en realidad, es un hecho ex opere operato que ocurre en nuestra mente cuando estamos ante un enfermoó, ya vamos viendo qué tipo de fármaco le damos. Por ejemplo, se ha puesto de moda en los últimos años, como ustedes saben, un fármaco óen Estados Unidos, los pacientes venían a la consulta pidiéndoloó: el Prozac, que es fluexetina. La fluexetina es un fármaco muy eficaz, tiene la gran ventaja de que es muy desinhibidor, es decir, produce un gran movimiento de la conducta, y, por otra parte, adelgaza, es decir, frena el apetito y mueve el agua retenida en los tejidos. Ni qué decir tiene que su eficacia es extraordinaria. No olvidemos que la anorexia o la bulimia ya no se dan en los adolescentes. Yo veo muchas anoréxicas con 35 ó 40 años, antiguas anoréxicas que se han medio curado y que están ahí todavía. Son esas personas que se pesan 3 veces al día, han engordado dos kilos y están preocupadísimas. No llegan a ser anoréxicas porque no lo son, pero, de hecho, ahí hay un tema latente, rumiando en su cabeza. Pero cambiando de asunto, les quiero aclarar que, ante todo enfermo depresivo, hay que hacer, desde el punto de vista farmacológico, tres cosas importantes.

En primer lugar, hay que dar una medicación antidepresiva siendo muy selectivo en la elección. No olvidemos que todos los antidepresivos tienen efectos secundarios, por lo que hay que ver exactamente el tipo de persona que tenemos delante, qué fármacos ha tomado, qué otros fármacos ha tomado algún familiar, si esto es así, etc.


En segundo lugar, habría que recetar ansiolíticos o psicorrelajantes. Es muy frecuente la depresión asociada a la ansiedad, y ésta es inquietud, desasosiego, anticipación de lo peor. Es una sensación subjetiva que se manifiesta a través de taquicardias, sudoración, dificultad respiratoria...; es decir, hay un acordeón de sensaciones temerosas que van circulando por la mente del sujeto cuando la ansiedad es muy grande. Los ingleses hablan de dos formas de ansiedad: el free frigthing ansiede, la ansiedad flotante, una sensación de malestar, de inquietud, y el panic attack, que es la crisis de ansiedad.


Cuando esta última es muy fuerte pero, a la vez, recortada, breve, dura unos minutos, hay tres aspectos amenazadores en la cabeza del sujeto: temor a la muerte, temor a la locura y temor a perder el control. Son tres manifestaciones un poco extrañas, como digo, que nosotros descubrimos en la entrevista clínica. Muchas veces, el enfermo sin cultura no las expresa así; sin embargo, nosotros hacemos una exégesis de su discurso y la sacamos.


Además, hay antidepresivos, ansiolíticos y fármacos que corrigen el insomnio, cuestión muy importante. Como decía hace un rato, es frecuente que, entre los síntomas depresivos, aparezca el insomnio, Y, para acabar con este problema, tenemos que andar con mucho cuidado porque, a veces, la medicación para dormir es excesiva. Si antes, en cualquier casa, de cualquier pueblo, había despensas de comidas óyo recuerdo los jamones y tal, en Castillaó, hoy, hay despensas de fármacos. Uno abre una compuerta y dice: ´¿Qué quieres? ¿Quieres para la depresión, para la ansiedad, para los nervios?´.

La automedicación en psiquiatría es terriblemente negativa, ya que los fármacos tienen efectos secundarios y pueden producir graves trastornos. Por lo tanto, como digo, hay que andar con mucho cuidado.


Después, tenemos la psicoterapia. La psicoterapia es el arte, el modo, la manera, la gracia, el estilo con el que el psiquiatra óel médico en general también lo haceó cambia los mecanismos neuróticos negativos de la personalidad del otro. Al contrario de lo que ocurre con el tratamiento anterior, más rápido, en la psicoterapia, uno se remanga, porque es lenta y requiere arte, oficio, saber adentrarse en el cuarto de máquinas del otro. Y cuando no hay psicoterapia, es terrible: solamente podemos recurrir a la medicación.


Pero centrándonos en este ámbito, debo decirles que hay muchas modalidades; desde la psicoterapia implicata, aquélla que está inscrita en el acto médico, hasta la psicoterapia de apoyo, la psicoterapia psicoanalítica.

En cualquier caso, este tratamiento, lo que tiene que hacer es intentar reducir el número de manifestaciones psicológicas neuróticas, raras, extrañas, patológicas, enfermizas. Yo le digo a alguien ´Mira, en la psicoterapia, lo que pretendo contigo es que te encuentres a tí mismo, que estés en paz contigoª. Bien es cierto que la paz absoluta se da en el otro mundo; aquí, se da una paz relativa. Aún así, ésta es, yo diría, el puente elevadizo que lleva al castillo de la felicidad. Tener paz por dentro es tenerlo casi todo.


Y, en tercer lugar, debemos hablar de la socioterapia. La socioterapia no es otra cosa que la terapia sociológica. Nosotros vemos mucha gente sola, aislada, incomunicativa, sin contacto con los demás, y es en dicha gente en la que procuraremos reactivar su vida, mediante psicoterapia de grupo, psicoterapia de contacto con los demás, enseñándole técnicas asertivas, técnicas comunicativas..., y para esto hay libros ólos americanos son en esto especialistas. Me acuerdo de uno que se titula Qué decir después de decir -hola!-. Porque es cierto que, a la gente muy tímida, muy retraída, no se le ocurre nada. Hace un par de años, estando yo en Finlandia, me comentaba un psiquiatra que daba muy mala imagen, en los países del norte de Europa, que la gente estuviera todo el rato, dos personas o tres, sin parar de hablar, que era muy bonito estar diez minutos sin decirse nada, y yo le aclaraba: ´Mire usted, en los países latinos como España, diez minutos sin hablar en una persona es rarísimo. Hay que pensar en algo. Si es un matrimonio, es que aquello está con el electroencefalograma plano´. Lo que quiero decir es que son distintas modas y costumbres; para nosotros, los latinos, estar sin hablar es angustioso. Uno sube en el ascensor diez pisos con otra persona y siempre comenta la rapidez, la lentitud, el clima de fuera, algo, porque mira al otro, mira arriba y no sabe qué hacer.


Así pues, todo lo hasta ahora dicho constituye el esquema que yo les he querido traer sobre este asunto: tristeza versus alegría. Hay tres sentimientos positivos, a los cuales les tomamos el pulso con mucha frecuencia, que son el placer, la alegría y la felicidad. Son tres grandes notas positivas, tres sorbos de vida grande. El placer es la manifestación concreta de algo positivo que inunda en un momento nuestra vida -son muchos los placeres que podemos tener-, la alegría es la satisfacción por algo que ha salido bien y la felicidades el grado superior a los dos estados anteriores.


La felicidad, como decía antes, es la suma y compendio de lo que yo he hecho con mi vida de acuerdo con un cierto proyecto previo. Decía Don Quijote: ´La felicidad no se da en la posada, sino en medio del camino´. La felicidad es una forma de mirar la vida, un estilo de captar la realidad. La felicidad, he dicho antes, consiste en ilusión, y, para ser feliz, yo creo que hacen falta dos cosas fundamentales: tener una personalidad con un cierto equilibro y, en segundo lugar, tener un proyecto de vida con tres grandes temas que se mueven en su seno: amor, trabajo y cultura.


La felicidad es, para mí, una tetralogía en donde uno mide, registra, pesa, capta su propia forma de ser, el amor, ó cuánto habría que hablar de eso ó, el trabajo y la cultura.
A modo de conclusión, sólo diré que aquí estamos, en Bilbao. El mar está aquí al lado, el Cantábrico, esta maravilla. Ayer disfrutaba yo del Guggenheim con ese paisaje de titanio de este genio arquitectónico que es Gery. Quizá pueda haber dado una imagen pesimista del tema, inevitablemente la depresión tiene un tono melancólico, pero lo que hace falta en la vida es tener capacidad para remontar las dificultades y crecerse uno ante ellas. Frente al mar, hay un velero que convierte el navegar en un reto.

Eso es la vida.

El pesimista se queja del viento, el optimista espera a que cambie y el realista ajusta las velas.


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