Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
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segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de dezembro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos
Há algo profundamente errado no modo como pensamos que devemos viver hoje em
dia.
Durante 30 anos orgulhámo-nos do contrato social que definiu a vida da sociedade do pós-guerra na Europa e na América - a garantia de segurança, estabilidade e justiça. Tudo isto foi perdendo o seu real significado, revestindo agora em muitos aspectos apenas meras formalidades. Questões anteriormente pertinentes, em tempos até do foro do político, sobre a bondade ou a justiça das coisas, deixaram de ser colocadas.
Nesta obra "Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos", Tony Judt, um dos principais historiadores e pensadores contemporâneos, mostra como chegámos a este momento confuso. Num texto contundente, descreve o que todos temos sentido e remete-nos em simultâneo para a forma de sairmos desta sensação de mal-estar colectivo
Durante 30 anos orgulhámo-nos do contrato social que definiu a vida da sociedade do pós-guerra na Europa e na América - a garantia de segurança, estabilidade e justiça. Tudo isto foi perdendo o seu real significado, revestindo agora em muitos aspectos apenas meras formalidades. Questões anteriormente pertinentes, em tempos até do foro do político, sobre a bondade ou a justiça das coisas, deixaram de ser colocadas.
Nesta obra "Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos", Tony Judt, um dos principais historiadores e pensadores contemporâneos, mostra como chegámos a este momento confuso. Num texto contundente, descreve o que todos temos sentido e remete-nos em simultâneo para a forma de sairmos desta sensação de mal-estar colectivo
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
William Wallace versus Nuno Álvares Pereira
Alguns biografos de Nuno Álvares Pereira chamam à atenção para as parecenças com o herói escocês William Wallace.
De facto, William Wallace (cuja personagem ficou gravada no cinema através do filme Braveheart) apresenta algumas semelhanças com Nuno Álvares Pereira e inclusive é provável que este soubesse, através dos seus amigos ingleses, das artimanhas e estratégias usadas por Wallace nas batalhas com o Rei inglês Eduardo I e que até se tivesse nelas inspirado sobretudo na forma como as suas vanguardas enfrentaram as investidas da cavalaria espanhola, em batalhas como Aljubarrota ou Atoleiros.
1º) Ambos lutavam conta Reinos mais poderosos em favor da independência, no caso de W.Wallace, pela aquisição da independência e no caso de D. Nuno pela manutenção da independência.
2º) Ambos tinham nas suas fileiras um grupo pouco organizado e composto por milícias populares, nem sempre bem armadas e apetrechadas.
3º) Ambos viveram no século XIV e tiveram de lidar com a nobreza cínica e calculista dos seus próprios reinos (no caso de William Wallace com a nobreza escocesa).
4º) Ambos tiveram uma educação baseada na formação religiosa e militar, associada a conventos ou ordens militares religiosas.
5º) Ambos venceram batalhas, utilizando estratégias inteligentes onde a desvantagem do menor número das suas tropas acabou por ser anulada pela maior perspicácia e sagacidade destes heróis medievais.
No entanto, este site veio recentemente exaltar as qualidades religiosas de William Wallace . Porém, não me parece que essas qualidades se possam equiparar às de D. Nuno Álvares Pereira.
Se verificarmos, as qualidades religiosas que são associadas a D. Nuno Álvares Pereira traduzem-se numa prática religiosa diária e que se manteve ao longo de toda a sua vida praticamente sem qualquer interrupção.
Pelo contrário, no caso de William Wallace, o site em causa destaca a sua formação religiosa, durante a sua infância e adolescência, também as peregrinações que fez então e ainda a forma como, no fim da vida, encarou a morte.
No entanto, se formos a ver, em geral, ao longo de toda a idade média, é raro o militar ou o nobre que não se converta ou passe a viver de forma mais fervorosamente religiosa quando confrontado com a sua morte. Vejam-se, por exemplo, o caso dos Reis D. Afonso V, D. Fernando I ou dos Reis D. Sancho I e II que, inclusive, revogaram decretos contrários aos interesses da Igreja, como forma de anularem excomunhões contra si.
Também o hábito das peregrinações era comum e estava generalizado como algo que qualquer cristão habitualmente realizava, mais cedo ou mais tarde, na sua vida.Assim, o comportamento religioso de William Wallace enquadra-se naquilo que é expectável para um cristão médio que viveu na Idade Média.
Por fim, refira-se que o próprio texto em causa refere que William Wallace, após o assassinato da sua mulher, Marian, afastou-se da Igreja, da prática religiosa e inclusive sabe-se que, em algumas das suas batalhas, actuou de forma particularmente violenta e cruel para com os seus adversários- facto que nunca aconteceu em D. Nuno Álvares Pereira.
Por isso, semelhanças existem, com diferenças à parte.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Portugal Romano
Através do Pedro Picoito, encontrei esta revista on line sobre Portugal Romano.
Muito interessante e bem feita !
Muito interessante e bem feita !
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Sobre a tradição da "cunha" em Portugal
Uma breve resenha por Pacheco Pereira aqui.
Sem esquecer que o próprio Marquês de Pombal acedeu ao seu 1º cargo público através de uma "cunha"
Sem esquecer que o próprio Marquês de Pombal acedeu ao seu 1º cargo público através de uma "cunha"
domingo, 22 de abril de 2012
Mais textos sobre as batalhas de D.Nuno Álvares
sábado, 7 de abril de 2012
O 1º túmulo de D. Nuno Álvares Pereira
O 1º túmulo de D.Nuno Álvares Pereira foi extremamente simples e humilde, em obediência às instruções que o próprio tinha deixado.
Simples e humilde em vida, pretendeu um lugar igualmente simples, humilde e discreto, em morte.
Aqui fica a imagem do local onde o seu corpo foi, dentro de um túmulo muito simples, colocado, debaixo do chão, no interior do Convento por si fundado.
A imagem diz tudo sobre o carácter, honradez e classe deste grande Santo.
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Restos de colecção
Restos de colecção- Excelente blogue sobre história e fotos da história, em particular da zona de Lisboa
sexta-feira, 2 de março de 2012
As romarias de D.Nuno Álvares Pereira
D. Nuno Álvares Pereira ficou também conhecido pelas periódicas romarias que fazia a vários locais de culto, habitualmente próximos das zonas onde se situava.
Aqui se deixam 2 exemplos, à Igreja de Assumar, no Alentejo onde se deslocou em 5ª feira santa descalço e onde, ao encontrar a Igreja suja, ele próprio a ajudou a limpar com uma vassoura e a capela de Nossa Senhora de Seiça, entre a Figueira da Foz e Coimbra, esta já com uma tradição mais arraigada de culto de acção de graças por feitos bélicos.
Aqui se deixam 2 exemplos, à Igreja de Assumar, no Alentejo onde se deslocou em 5ª feira santa descalço e onde, ao encontrar a Igreja suja, ele próprio a ajudou a limpar com uma vassoura e a capela de Nossa Senhora de Seiça, entre a Figueira da Foz e Coimbra, esta já com uma tradição mais arraigada de culto de acção de graças por feitos bélicos.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Pequeno texto sobre S. Nuno de Santa Maria
domingo, 5 de fevereiro de 2012
A crise de 1383/1385
Sobre a crise de 1383/1385, sobre a qual deixo aqui 2 power-points muito bem feitos, não deixa de ser interessante comparar as razões económicas que estiveram subjacentes à expansão ultramarina com as mesmas razões que estão, agora, subjacentes à necessidade de uma aposta forte nas exportações
A Crise do Séc. XIV
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A Revolução de 1383 / 85
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domingo, 29 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O ódio e a profanação de túmulos
Há poucos dias fomos confrontados com uma situação vergonhosa de profanação de cadáveres talibans por parte de soldados norte-americanos.
Trata-se de uma situação vergonhosa e totalmente indigna.
Um cadáver ou um túmulo devem ser sempre respeitados assim com a dignidade humana deve ser sempre respeitada.
Infelizmente, Portugal e Espanha sofreram também esta situação.
Portugal, com a invasão das tropas francesas que cometeram multíplas atrocidades, incluindo a profanação de vários túmulos de reis, decapitando, por exemplo, o nosso princípe perfeito, D.João II; profanando o túmulo do Marquês de Pombal ou os corpos de D. Pedro I e D. Inês
Em Espanha, com a guerra civil, foram profanados vários túmulos de religiosos e santos católicos, não só por ódio, mas na tentativa dos anti-clericais provarem que as Igrejas escondiam fetos e corpos de crianças geradas por freiras.
Ainda hoje, há pouco mais de um mês atrás, a Igreja continua a chorar e a beatificar muitos dos que foram, nessa altura, martirizados pela sua fé.
Como é possível um ser humano fazer isto a outro ?
Trata-se de uma situação vergonhosa e totalmente indigna.
Um cadáver ou um túmulo devem ser sempre respeitados assim com a dignidade humana deve ser sempre respeitada.
Infelizmente, Portugal e Espanha sofreram também esta situação.
Portugal, com a invasão das tropas francesas que cometeram multíplas atrocidades, incluindo a profanação de vários túmulos de reis, decapitando, por exemplo, o nosso princípe perfeito, D.João II; profanando o túmulo do Marquês de Pombal ou os corpos de D. Pedro I e D. Inês
Em Espanha, com a guerra civil, foram profanados vários túmulos de religiosos e santos católicos, não só por ódio, mas na tentativa dos anti-clericais provarem que as Igrejas escondiam fetos e corpos de crianças geradas por freiras.
Ainda hoje, há pouco mais de um mês atrás, a Igreja continua a chorar e a beatificar muitos dos que foram, nessa altura, martirizados pela sua fé.
Como é possível um ser humano fazer isto a outro ?
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
A história de Abiúl na torre do Tombo.
Abiúl, localizada no concelho Pombal, era, ela própria uma comarca, com tribunal, com escrivão e tabelião, existindo na Torre do Tombo várias referências a escrituras e procurações, desde, pelo menos, a 2ª metade do século XV.
Inclusive, muita da actividade notarial dessa zona, era realizada no Cartório de Abiúl e não em Pombal.
Quanto à actividade judicial, Abiúl teria sido uma espécie de actual circulo judicial já que existiam vários juízes, incluindo juízes dos órfãos.
Na Torre do Tombo, há referências desta actividade judicial desde meados do séc.XIV até à 2ª metade do século XIX.
Com a chegada do comboio a Pombal, toda a actividade comercial e administrativa passou a centralizar-se nesta vila, caindo Abiúl definitivamente em desgraça.
Começou por ser propriedade do Mosteiro de Lorvão, da Ordem de Cister.
Existem, na Torre do Tombo, referências à actividade rural, em particular, vitivinícola.
Em 1777 ainda se fazem referências às touradas de Abiúl, no âmbito da festa de N. Sra das Neves.
domingo, 8 de janeiro de 2012
A Misericórdia de Abiúl e a desgraça do concelho de Abiúl

De acordo com a data inscrita no altar local, a Misericórdia de Abiúl, pelo menos, em 1620 já funcionaria.
Nas Memórias Paroquais de 1758, refere-se que terá sido criada no reinado de D.João III e que resultou da conversão de uma Irmandade criada em honra do Espírito Santo e que funcionaria numa capela e que, com o aumento do seu património, em virtude de bens deixados por herança e outros entretanto adquiridos, pediu ao Rei D.João III que fosse constituída em Misericórdia.
Nas inquirições de 1721, refere-se que esta Misericórdia tem pouca expressão e atende poucos doentes, referindo-se que nela existe "acomodação para quatro camas, que mais raras vezes tem ezercido, assim por ser esta terra de sertão de pouco frequentada passagem de Peregrinos"
A Misericórdia de Abiúl é dissolvida pelo Governo Civil de Leiria por alvará de 28 de Agostode 1869, sob a acusação de irregularidades cometidas e os seus bens são incorporados na suacongénere de Pombal no ano seguinte.
(Cfr. Misericórdias de Pombal)
A Misericórdia de Abiúl (a foto mais abaixo) situa-se actualmente na sede da Associação dos Amigos de Abiúl, onde também se tenta lançar um esboço de futuro museu da vila.
Estas informações demonstram que a freguesia de Abíul (outrora uma das mais importantes da zona centro, devido ao palácio dos Duques de Aveiro e que a estes pertenceu até à data da sua condenação à morte) iniciou a sua fase de ruína logo no final do século XVII, tendo em conta a referência que é feita nestes documentos ao escasso número de peregrinos e à pouca utilização do hospital da Misericórdia.
Por outro lado, ainda nas Memórias Paroquiais de 1758 refere o então Prior de Abiúl que o Paço Ducal a que me refiro neste post já antes do terramoto se encontrava já em ruínas.
Diz ele:
"Nesta terra só existem vestígios de um sumptuoso palácio que foi habitação de um ascendente da Exma casa de Aveiro. No presente tempo, está no domínio de um particular que o adquiriu por título onoroso em seu benefício do directo domínio pagando à Exma Casa uma anual prestação"
Assim se concluí que essas ruínas das quais ainda hoje existem vestígios se devem não ao terramoto, nem à destruição como castigo pela condenação dos Távoras, mas deve-se ao declínio do concelho de Abiúl que começa, ao que tudo indica, no final do século XVII.
Retrato de Lisboa antes do terramoto de 1755
Aqui, um trabalho completo e exaustivo. Muito interessante.
domingo, 9 de outubro de 2011
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