Nas visitas que faço à prisão de Faro, confronto-me habitualmente com várias situações de degradação humana.
As mais graves e chocantes são as que me fazem confrontar com pessoas que há meses ou anos atrás viviam uma vida praticamente normal, integradas na sociedade.
Essas pessoas vão progressivamente afastando-se de influências positivas e formativas e vão progressivamente aprofundando as más companhias, as más influências e sobretudo com a repetição de certos maus hábitos, a sua própria personalidade vai sofrendo alterações ao ponto de mais tarde o seu carácter se tornar praticamente irreconhecível, de tão desfigurado que está.
E, assim, o mal toma forma, ganha expressão, traduz-se na prática de crimes.
Pode-se culpar o ambiente familiar, económico e social como meio propício para a criação de monstros sociais, futuros criminosos, mas há sempre um quota parte em que a responsabilidade é nossa, pessoal, livre e consciente.
Lembrei-me deste artigo da Fernanda Câncio (dos raros em que concordo com ela, diga-se) e lembrei-me também de Anakin Skywalker que começou numa criança delicodoce para se transformar, por fim, no terrível Darth Vader.
E é isso que assusta, que Anakin foi-se passando progressivamente para o lado negro da força, através da cedência em pequenos pormenores, onde a generosidade e a bondade íam, a pouco e pouco, soçobrando perante a ânsia de afirmação e de auto-satisfação.
E, por outro lado, a resistência às influências positivas como forma de garantir o espaço para a auto-afirmação.
O passo final é a cegueira, a perda do critério de distinção entre o bem e o mal e, por fim, nos nossos dias, esse mal traduz-se habitualmente na prática dos chamados comportamentos obssessivo-compulsivos que são vícios que escravizam e degradam a pessoa humana obrigando-a a repetir obstinadamente os mesmos maus hábitos sem olhar a meios, nem ao mal que se causa a outros e ao próprio.
Ninguém está isento deste risco. Enquanto vivermos seremos sempre capazes do pior e do melhor.
No espaço de 1 semana fiquei em estado de choque ao saber de 2 casos de pessoas integradas na sociedade e até com algum prestígio social e profissional que, de repente, saltaram para a sarjeta mais profunda e nauseabunda.
A vida constrói-se no dia a dia e, por mais que isso seja politicamente incorrecto, a virtude da temperança é das mais importantes (já o ensinava Aristóteles ao seu filho Nicómaco, há milhares de anos atrás) para evitar este tipo de contaminações a que me referi.
Ter os nossos monstrinhos bem presos no fundo das nossas masmorras interiores e compensar o mal com a abundância de bem é o antídoto nem sempre fácil de tomar. Falta, muitas vezes, coragem e mudar de maus hábitos, custa e até causa sofrimento, o sofrimento da ressaca de quem já está a viver uma embriaguez longa de mais.
Eu acredito na existência do mal e do mal inteligente e personificado. Nas Igrejas Cristãs esse mal personificado tem um nome Satanás, Diabo, Lucífer, etc...
Os ateus rasgam as vestes e dizem que tal é ridículo, mas olhemos para o mundo, vejam-se as folhas dos jornais, a forma como renasce um conflito sangrento, quando outro já tinha sido controlado ou, nem é preciso ir mais longe, olhemos para nós próprios, para o fundo do nosso interior.
As mais graves e chocantes são as que me fazem confrontar com pessoas que há meses ou anos atrás viviam uma vida praticamente normal, integradas na sociedade.
Essas pessoas vão progressivamente afastando-se de influências positivas e formativas e vão progressivamente aprofundando as más companhias, as más influências e sobretudo com a repetição de certos maus hábitos, a sua própria personalidade vai sofrendo alterações ao ponto de mais tarde o seu carácter se tornar praticamente irreconhecível, de tão desfigurado que está.
E, assim, o mal toma forma, ganha expressão, traduz-se na prática de crimes.
Pode-se culpar o ambiente familiar, económico e social como meio propício para a criação de monstros sociais, futuros criminosos, mas há sempre um quota parte em que a responsabilidade é nossa, pessoal, livre e consciente.
Lembrei-me deste artigo da Fernanda Câncio (dos raros em que concordo com ela, diga-se) e lembrei-me também de Anakin Skywalker que começou numa criança delicodoce para se transformar, por fim, no terrível Darth Vader.
E é isso que assusta, que Anakin foi-se passando progressivamente para o lado negro da força, através da cedência em pequenos pormenores, onde a generosidade e a bondade íam, a pouco e pouco, soçobrando perante a ânsia de afirmação e de auto-satisfação.
E, por outro lado, a resistência às influências positivas como forma de garantir o espaço para a auto-afirmação.
O passo final é a cegueira, a perda do critério de distinção entre o bem e o mal e, por fim, nos nossos dias, esse mal traduz-se habitualmente na prática dos chamados comportamentos obssessivo-compulsivos que são vícios que escravizam e degradam a pessoa humana obrigando-a a repetir obstinadamente os mesmos maus hábitos sem olhar a meios, nem ao mal que se causa a outros e ao próprio.
Ninguém está isento deste risco. Enquanto vivermos seremos sempre capazes do pior e do melhor.
No espaço de 1 semana fiquei em estado de choque ao saber de 2 casos de pessoas integradas na sociedade e até com algum prestígio social e profissional que, de repente, saltaram para a sarjeta mais profunda e nauseabunda.
A vida constrói-se no dia a dia e, por mais que isso seja politicamente incorrecto, a virtude da temperança é das mais importantes (já o ensinava Aristóteles ao seu filho Nicómaco, há milhares de anos atrás) para evitar este tipo de contaminações a que me referi.
Ter os nossos monstrinhos bem presos no fundo das nossas masmorras interiores e compensar o mal com a abundância de bem é o antídoto nem sempre fácil de tomar. Falta, muitas vezes, coragem e mudar de maus hábitos, custa e até causa sofrimento, o sofrimento da ressaca de quem já está a viver uma embriaguez longa de mais.
Eu acredito na existência do mal e do mal inteligente e personificado. Nas Igrejas Cristãs esse mal personificado tem um nome Satanás, Diabo, Lucífer, etc...
Os ateus rasgam as vestes e dizem que tal é ridículo, mas olhemos para o mundo, vejam-se as folhas dos jornais, a forma como renasce um conflito sangrento, quando outro já tinha sido controlado ou, nem é preciso ir mais longe, olhemos para nós próprios, para o fundo do nosso interior.
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