Talvez por não se conhecerem os dados estatísticos, e portanto sem má vontade, estão a aparecer na Imprensa muitos artigos de protesto contra o Presidente do Instituto Português do Sangue, por o Instituto não aceitar dadores homossexuais.
A convergência deste ataque pessoal já despertou certamente a sensibilidade democrática de muitos leitores, que reagem, incomodados, quando pressentem manipulação, por trás das opiniões concertadas. Este caso já foi longe demais e urge esclarecê-lo. Talvez tenha havido simples precipitação, sem desejo de enganar, mas um equívoco em questões tão importantes não pode eternizar-se sem uma informação mais correcta.
A confusão começou por não se terem divulgado devidamente os dados alarmantes da incidência de Sida e de outras doenças sexualmente transmissíveis entre os homossexuais portugueses. Admito que a intenção nasceu de um gesto de simpatia para com eles, mas o resultado de omitir esta informação não ajudou ninguém e ameaça inquinar as decisões médicas com critérios ideológicos.
A maioria dos cidadãos que queira consultar os relatórios sobre a Sida que mencionam a homossexualidade não os encontra disponíveis. Quem lida melhor com a informação estrangeira, descobre elementos que relacionam inequivocamente as doenças sexualmente transmissíveis com as práticas homossexuais e é levado naturalmente a pensar que o nosso País não será excepção. Mas, pelos vistos, as pessoas não estão despertas para o assunto e pronunciam-se sem fazerem a pesquisa.
Apesar de todo o pudor em falar destas coisas, há um dado que passou incólume o crivo da boa educação portuguesa: ano após ano, o Instituto Nacional de Estatística continua a publicar o número de casos de Sida entre homens e mulheres. Ano após ano, continua a haver em Portugal seis vezes mais homens com Sida do que mulheres. Isto não é um caso de saúde? Ninguém se preocupa com este facto? Preocupam-se mais em descolar os homossexuais portugueses da Sida, na Opinião Pública, em vez de os ajudar na realidade?
Sabe-se que, se se conseguisse dominar a propagação da Sida entre os homens, o número de ocorrências entre as mulheres praticamente desapareceria, porque a maioria das mulheres que estão infectadas foram contagiadas por homens, os quais constituem 80 a 90% da população infectada com este vírus.
O vírus da Sida não é o único que se transmite sobretudo por via sexual, nem é o que mais vítimas ocasiona, mas tem a característica (comum a alguns outros) de se poder contagiar através do sangue. Não é razoável fechar os olhos à realidade, em nome de preceitos ideológicos.
Não desejamos o contágio deste vírus a ninguém, e esforçamo-nos por não ofender a sensibilidade de quem quer que seja, mas a politiquice está a chegar a um nível inaceitável, em que interfere gravemente com decisões profissionais.
Não conheço o Presidente do Instituto do Sangue. Nunca o vi, nem ouvi e ignoro completamente o seu quadrante partidário ou as suas preferências ideológicas. Sei apenas uma coisa: estou-lhe grato pela coragem de enfrentar mais esta possidoneira politicamente correcta. E está de parabéns pela boa educação ― que faltou aos que o atacaram ―, pois verifico, pelo que acompanho na Imprensa, que manteve a calma.
José Maria C. S. André
(da Direcção da Federação Portuguesa pela Vida, Prof. do IST)
Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
POR QUE HÁ SEIS VEZES MAIS HOMENS COM SIDA, DO QUE MULHERES?
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