sábado, 18 de outubro de 2014

A luz que de noite resplandece





A declaração final de hoje do Sínodo Extraordinário dos Bispos mais parece um poema do que uma proclamação de dogmas ou teorias.

 Gostei, em particular, deste excerto:

«Existe, contudo, também a luz que de noite resplandece atrás das janelas nas casas das cidades, nas modestas residências de periferia ou nos povoados e até mesmos nas cabanas: ela brilha e aquece os corpos e almas.
Esta luz, na vida nupcial dos cônjuges, acende-se com o encontro: é um dom, uma graça que se exp...ressa – como diz o Livro do Génesis (2,18) – quando os dois vultos estão um diante o outro, numa “ajuda correspondente”, isto é, igual e recíproca.
O amor do homem e da mulher ensina-nos que cada um dos dois tem necessidade do outro para ser si mesmo, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua identidade, que se abre e se revela no dom mútuo.
É isto que manifesta em modo sugestivo a mulher do Cântico dos Cânticos: “O meu amado é para mim e eu sou sua...eu sou do meu amado e meu amado é meu”, (Cnt 2,16; 6,3).»

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