sábado, 22 de março de 2008

Mais uma a favor das escolas privadas


Tenho muita pena de dizer isto mas um dos motivos que me faz afastar das escolas públicas é também a falta de selecção quer dos alunos, quer dos professores.


A experiência que tenho, por pessoas que me são próximas e que têm os filhos em escolas públicas ou, digamos, mais generalistas é que os seus filhos são mais violentos, dizem mais palavrões e têm comportamentos mais indisciplinados e heterodoxos.


Isso acontece, muitas vezes, por motivos de sobrevivência, por um lado, pois num ambiente mais violento tem que se ser mais violento, mas também pelo efeito contágio.


No infantário privado onde o meu filho mais velho anda, na sua sala, em cerca de 20 e tal alunos, há 1 que, por sinal, vem de um estrato social mais baixo, que é o mais rebelde e mal educado.

Porém, isto não me choca. Não acho mal que numa maioria de gente mais educada esteja uma criança mais rebelde e desestabilizadora, desde que os outros, com o auxílio das educadoras, consigam anular e, se possível, reeducar o tal indisciplinado.


Não podemos querer, nem permitir que os nossos filhos vivam numa redoma de vidro e sejam sempre umas águinhas sem sal.


Ainda assim, o que mais me agrada numa escola privada é a possibilidade de selecção, embora, como disse no parágrafo anterior, essa selecção deve ser sempre condimentada com um ou outra excepção até para que os bem comportados saibam que o mundo não é só rosas e que há gente mais conflituosa e até mais maldosa.


Choca-me a possibilidade que tenho de pôr o meu filho num infantário onde os miúdos são, em geral, bem educados e pouco violentos e outras pessoas, porventura com menores recursos, não o possam igualmente fazer.

Essas pessoas têm que colocar os seus filhos em sítios onde, se pudessem, nunca os colocariam.

Isso é chocante.


Quanto aos tais rebeldes, frutos também eles de famílias de baixa educação ou integração social, devem ser acompanhados de forma especial, com outros métodos e até eventualmente com outros programas, tais como, aliás, já acontece hoje com os chamados curriculos alternativos.

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