Nos Prós e Contras de ontem, quando confrontado pelo Pedro Pestana Bastos sobre o seu próprio conceito de "Referendo", Paulo Côrte Real, presidente do ILGA, contra-argumentou que obviamente que o referendo não deve ser aplicado à questão dos direitos das minorias, sob pena de se cair no totalitarismo das maiorias sobre as minorias.
Acho piada que esse argumento seja utilizado agora e que o seu autor nada tenha dito sobre a mesma matéria, a propósito do último referendo sobre o aborto.
É que há que não esquecer que os fetos ou nascituros são também eles uma minoria em face da maioria dos que já nasceram, com a agravante de serem uma minoria vulnerável e indefesa. Entre esta minoria dos nascituros, ao contrário do que acontece com os membros do lobby gay, não existem professores universitários, não existem deputados, não existem jornalistas a escrever em colunas de opinião de jornais diários, não existem bloggers a escrever em blogs a favor das suas causas, não existe ninguém a organizar prémios "Arco-Íris" a favor de quem se tenha destacado pelo apoio aos nascituros, etc.etc.
Assim se vê, o medo que a causa gay tem do referendo. De facto, as pessoas sabem bem que os homossexuais e a homossexualidade é algo de diferente da heterossexualidade, de diferente e de excepcional. Como tal, o que é diferente e excepcional, há-de ter também um tratamento e um regime jurídico diferente e excepcional. Há que não esquecer que não se pode, nem se deve tratar de forma igual, aquilo que é desigual; deve-se, antes, tratar de forma desigual àquilo que é desigual.
Por este motivo, sou contra o casamento homossexual e a favor do referendo e, por isso, também aceitei ser um dos subscritores da petição a favor do referendo.
Acho piada que esse argumento seja utilizado agora e que o seu autor nada tenha dito sobre a mesma matéria, a propósito do último referendo sobre o aborto.
É que há que não esquecer que os fetos ou nascituros são também eles uma minoria em face da maioria dos que já nasceram, com a agravante de serem uma minoria vulnerável e indefesa. Entre esta minoria dos nascituros, ao contrário do que acontece com os membros do lobby gay, não existem professores universitários, não existem deputados, não existem jornalistas a escrever em colunas de opinião de jornais diários, não existem bloggers a escrever em blogs a favor das suas causas, não existe ninguém a organizar prémios "Arco-Íris" a favor de quem se tenha destacado pelo apoio aos nascituros, etc.etc.
Assim se vê, o medo que a causa gay tem do referendo. De facto, as pessoas sabem bem que os homossexuais e a homossexualidade é algo de diferente da heterossexualidade, de diferente e de excepcional. Como tal, o que é diferente e excepcional, há-de ter também um tratamento e um regime jurídico diferente e excepcional. Há que não esquecer que não se pode, nem se deve tratar de forma igual, aquilo que é desigual; deve-se, antes, tratar de forma desigual àquilo que é desigual.
Por este motivo, sou contra o casamento homossexual e a favor do referendo e, por isso, também aceitei ser um dos subscritores da petição a favor do referendo.
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