Voltámos à política dos pequeninos.
Afinal, por detrás de um Passos Coelho e de um Paulo Portas, lá no fundo, lá no fundo há sempre um...Sócrates.
Passos Coelho não hesitou em anunciar medidas como se fosse o Rei Sol, eu quero, posso e mando. Esqueceu-se que o povo está em carne viva, esqueceu-se que o povo está mal habituado e ainda vive dormente e em ressaca pela febre consumista do último decénio, esqueceu-se que o povo é sensível, esqueceu-se que há gente, neste momento, a passar muito mal.
As medidas até poderiam ser as mesmas mas teriam que estar amparadas num diálogo social que foi cortado logo à cabeça, ainda que, no final, a decisão fosse a inicialmente adoptada.
Paulos Portas faz o seu joguinho e o joguinho do seu partido, com um pé dentro e outra fora. Um pé dentro porque lhe sabe bem ter os seus "boys" alimentados e nos vários cargos de assessores e demais tachos. Com um pé fora porque se a coisa correr mal, sempre pode saltar e dizer que até nem concordava nada com as politicas do governo de que fazia parte.
A política no seu mais baixo nível. A "porca" de que falava Ramalho Ortigão. A "garotada" como lhe chama Medina Carreira. A podridão das moscas que mudam para que o resto fique todo na mesma.
Na Europa passa-se o mesmo, cada um a fazer pela sua vidinha.
Este sistema está caduco. Esta Constituição deixou de servir. Estes protagonistas não servem.
2 comentários:
Concordo plenamente!
A primeira medida deveria ser acabar com os recibos verdes das profissões liberais. Essa gente parasita que rouba ao estado e aos contribuintes e que é responsável, em grande parte, pela economia paralela existente neste país. Se todos pagássem o que devessem, não estariamos nesta situação vergonhosa e poderíamos continuar a viver o devaneio do consumismo e dos maus hábitos!
É precisamente a ineficácia do sistema fiscal que nos levou a esta bancarrota sem falar no desposismo dos vários governos eleitos no passado que também contribuíram com despesas desnecessárias e despropocionadas para encher os bolsos a meia dúzia de "amigos".
Carlos.
A economia paralela tem muito mais a ver com as facturas falsas. Isso mesmo foi referido por um especialista que estuda este fenómeno.
Com os recibos eletrónicos as profissões liberais passaram a estar mais vigiadas e no caso dos advogados a inspecção tem vindo a funcionar de forma cada vez mais eficaz. Por esse lado, penso que mais cedo ou mais tarde haverá uma economia paralela cada vez mais residual.
Com o reforço do número de inspectores é suposto que, a pouco e pouco, a fuga aos impostos das profissões liberais vá desaparecendo. Mas faltam ainda as oficinas, os restaurantes, as pastelarias e até as bombas de gasolina, entre muitas outras...
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