terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Sarkozy inesperado


O discurso de Sarkozy no Vaticano há poucos dias atrás foi verdadeiramente notável.
Aí, Sarkozy, obviamente com um certo cinismo próprio dos políticos, mas também com alguma dose de sinceridade (quero eu acreditar) preconizou uma laicidade positiva que, salvaguardando a separação entre Igreja e o Estado e a liberdade de opção religiosa (incluindo o direito ao ateísmo), deve promover e nunca combater as raízes cristãs da França.



Via corta-fitas, aqui fica um excerto de um discurso bom demais para ser verdade:



Um homem que crê é um homem que espera. E o interesse da República é que haja muitos homens e mulheres que esperam"."

Se existe incontestavelmente uma moral humana independente da moral religiosa, a República tem interesse em que exista também uma moral inspirada em convicções religiosas".

"Uma moral desprovida de laços com o transcendente está mais exposta às contingências históricas e ao facilitismo".

(...)

"O perigo reside no facto da ética não ser mais uma tentativa de fazer o que se deve fazer, mas apenas o de fazer o que se pode fazer

(...)

A França tem necessidade de católicos convictos que não receiem afirmar aquilo que são e aquilo em que crêem"

A França necessita católicos felizes que testemunhem a sua esperança.






Quem quiser, vale a pena ler aqui ou ouver aqui o discurso (sobretudo a 2ª parte) que é, de facto, excelente.

Sem comentários: