A Palmira Silva repetiu aqui os argumentos já anteriormente defendidos durante a campanha para o último referendo, alegando que todas as mulheres são pessoas inteligentes, livres, conscientes e esclarecidas.
Pelo que, concluí, não é verdade que as mulheres sejam todas umas "coitadinhas inconscientes e acéfalas, incapazes de tomar uma decisão autónoma e responsável" que é (diga-se) a decisão de terminar por mera opção com a vida de um ser vivo em gestação que se encontra no seu próprio ventre.
Com todo o respeito que me merece a Palmira Silva, eu não acredito na perfeição, nem na excelência das decisões autónomas, nem muito menos responsáveis quer de homens, quer de mulheres.
Trata-se de algo que vivencio na minha própria experiência pessoal, com as pessoas com quem lido diariamente na família, no trabalho, etc...
Todos nós cometemos diariamente decisões que, embora numa primeira abordagem nos tenham parecido correctas, vamos, mais tarde, a considerar como precipitadas ou inoportunas.
É curioso que a Palmira critique a posição do Senhor Presidente da República que, há tempos atrás, foi muito criticado pela expressão arrogante do "eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas".
Pois bem, ironicamente parece que a Palmira está a defender a mesma coisa ao defender que a mulher não necessita de ser melhor esclarecida sobre a sua decisão de abortar por mera opção porque certamente "nunca se enganará e raramente terá dúvidas".
O que é certo é que sabemos bem que muitos abortos só são decididos, por mera opção, na forma e não no contéudo. Muitos abortos são o resultado da pressão de companheiros, pais ou até patrões.
Por isso, se há pessoas mais pressionadas ou abandonadas, são as mulheres que pretendem abortar.
Por outro lado, situações como esta ou esta ou esta mostram bem que tenho razão no que digo.
Aliás, nem é preciso ir mais longe, uma das considerações que, de forma mais frequente, é feita por responsáveis na área da saúde (alguns inclusive adeptos do sim no último referendo) é precisamente as lacunas que existem da parte da mulher e do casal relativamente ao uso de métodos eficazes de planeamento familiar.
Agora, como é que uma mulher que não usa porque não sabe ou não lhe dão acesso a um método de planeamento familiar, pode, em bom rigor, "tomar uma decisão autónoma e responsável" ????
Pelo que, concluí, não é verdade que as mulheres sejam todas umas "coitadinhas inconscientes e acéfalas, incapazes de tomar uma decisão autónoma e responsável" que é (diga-se) a decisão de terminar por mera opção com a vida de um ser vivo em gestação que se encontra no seu próprio ventre.
Com todo o respeito que me merece a Palmira Silva, eu não acredito na perfeição, nem na excelência das decisões autónomas, nem muito menos responsáveis quer de homens, quer de mulheres.
Trata-se de algo que vivencio na minha própria experiência pessoal, com as pessoas com quem lido diariamente na família, no trabalho, etc...
Todos nós cometemos diariamente decisões que, embora numa primeira abordagem nos tenham parecido correctas, vamos, mais tarde, a considerar como precipitadas ou inoportunas.
É curioso que a Palmira critique a posição do Senhor Presidente da República que, há tempos atrás, foi muito criticado pela expressão arrogante do "eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas".
Pois bem, ironicamente parece que a Palmira está a defender a mesma coisa ao defender que a mulher não necessita de ser melhor esclarecida sobre a sua decisão de abortar por mera opção porque certamente "nunca se enganará e raramente terá dúvidas".
O que é certo é que sabemos bem que muitos abortos só são decididos, por mera opção, na forma e não no contéudo. Muitos abortos são o resultado da pressão de companheiros, pais ou até patrões.
Por isso, se há pessoas mais pressionadas ou abandonadas, são as mulheres que pretendem abortar.
Por outro lado, situações como esta ou esta ou esta mostram bem que tenho razão no que digo.
Aliás, nem é preciso ir mais longe, uma das considerações que, de forma mais frequente, é feita por responsáveis na área da saúde (alguns inclusive adeptos do sim no último referendo) é precisamente as lacunas que existem da parte da mulher e do casal relativamente ao uso de métodos eficazes de planeamento familiar.
Agora, como é que uma mulher que não usa porque não sabe ou não lhe dão acesso a um método de planeamento familiar, pode, em bom rigor, "tomar uma decisão autónoma e responsável" ????
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