Gostei de ouvir hoje o Júlio Machado Vaz no programa da Antena 1 "O amor é", a propósito dos casos de pedofilia de alguns padres da Igreja Católica.
Dizia ele que é um perfeito disparate afirmar que a culpa destes casos de pedofilia radicam no celibato forçado dos padres católicos.
As disfunções sexuais e, em particular, que levam à pedofilia tanto podem acontecer em casados, como em celibatários, referia.
E para ilustrar a sua teoria, deu o exemplo do recente violador de Telheiras que, apesar de ter uma namorada e (tudo o indica) uma vida sexualmente activa, ainda assim, violava outras mulheres.
Se existisse um sistema de vasos comunicantes, rematava, um homem com uma parceira sexual necessariamente sentir-se-ía sempre satisfeito ao ponto de não cometer excessos em matéria sexual.
Mas não é isso que acontece.
Tenho para mim que os casos de padres pedófilos está, antes, relacionado com pessoas que, na realidade, ou não têm vocação sacerdotal ou se a têm, não interiorizaram suficientemente as obrigações decorrentes dessa vocação.
E aqui a Igreja pode ser também responsável pela falta de acompanhamento, quando não mesmo total abandono, a que vota muitos padres, sobretudo, diocesanos.
E todos necessitamos de orientação e direcção, por mais intelectualmente arrogantes que possamos ser.
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