Na internet portuguesa, existem já vários motores de pesquisa de registos e arquivos históricos que são autenticas máquinas do tempo.
Através dessas máquinas, podemos viajar, com exactidão até tempos idos e todos os mortos dessa época como que ressuscitam, ganham de novo vida, cor e movimento e podem-se encontrar coisas muito curiosas sobre a nossa vida como povo, em geral, e sobre os nossos antepassados, em particular.
Ainda falta digitalizar muita coisa, mas, qualquer dia, sem sair de casa, conseguiremos todos reconstruir a árvore geneológica de cada um.
Destaco aqui alguns desses portais do tempo:
Arquivo parlamentar audiovisual, contendo ficheiros, que se podem descarregar para o nosso PC, com as intervenções de todos os deputados desde 1997 até hoje.
Torre do Tombo on line, contendo os principais documentos que fizeram a história de Portugal.
Portal Português dos Arquivos, contendo um motor de busca que faz uma pesquisa transversal sobre as bases de dados de todos os arquivos distritais. Infelizmente, a maior parte do material disponível ainda não está digitalizado.
Motor de busca da AR sobre actividade parlamentar que permite fazer buscas, desde 1820 até aos nossos dias, sobre a actividade parlamentar, com a vantagem da esmagadora maioria das actas e registos estarem dactilografados o que permite uma leitura mais fácil e acessível.
Motor de busca dos arquivos municipais de Lisboa, contendo extensa documentação escrita e fotográfica sobre Lisboa
P.S.- Uma curiosidade. Com estes motores, fiquei a saber que o bisavô da minha mulher, em 1920, intentou uma acção judicial para anulação de um testamento .
2 comentários:
Só mesmo para dar conta que digitalizar com critérios rigorosos a documentação de arquivo envolve muito mais do que ter um scanner doméstico. Para além da exigência de um scanner de área do tipo planetário (estamos a falar de livros muito antigos em que não queremos danificar as lombadas e outra documentação com variados formatos), implicava ter pessoal experiente e conhecedor da área e que esse pessoal tivesse essa como única tarefa (e mais nenhuma). Como se vê o processo é lento, a documentação de que fala são milhares de kms lineares e nos arquivos distritais trabalham em média entre 6 a 10 pessoas, que têm variadíssimas tarefas. Além disso e acima de tudo o que ficou dito, os Arquivos Distritais são unidades orgânicas dependentes da Direcção Geral de Arquivos que depende do Ministério da Cultura, que como se sabe não chega a 1% do Orçamento Geral do Estado. Digitalizar sim, mas com critério, porque os recursos são paupérrimos...
Pois, isso complica muito as coisas.
Mas, e por exemplo, se uma pessoa quisesse ter acesso a um determinado documento e que lhe fosse digitalizado e enviado por e-mail para sua casa, seria justo que tivesse que pagar algo por esse serviço.
Nesse caso, poderia ser uma fonte extraordinária de receitas que tornasse mais viável essa digitalização ?
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