quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Morrer de pé como as árvores

No fim da vida, o meu avô dizia a todos que gostaria de morrer como as árvores, isto é , de pé, no activo, a trabalhar nos seus projectos pessoais, profissionais e cívicos.
Ainda há cerca de 1 ano atrás, enalteci aqui o discurso do prof. Ernani Lopes, na apresentação do seu último livro.
Aí ele deixou como que um testamento ao nosso país e falou de forma destemida sobre o passado, o presente e o futuro do nosso país.
Enfrentou a doença fatal com coragem, mantendo-se firme na sua actividade profissional e cívica.
O seu curriculum mostra que, além da sua competência e experiência profissional, era um homem de grande integridade ética e de uma enorme categoria e classe humana.
O seu estilo refinado e elegante, mas, em simultâneo, frontal e directo, sobretudo agora no fim da vida, servem de paradigma e modelo para o presente e o futuro.
Numa altura em que o oportunismo , o calculismo e o chico-espertismo imperam, eis que fica este exemplo de um homem de têmpera e de grande nível intelectual e ético.

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