Tenho feito alguma busca sobre ex-nazis que chegaram vivos ao final do século XX e constato que, embora, em determinados momentos os mesmos tenham justificado o que fizeram, alegando estarem apenas a cumprir ordens e estarem inseridos num sistema político a que eram alheios, o que é certo é que, quase todos, em momentos de desabafo reiteraram o seu fanatismo político e ideológico.
Mengele, nos anos 70, reitera perante o seu filho que o visitou no Brasil o seu anti-semitismo e a sua ausência de arrependimento relativamente a tudo o que fizera.
Hanna Reitsch, a mulher piloto que se ofereceu para o suicídio ao lado de Hitler, na sua última entrevista, em finais dos anos 70, confessa ainda usar a cruz de ferro cravejada de diamantes que Hitler lhe tinha dado e faz críticas violentas à Alemanha hodierna.
Erich Priebk, até então refugiado na Argentina, nos anos 90, sente-se à vontade para, numa entrevista a um jornalista americano que o encontrou, apelidar de "terroristas" as crianças e adultos que enviou para os campos de concentração.
E, Remer que foi o responsável pelo fracasso da tentativa de golpe de Estado contra Hitler, em 1944, numa entrevista concedida no final dos anos 90, repete a cassete anti-semita.
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