segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A originalidade dos cristãos novos

Uma das coisas que mais aprecio em muitos dos "cristãos novos", isto é, pessoas que se converteram ou reconverteram tardiamente ao cristianismo reside na originalidade com que vêem os fundamentos desta religião.

Se olharmos para pessoas como C.S.Lewis, Chesterton, Cardeal Newman (no Reino Unido) ou actualmente Zita Seabra, António Pinto Leite ou Luis Miguel Cintra, constatamos que, sem afectarem a ortodoxia da espinha dorsal do Cristianismo, "reinventam-no" e "reinterpretam-no" em novos moldes originais, criativos, abrindo novas perspectivas e acendendo novas luzes àquilo que, por vezes, pode parecer caduco, velho e ultrapassado.

No caso particular, de Luis Miguel Cintra, não é só a sua visão pessoal da Bíblia e de alguns livros sagradas, uma visão enriquecida pela sua sensibilidade artística, e que se pode ler aqui.

No caso de Luis Miguel Cintra, basta tão somente que se limite a ler a própria Bíblia para que o simples som que ecoa da sua boca soe já a original, novo e diferente por mais chato ou "secante" que a letra do texto possa, à partida, parecer.

Vejam lá se não tenho razão:



Luís Miguel Cintra lê o Livro do Apocalipse from Pastoral da Cultura on Vimeo.

2 comentários:

Luís Cardoso disse...

Prezado MRC,
permita-me que expresse a minha insatisfação com um conceito que usou nesta entrada: "conversão tardia" é um oxímoro: a única conversão tardia é a que não chega a ocorrer.
Cumprimentos,

MRC disse...

Olá Luis
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Não pretendi ser mal intencionado no conceito de "conversão tardia". Aliás, mesmo para os já convertidos, existem sempre momentos de reconversão e renovação.
A questão do "tempo" acaba por ser relativa, como o próprio Santo Agostinho referiu- Ele próprio, uma conversão tardia.
E o Evangelho também nos dá um belo exemplo com a conversão do bom ladrão.
Cpts
Miguel