Diz quem viu os 3 Toy Stories que este 3º e último é, de longe, o melhor desta saga.
Melhor não só pela qualidade da animação e dos efeitos especiais, mas melhor sobretudo pela riqueza do seu argumento e pela maior densidade psicológica das personagens, incluindo do vilão, um aparentemente inofensivo ursinho de peluche.
A questão é esta: Andy, o dono dos brinquedos cresceu, prepara-se para ir à Universidade e tem que tomar uma decisão sobre o destino dos seus brinquedos de criança.
O filme começa com um feed-back. Somos transportados para o mundo da imaginação de Andy, enquanto criança, e mergulhamos num mundo de fantasia, suspense e muita, muita acção que têm como protagonistas principais os seus brinquedos e a enorme criatividade da sua cabeça.
Estudos confirmam que o principal e mais importante trabalho das crianças é...brincar.
Ao brincar, a criança desenvolve competências, estimula a imaginação, a criatividade, mas também a capacidade de abstração e de criação de histórias, enredos e narrativas.
Embora haja quem diga que os jogos de computador também podem ser intelectualmente enriquecedores, nada será melhor para uma criança do que ter 2 ou 3 brinquedos à frente e inventar ex nihilo uma história igual àquela que o Andy inventou no início desta 2ª sequela do Toy Story.
No final, antes de entrar para o carro que o levará para a Universidade e posteriormente para a entrada no mercado de trabalho, Andy acena e agradece aos brinquedos da sua vida.
Na realidade, foi por eles e com eles que Andy conseguiu crescer e chegar à Universidade.
O filme enaltece igualmente a importância da familia, da amizade e da solidariedade, mesmo para com os que nos querem mal, bem como o valor do casamento bissexual e da fidelidade conjugal, através dos vários "gags" da senhora e do senhor batata.
Destaco também dois momentos particularmente hilariantes: Um, quando o BuzzLightyear acidentalmente fica com a fala castelhana e o outro, as relações tensas, meio patéticas, mas no final bem sucedidas, entre a boneca Barbie e o boneco Ken.
A este propósito, via o blogue Educação + Media, encontrei este vídeo que também fala sobre a importância do brincar e de nós, pais, arranjarmos tempo para poder brincarcom eles.
Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
sábado, 23 de outubro de 2010
Toy story 3
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