Medina Carreira hoje, na SIC, voltou a bater nas mesmas duas teclas que tem vindo, desde há meses a fios a bater: - A necessidade de responsabilização criminal dos dirigentes políticos. - A constatação de que o regime democrático está associado necessariamente ao despesismo estatal e ao aumento significativo do déficit público (A este último propósito, aliás, mostrou um gráfico com os valores do déficit, desde 1840, época do início da monarquia parlamentar, no qual o único período de menor déficit coincidiu com o período da ditadura do Estado Novo). Aqui, já o professor José Ferreira Machado tinha associado o período eleitoral ao aumento da despesa pública. Medina Carreira vai mais longe e diz que é o próprio regime democrático que, em Portugal, está associado ao aumento da dívida pública. A questão é esta: O eleitorado e as clientelas políticas têm de se alimentadas e só o podem ser através do recurso à despesa pública. No meio de tudo isto, só vejo uma pessoa a falar sobre a necessidade de mudar o regime político e essa pessoa é RUI RIO: "Portugal está doente mas é o próprio regime democrático que está doente", disse. "Não conseguiremos seguramente melhorar o regime democrático e melhorar a situação do pais se nós não tivermos um poder politico credível e forte e aquilo que nós temos, realmente, é um poder politico desacreditado e um poder politico fraco", acrescentou Rui Rio. "Quando digo poder político não estou a dizer os políticos ou as pessoas porque se o problema fosse mesmo das pessoas, troca-se as pessoas e tudo fica bem mas as pessoas já se trocaram muitas vezes ao longo de muitos anos, o problema, infelizmente, é muito mais de fundo", realçou. (Fonte: Jornal de Notícias)
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