domingo, 14 de dezembro de 2008

Piscinas Municipais




A recente inauguração das piscinas municipais de S.Brás de Alportel vieram preencher uma lacuna e responder a uma necessidade premente do nosso concelho. Já há uns tempos atrás tive oportunidade de escrever nesta coluna que, na nossa vila, o elemento “água” encontrava-se pura e simplesmente ausente.
Agora, gostaria de dar um pequeno contributo através do testemunho que tem sido para mim a experiência de utente e de pai de um utente das piscinas municipais de Faro. Espero, desta forma, poder alertar os responsáveis para certas situações, de forma a atenuar ou prevenir certos males e potenciar as virtualidades do uso de uma pisicina municipal.Para isso, para além do necessário apoio administrativo na gestão das listas de espera, pagamento de mensalidades, etc..destaco 4 items que considero muito importantes: manutenção, segurança, higiene e qualidade de ensino.
Uma pisicina municipal que é utilizada por dezenas de pessoas diariamente, exige necessariamente uma manutenção que se deve pautar pelo cuidado, rapidez e eficiência. E isto não só no que diz respeito à manutenção da piscina em si, mas também de tudo o que lhe está subjacente, nomeadamente ao nível dos balneários, qualidade do piso, funcionamento dos secadores de cabelo, das torneiras e dos ralos de escoamento de água, da canalização em geral, da parte eléctrica e esgotos, dos aquecedores de ambiente, das fechaduras dos cacifos, etc...
Também a higiene numa piscina é algo de fundamental. Em Faro, por exemplo, os balneários e respectivas casas de banho são limpos e desinfectados várias vezes ao dia, com muito curto intervalo entre si, incluindo lavagem de chão e azulejos. Com muita frequência, quando se entram nos balneários, sente-se o cheiro a limpo. A questão é relevante se levarmos em consideração que uma má limpeza, por exemplo, do piso do chuveiro poderá implicar a transmissão de doenças do foro dermatológico. Em concreto, quanto à piscina há que ser rigoroso e exigente. Qualquer situação de defecação que, por exemplo, pode suceder no caso de bébés incontinentes ou de vómitos causados, por exemplo, por qualquer paragem na digestão, deve levar ao imediato encerramento das piscinas e anulação das aulas de natação, com vista ao respectivo esvaziamento, limpeza e reenchimento da piscina.
Uma das outras grandes virtudes das piscinas de Faro reside na enorme sensação de segurança que se inspira motivada pela permanente presença de 2 ou mesmo 3 nadadores-salvadores que, de forma muita atenta e diligente, acompanham todos os passos dos nadadores, com especial destaque para as crianças.
Por outro lado, as câmaras de video, nos locais onde legalmente tal é possível e os avisos escritos com informações relativas a segurança e higiene devem ser outra das formas de apoio e sensibilização dos utentes.
Por fim, é importante destacar a excelência no ensino. As piscinas municipais de Faro são conhecidas pela qualidade dos professores de natação e do respectivo ensino. Hoje em dia, ser professor implica, mais do que uma relação de mero exercício de autoridade e transmissão de conhecimentos, a criação de uma relação de afectividade. Este ponto é particularmente importante no caso das crianças que estão a iniciar as suas aulas pela primeira vez,. A integração no grupo, o pôr o aluno à vontade, a habituação ao professor encontrar-se-ão facilitadas se este, para além da qualidade do que ensina, promover uma cumplicidade com os alunos, ao ponto desse tempo de aula poder ser para, para todos, uma ocasião de prazer e divertimento.
As piscinas municipais de Faro têm ainda uma comissão de utentes particularmente activa e reivindicativa que tem como objectivo estudar e promover, de forma construtiva, uma cada vez maior qualidade dos serviços prestados.
Espero e faço sinceros votos para que a referência de Faro e de outras piscinas municipais possa servir de inspiração para que, no futuro, as de S.Brás sejam as nº1 em tudo que em cima referi.
Artigo publicado na edição de Dezembro do "Notícias de S.Brás"

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