Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
domingo, 8 de abril de 2007
Cormarc Murphy O'connor
Excelente a entrevista que o Cardeal Inglês Cormarc Murphy O'Connor deu, em Domingo de Páscoa, ao programa "Have your say" da BBC World. Sem nunca se intimidar com as perguntas feitas quer pela jornalista, quer directamente pelos telespectadores ao telefone, transmitiu a posição da Igreja Católica sobre assuntos habitualmente delicados.
Ao contrário de outros responsáveis eclesiásticos da Igreja Católica, não sentiu a necessidade de fazer favor à jornalista e dar uma ideia de "progressista" e "moderno" para poder agradar à comunicação social.
É uma pena ver pessoas que deveriam defender a Igreja, serem as primeiras a soçobrar perante a pressão dos media, dizendo, inclusive, coisas que, na realidade, nem acreditam, só para não ficaram "mal vistos".
Por outro lado, o Catolicismo Inglês sempre me atraiu por, mantendo a sua natural ortodoxia, ser tão original e autêntico.
Lembro-me, em particular, de um S. Thomas More, de um J.R.Tolkien, de um Chesterton, do grande Cardeal Newman ou até mesmo de um Graham Green. Todos eles fazem-nos ver o catolicismo com uma nova luz e originalidade.
Em especial, tenho um particular apreço pelo Senhor Cardeal Cormarc Murphy O'Connor pela sua simpatia, mas sobrtudo pela autenticidade e sinceridade da sua pessoa e das suas palavras. Felizmente, faz parte de uma nova leva de Cardeais e Bispos que se preocupam com o "tu-a-tu", numa linha desde cedo seguida pelo saudoso Karol Wojtla. Achei engraçado o diálogo que se criou directamente ente o Senhor Cardeal e uma telespectadora de nome Louise que dizia, orgulhosa, não acreditar em Deus. Foi extraordinária a forma carinhosa como falou, a preocupação em dar seguimento, em privado, a essa conversa e sobretudo como, numa sociedade iminentemente pragmática, quis demonstrar que a existência de Deus se faz na prática.
Que bom é ver que, de um panorama, infelizmente nem sempre positivo, ainda encontramos estas pedras preciosas dentro deste tesouro imenso que é a nossa Mãe, a Igreja.
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