Brasil, Angola, Moçambique, Congo, Cabo Verde, India, Japão, Indonésia, Timor, Guiné-Bissau são apenas alguns exemplos.
Este zelo apostólico, a mim, sempre me soou a hipocrisia e cinismo. Aos portugueses convinha a conversão dos indígenas porque ao aumentar a área de influência do Papa estariam indirectamente a permitir que o Papa reconhecesse e legitimasse as descobertas dos portugueses além-mar. Além disso, essas conversões funcionariam também como uma forma de subjugação e dominação cultural dos europeus sobre os autóctones dessas zonas.
Porém, ao ler recentemente uma biografia do Rei D.João II fiquei surpreendido porque (não obstante o que escrevi no parágrafo anterior) efectivamente notava-se no rei uma vontade e um desejo de fazer chegar a mais gente a boa nova.
E tanto assim é que, por mais de uma vez, o próprio rei procurou a conversão de certos reis e princípes de África, através de um apostolado pessoal mas sempre respeitador da liberdade pessoal.
Por isso, misturado com algum interesse político e até económico, concluo que inequivocamente esse zelo apostólico existiu e era, em grande parte, autêntico e genuíno.
Sem comentários:
Enviar um comentário