Já aqui tenho falado, várias vezes, do oportunismo de Sócrates.
Por motivos eleitoralistas e de preocupação com a sua popularidade promete coisas que, depois, não cumpre.
A questão é grave porque há fortes indícios de que, quando promete algo, sabe efectivamente que não o irá cumprir ou que, pelo menos, poderá não o cumprir.
É aquilo a que se chama, no Direito Penal, o dolo eventual.
Fê-lo, a propósito da legislação da ivg, prometendo uma regulamentação equilibrada.
Fê-lo, negando a suspensão das grandes obras públicas.
Fê-lo, negando o aumento de impostos.
Agora, em nova manifestação de oportunismo político, aproveita a diversão que é a vinda do Santo Padre para anunciar medidas contraditórias e impopulares.
Mas, como diz Vasco Graça Moura, o povo português gosta de ser enganado.
Maquiavel, se fosse vivo, não faria melhor...
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