sábado, 21 de abril de 2007

EXPERIÊNCIAS EM EMBRIÕES



Depois de estar promulgada a Lei que permite que uma mulher, de forma livre e sem qualque tipo de aconselhamento, possa-se ver livre da "coisa" (nas palavras de Lidia Jorge) que leva no ventre; e que o faça, livre de quaisquer despesas, para além de uma pequena taxa moderadora que rondará os 10 euros, chegou a vez das células estaminais e da utilização de embriões para fins de investigação.

De acordo com a proposta da Esquerda parlamentar, tudo leva a crer que se poderão passar a fazer experiências em embriões que estejam congelados.

É engraçado, mas li o ano passado a excelente biografia de Josef Mengele, de Gerald L.Posner e John Ware, da Editora "Esfera dos Livros" e muito do que lá li e que ele e o regime Nazi defendiam, nomeadamente o conceito de "vida indigna de vida" vejo agora reflectido nestas recentes iniciativas legislativas.

É claro que muitos vão dizer que um embrião não é vida ou que um feto de 10 semanas também não é vida. Porém, há que não esquecer, desde logo, que uma célula fecundada é, em si mesmo, uma célula com uma informação genética autónoma e original quer em relação à informação genética do pai, quer à da mãe. E que essa célula está programada para naturalmente se multiplicar, o que só não acontecerá se algo de natureza patólogica assim o impedir.

O que mais me choca é estarmos a atingir, via Democracia, o que, via Nazismo, já há muito se defendia. E tudo isto se passa, numa altura, em que, a propósito do PNR, nos Media e nos partidos e meios de esquerda, se discute o quão horrível é o fascismo e os Partidos nacionalistas.
Triste ironia! De facto, ninguém se conhece...

1 comentário:

MAC disse...

Triste de facto. Mas será que vivemos realmente em democracia?