quarta-feira, 14 de março de 2007

Algarve Pela vida


A minha experiência no Grupo Algarve pela Vida que durou sensívelmente de início de Novembro até há poucas semanas atrás foi muito enriquecedora do ponto de vista humano.
As decepções que se apanharam, a mesquinhez humana, mas também os exemplos de heróismo desinteressado, a dedicação por uma causa tão nobre, a obsessão pela salvação de vidas inocentes e o peso da responsabilidade.
Daqui a mais uns tempos, conto registar mais em pormenor tudo pelo que passei.
Senti-me um verdadeiro Frodo que andava na minha vidinha no Shire e que, de repente, se vê envolvido no meio de cavaleiros, ogres, sofrimento, dor, traição, e, sobretudo, muita maldade. Uma maldade que nos é imanente a todos nós, que está dentro de nós e nos seduz, como a força do anel seduzia o Frodo; mas também uma maldade protagonizada por pessoas que, por força do seu percurso pessoal, não hesitam em considerar que um ser humano em gestação é apenas uma "coisa" que se pode descartar em nome de uma melhor qualidade de vida.
Eliminar uma vida humana pela culpa da irresponsabilidade de uma outra vida humana.
Mas, o mais grave de tudo ainda, é estupidez daqueles que poderiam ajudar quem precisa e cuja ânsia de protagonismo e falta de humildade é tal que prejudicam a solidariedade que todas essas mulheres grávidas angustiadas deveriam usufruir.
Felizmente que ainda há muitas associações como a Ajuda de Mãe, Ajuda de Berço, ADAV, etc. que dão um exemplo do que é e se pode fazer pela vida.

Sem comentários: