Os homens são a coisa mais fantástica que há à face da terra. Mas, por vezes, são umas autênticas mulas porque metem argolada e depois disso, metem argolada outra vez. O grande mal do homem não está na falta de inteligência, está na falta de vontade que se deixa seduzir por essa coisinha doce e melosa, como um pudim. E quando assim é, o homem torna-se naquilo pelo qual se deixa seduzir- um pudim que qualquer colher esquarteja e leva à boca até desaparecer. Perceberam?
quarta-feira, 14 de março de 2007
Zita
Normalmente costuma-se dizer que quem muda a meio da vida os seus ideiais e aquilo em que sempre acreditou é um troca tintas e um sem carácter.
No caso de Zita Seabra, porém, eu acho que é precisamente o contrário. Embora a minha opinião esteja inquinada pelas minhas próprias convicções pessoais, considero a mudança de Zita algo de positivamente extraordinário.
Lembro-me perfeitamente quando a então deputada do PCP tomava a palavra, com um discurso agudo e demolidor, fazia tremer os seus adversários políticos. Diz-se que Álvaro Cunhal, depois de Zita ter abandonado o PCP, ficou-lhe com um ódio de morte. É a tal situação do amor gerar ódio, depois.
Há, porém, que recordar que Zita não é a única. Outros políticos fizeram o percurso ao contrário. É o caso de Helena Roseta que se passou do PSD para a ala mais esquerdista e radical do PS, ou de Miguel Portas que se passou do PCP para o Bloco de Esquerda.
Todas as pessoas têm o direito de mudar de ideias ou de práticas ao longo da vida. Todos temos esse direito. A liberdade dá-nos essa faculdade.
É importante que se reconheça que o Ser Humano é um algo em permanente mutação e que, até à morte, todos estamos em aprendizagem e desaprendizagem constante.
Acho uma completa arrogância, para não dizer estupidez, aqueles que dizem que já têm a sua própria personalidade porque já são adultos e que, por isso, não se deixam influênciar por nada, nem por ninguém.
Fico muito feliz pela Zita e já lhe enviei até um e-mail a parabenizá-la (como dizem os brasileiros) que ela muito simpaticamente me contestou, agradecendo.
Penso, porém, que na campanha do referendo, poderia ter sido mais incisiva. Já nos seus artigos na revista do Correio da Manhã chega a ser brilhante.
Como sempre, Zita, em qualquer estado da sua vida, sabe o que quer e sobre o que lutar. Faz-me lembrar S.Paulo, coerente e vigoroso na luta contra os cristãos, mas igualmente coerente e vigoroso, depois, na luta pela propagação do cristianismo.
Seria importante que todos fizessemos chegar à Zita, ela que tem sido alvo de tantas críticas, o nosso apoio e incentivo.
Força ZITA !!!
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