Nos últimos dias, ao constatar de forma mais brutal a sociedade em que vivemos, tenho vindo a sentir, em particular, o peso da responsabilidade da tarefa que me cabe como pai de educar os meus filhos.
Eles serão aquilo que eu lhes ensinar, mas também aquilo que constatem que eu sou e faço.
Lembro-me de um amigo que todos os Domingos ía à Missa à prisão com os filhos todos e, no final, ía visitar com eles um dos presos. Foi sempre uma imagem que me seduz essa do mostrar-lhes a miseria humana em que todos nós podemos cair se não tivermos cabecinha, embora reconheça que se trata de um método pouco ortodoxo.
Tentar gastar mais tempo com eles; mostrar-me mais cumplice e fraterno; educá-los para a liberdade usada com responsabilidade; mostrar-lhes os meus defeitos para que os tentem evitar; transmitir-lhes o que já passei para que (do mau) não tenham que passar pelo mesmo.
Ainda assim sei que qualquer percurso humano necessariamente passa sempre pelo sofrimento, pela queda e pelo erro. Gostaria que eles não tivessem que passar por isso para poderem aprender e serem melhores como pessoas, mas sei que isso é humanamente impossível. Ninguém vive sem fazer asneiras e sem sofrer com as asneiras que faz.
Enfim, será uma aventura e, se calhar, uma lotaria...
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