O nosso mal é sono.
Chega-se a casa tarde; tarde se janta; tarde se arruma a cozinha; tarde se acende a televisão; tarde se resmunga sobre os assuntos de família; tarde se acorda no sofá; tarde se deita… E cedo se levanta.
Que vida é esta?
Um disparate pegado.
Com sono tudo se faz, excepto pensar.
Excepto sorrir.
Excepto ouvir.
Excepto prever.
Excepto planear.
Excepto ter gosto no trabalho, na família e no convívio com os colegas; e muito menos com os chefes.
Excepto sonhar acordado, sobretudo com o fim de semana… em que novamente a gente se deitará tarde.
É verdade que, mesmo assim, somos capazes de meter-nos no trabalho até às orelhas, até porque, se não, despedem-nos, ou desclassificam-nos, ou falimos.
Mas que não nos incomodem com mais nada!
Estamos fartos!
Depois, não há quem entenda esta mulher, quem ature este marido; quem compreenda estas crianças; quem suporte estes sogros; quem tenha pachorra para os eternos problemas daquele irmão, ou do sócio…
E ainda por cima, esta crise!
Mais os engarrafamentos…
Não é o nosso único mal, o sono, mas é um dos mais insidiosos e que nos passa mais despercebido.
Pe. Hugo de Azevedo
Pe. Hugo de Azevedo
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