Há um sem número de pessoas, cada vez maior, que se caracteriza por não terem interesse por nada, nem ninguém.Olham para um blog e dizem "não tenho paciência para isto".Olham para um jornal e dizem "não tenho paciência para isto".Esses ocos não sabem o que se passa no mundo que bem poderia estar prestes a terminar que eles nem dariam conta de nada.
Esses ocos pura e simplesmente não querem saber de nada.
Não querem saber de ir votar.
Não querem saber de reclamar, porque não vale a pena estarem-se a chatear.
Não acreditam, nem têm fé em nada.
Não têm ideologias, nem utopias.
Não se inscrevem em partidos, nem em sindicatos.
Não pagam quotas de nada, porque não se interessam por nada.
Não querem saber de resultados, sejam eles do futebol, das eleições ou de um concurso (de um concurso, se calhar, talvez).
Para eles tudo se resume a uma questão material: o mundo divide-se entre os que gozam dos bens materiais, os que não têm bens materiais e os que tentam tudo por tudo, enquanto estão vivos, para poder obter mais bens materiais, à custa dos outros.
Já Thomas More dizia destes ocos, a propósito da nobreza inglesa da altura, que eram tão ocos e desinteressados que eram capazes de adormecer, roncando em bom som, durante o sermão da montanha.
Lembro-me de uma reportagem televisiva onde, num país nórdico, caracterizado pelo bem estar e comodidade o Governo dava subsídios a jovens e associações civis para protestarem acerca de qualquer coisa fosse o que fosse. A ideia era tentar combater a passividade e aburguesamento da sociedade civil.
Esses ocos pura e simplesmente não querem saber de nada.
Não querem saber de ir votar.
Não querem saber de reclamar, porque não vale a pena estarem-se a chatear.
Não acreditam, nem têm fé em nada.
Não têm ideologias, nem utopias.
Não se inscrevem em partidos, nem em sindicatos.
Não pagam quotas de nada, porque não se interessam por nada.
Não querem saber de resultados, sejam eles do futebol, das eleições ou de um concurso (de um concurso, se calhar, talvez).
Para eles tudo se resume a uma questão material: o mundo divide-se entre os que gozam dos bens materiais, os que não têm bens materiais e os que tentam tudo por tudo, enquanto estão vivos, para poder obter mais bens materiais, à custa dos outros.
Já Thomas More dizia destes ocos, a propósito da nobreza inglesa da altura, que eram tão ocos e desinteressados que eram capazes de adormecer, roncando em bom som, durante o sermão da montanha.
Lembro-me de uma reportagem televisiva onde, num país nórdico, caracterizado pelo bem estar e comodidade o Governo dava subsídios a jovens e associações civis para protestarem acerca de qualquer coisa fosse o que fosse. A ideia era tentar combater a passividade e aburguesamento da sociedade civil.
Vejam ao que se chegou nesses países dormentes e anestesiados pelo bem estar pós-moderno...
Não me considero melhor do que estes ocos, porque em muitas coisas e aspectos eu também me posso considerar um oco. Porém, a diferença é que eu ainda acredito em valores e na utopia, por mais longínqua que ela possa parecer ou por mais fraco que possa parecer o Ser Humano.
Deus nos livre destes ocos que andam por aí e nos estão muitos próximos, no nosso local de trabalho e até, quiçá, nas nossas próprias casas.
Não façamos dos nossos filhos uns ocos.
É importante que eles acreditem em algo, mesmo que não acreditem neles próprios.
Chesterton dizia no seu livro "Ortodoxia" que o terem-lhe ensinado, quando era criança, a história da "Alice no país das maravilhas" tinha sido importantíssimo na sua formação. O acreditar em algo mais para além das nossas próprias limitações, mesmo que não seja um Deus, mesmo que seja uma ideologia ou um qualquer paixão, desde que seja "algo que vai mais para além do que nos rodeia" é importante.
Ser oco é ser, afinal, velho e morrer inutilmente porque se viveu para nada; viveu-se só para respirar, se alimentar, se divertir e o resto QUE SE LIXE!
O pior e o mais perigoso é quando os que não são ocos se aproveitam dos ocos para gerir, dirigir e manipular o mundo.
Ocos deste mundo, mexam-se, acreditem em algo ! acordem !
Deixem essa sonolência, esse borrifarem-se para tudo o que ultrapassa o vosso circulo de bem estar material !
Despertem!
Não me considero melhor do que estes ocos, porque em muitas coisas e aspectos eu também me posso considerar um oco. Porém, a diferença é que eu ainda acredito em valores e na utopia, por mais longínqua que ela possa parecer ou por mais fraco que possa parecer o Ser Humano.
Deus nos livre destes ocos que andam por aí e nos estão muitos próximos, no nosso local de trabalho e até, quiçá, nas nossas próprias casas.
Não façamos dos nossos filhos uns ocos.
É importante que eles acreditem em algo, mesmo que não acreditem neles próprios.
Chesterton dizia no seu livro "Ortodoxia" que o terem-lhe ensinado, quando era criança, a história da "Alice no país das maravilhas" tinha sido importantíssimo na sua formação. O acreditar em algo mais para além das nossas próprias limitações, mesmo que não seja um Deus, mesmo que seja uma ideologia ou um qualquer paixão, desde que seja "algo que vai mais para além do que nos rodeia" é importante.
Ser oco é ser, afinal, velho e morrer inutilmente porque se viveu para nada; viveu-se só para respirar, se alimentar, se divertir e o resto QUE SE LIXE!
O pior e o mais perigoso é quando os que não são ocos se aproveitam dos ocos para gerir, dirigir e manipular o mundo.
Ocos deste mundo, mexam-se, acreditem em algo ! acordem !
Deixem essa sonolência, esse borrifarem-se para tudo o que ultrapassa o vosso circulo de bem estar material !
Despertem!
9 comentários:
Olá! Assino por baixo...
Concordo com toda a reflexão mas interrogo-me o porquê de isso suceder.
Não seremos também nós (sociedade) os culpados disso?
Obrigado pela visita e simpático comentário nas minhas "Viagens"
Um abraço!
Olá,
Dou-te toda a razão!!!
Somos um país demissionário, que não tem uma consciência comum.
No Bdk eu bem tento despertar algumas...não sei é se consigo :(
Penso que a cultura materialista é a principal origem desta cultura demissionária e indiferente que tem vindo a entranhar na maneira de ser das pessoas.
A ideia da primazia da matéria sobre o imaterial, na linha de filósofos como Wittgenstein, que, numa determinada altura da sua vida, defendia que só as palavras com expressão material é que verdadeiramente existiam.
O valor do ser sobre o ter e o valor do dever ser sobre o ter.
vamos publicar este post no nosso blog. não te importas, pois não? :o)
http://sbras.blogspot.com/
Obrigado
Cumprimentos.
Cunha? Posso tratar-te por tu?
Conheço poucos em S.Brás mas não me atreveria a usar este tipo de tratamento. Falta de hábito! E não só. O Cusco, vou citar, eis as aspas, diz" assino por baixo..." e eu faço minhas as palavras dele.
Depois, questiona:" não seremos também nós(sociedade) os culpados disso?"
Eu afirmo que somos.Mulher serrenha, de convicções. Temos de lutar contra essa instituição, genética ou não, da letargia lusitana. Não sei se o é só da lusitânia mas dos outros não me atrevo a falar.
Se somos um país demissionário, como diz o Ka ou a Ka, metamo-nos, já, colectivamente, num Spa, deitemos a baixo este espírito abúlico que está a tomar conta de nós.Não deixemos que isso aconteça.
Gostei da tua visita e, já agora, o meu mano Cusco sabe da curiosidade serrenha, és mesmo sambrasense ou adoptaste a nossa terra?
Conta! Gostei da visita.
Beijinhos
Olá A GerÊncia do polémico Blog de S.Brás. Não me importo nada que o publiques no vosso blog que considero muito positivo. Espero em breve ter tempo para actualizar os meus links de blogs e acrescentar o do cusco e o da Isabel
Olá Isabel,
Podes-me tratar por tu à vontade. Acho que a minha mulher que volta e meia vem cá espiar o que ando a fazer no blog não se deverá importar :O))
Quanto à pergunta. Sou filho de mãe portimonense e pai lisboeta, casado com uma farense de origem olhanense e vim de Lisboa, ao fim de 29 anos de vida, para estar, desde há 6 anos, a viver nesta nossa terrinha pacata e com o fim de tarde mais bonito do mundo.
Por isso, sou mais um adoptado..
Boa tarde!
Antes de prosseguir deixe-me dar-lhe os parabéns por este seu espaço! Apesar de não partilhar de alguns dos pontos de vista aqui expostos é sempre um prazer poder ler opiniões bem formadas, que não tenham por base um qualquer empirismo de conversa de café.
Devo dizer também que tomei a liberdade de usar este texto no meu blog (com os devidos créditos, evidentemente)!
Dito isto deixo os meus sinceros cumprimentos para si e para a sua esposa que Obrigações me esperam!
[[]]
Caro XCunhaX
Obrigado pelos comentários simpáticos.
Alguns dos meus posts são propositadamente polémicos. Gostaria que, quem não concordasse com eles, fizesse os comentários que bem entendesse.
Sou pela discussão e pelo debate e não levo a mal que não concordem comigo.
Por isso, para a próxima, não se iniba.
Um abraço,
MRC
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