quinta-feira, 7 de junho de 2007

A expectativa


Nunca pensei encontrar num blog de gente supostamente mais prá frentex, do ponto de vista das relações amorosas, alguém a defender uma posição comumente mais tida por conservadora, a de manter a abstinência sexual antes para, em compensação, ir aprofundando a via do conhecimento interior recíproco, como garantia de uma melhor qualidade e durabilidade do relacionamento afectivo.
Parabéns à Pilar.
Afinal de contas, o que algumas religiões, sobretudo as cristãs, defendem vem a ser confirmado pela experiência de gente que de religiosa pouco tem.
Basta afinal, ter bom senso!

4 comentários:

Pilar disse...

Obrigada! Mas, apesar de tudo, eu sou mesmo católica de ir à missa e tudo.

MRC disse...

Ah.
Então o post foi comentado por pré-conceito ou com base em know how?
Ou com base nas 2?
Veja lá porque a minha tese é que o pré-conceito, neste caso, é confirmado pelo know-how!

Pilar disse...

desculpe, mrc, não entendo a pergunta. Também não estava a defender a abstinência. Sou católica mas não vejo em Cristo um castigador nem creio que ele espreite a actividade sexual de cada um.
Mas isto sou eu. Respeito evidentemente todas as outras posições (menos as que enxovalham alguém usando a religião como pretexto).

MRC disse...

Pilar.
Reconheço que a minha pergunta está pouco clara.
Como viu, eu subscrevi na íntegra o seu post.
É que eu acho que essa via da espera, nuns casos, ou dos intervalos, nos outros, se for bem aproveitada potencia a qualidade do relacionamento físico.
E, muitas relações baseadas só ou mais na parte física são inevitavelmente prejudicadas com o passar do tempo pois nem só de sexo (para decepção das nossas hormonas) vive o homem e há muita coisa que exige uma identificação e uma cumplicidade mais profunda que ajuda a fortalecer a relação com o passar do tempo.
A ideia de “pôr os cavalos à frente dos bois”, nesse aspecto, pode ser fatal para uma relação.
A minha questão prende-se com uma ideia que tento defender no meu post: que confirma-se que as posições da Igreja Católica (e, neste caso também da Igreja Evangélica que também comunga deste ponto de vista) são, na prática, também as que do ponto de vista humano, garantem uma maior felicidade e realização pessoal.
E, embora o que defende no seu post, e agora aqui confirma, não coincida totalmente com a posição daquelas igrejas, o princípio subjacente parece-me o mesmo: o de apostar no convívio como meio de potenciar a relação amorosa em todas as suas vertentes, incluindo a física.
Estou-me a referir ao tempo de namoro, aos flirts, mas também à troca de ideias e opiniões e, sobretudo, ao aprofundamento do conhecimento mútuo.
Por sua vez, quando falo em “abstinência sexual” estou-me a referir à espera, aos encontros e ao convívio entre o casal a que a Pilar se refere no seu post.
Já quanto à outra “abstinência sexual” pré-matrimonial admito que é polémica e seria tema para outras conversas.
Mas, apercebi-me que a Pilar não foi assim tão longe. Ainda corria o risco de ser banida do seu blog (estou a brincar).